É o caso da rede usada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital da Mulher, em Feira de Santana, cidade a 100 quilômetros de Salvador. Há cerca de um ano, os bebês são acomodados em uma espécie de rede, feita com tecido de algodão, que favorece a recuperação das crianças.
A iniciativa foi da equipe de fisioterapia da unidade médica e a coordenadora da UTI Neonatal, Joelma Almeida Moura, explica que as crianças demoram menos tempo para sair da internação depois que a redinha começou a ser usada.
“É um tratamento em que a criança evolui muito, porque diminui o estresse. Além disso, ganha maior nível motor, se desenvolve melhor. Segundo a literatura que existe sobre a técnica, a criança terá desenvolvimento cognitivo melhor”, justifica.
A rede deixa a criança em uma posição que se assemelha àquela em que o feto fica no útero da mãe. “A sensação que eles tem é que ainda estão na barriga da mãe. Eles sugam melhor, o que interfere no ganho de peso. É uma cadeia de sucesso”, diz.
Mas nem todos os bebês que chegam à UTI são colocadas na rede. “É para aquela criança que não tem dispositivo venoso. Quando a criança está usando medicamento venoso e fica com acesso, entubada, a gente não usa”, conta.
A rede é confeccionada na lavanderia do próprio hospital, de acordo com o tamanho da incubadora, com tecido antialérgico, de puro algodão, para melhor conforto e segurança.
“As mães adoram. A mãe entra na UTI achando que o filho está grave, ali no berçário. Então chega esse momento que eles ficam tão bem que as mães ficam bem tranquilas. É uma satisfação muito grande. As mães solicitam, inclusive”, afirma.
Sem comentários