É uma legião de pessoas que acredita que merece um iphone de último modelo – mas que precisam aprender a árdua lição de que a vida não é bem assim.
Revisitando a coluna da jornalista Eliane Brum, que fala sobre o despreparo dessa geração – que não sabe o que é uma fita cassete e tampouco brincou na rua – comecei a refletir sobre os impactos deles no universo digital.
Preparada tecnologicamente – e ao mesmo tempo despreparada, porque lhe faltou aprender a lidar com frustrações – esta moçada despreza o esforço, a insistência e o foco.
Acreditam que merecem as coisas e que não precisam lutar para conquistá-las.
A gata não deu atenção ao cobiçado do escritório? Ele simplesmente manda um whatsapp para outra! E assim por diante, até conseguir a atenção para se sentir alguma coisa.
Hoje, frustrar um filho significa fracasso – e não ensiná-lo a entender que a vida não é fácil, e que as coisas podem não sair como você deseja. E infelizmente, esse é o caminho para muitas famílias.
Resultado: jovens com habilidades incríveis que não sabem como utilizá-las. E estão ficando solitários, ansiosos e com a única sensação de emoção que lhes é fácil : a das redes sociais.
Ora, é sabido que as redes sociais, em sua maioria, são robôs que criados inicialmente para ser acompanhantes de idosos. Por exemplo, se gosta de cavalos, sempre irá mostrar cavalos e não gatos, cães e peixes no seu Facebook ou instagram.
E aí a sensação de que temos jovens super conectados em busca da sensação de compreensão para dividir suas angústias, medos e dúvidas se torna clara. Afinal,é comum uma casa em que todo mundo está passando um e-mail, interagindo pelo whats, ou conectado a uma fase incrível de Candy Crush.
A conversa de pais para filhos não pode ser substituída pela melhor escola, as viagens ao redor do mundo ou pelo iphone de último modelo. Educar para a vida e para estar integrados ao ambiente digital tem muito mais a ver com olhos nos olhos do que com estar conectado. Pense nisso!
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