Que triste. Aliás, tristíssimo. Como qualquer tipo de preconceito. Mas, ele existe e infelizmente está bem presente na sociedade brasileira.
E não apenas contra pessoas de “idade avançada“, mas cada vez mais contra qualquer um que ultrapasse os 30, 40 anos.
Eu fico me perguntando: que sociedade é essa, que despreza (conscientemente ou não) a vivência, a sobrevivência, a experiência, a sabedoria. Só pode ser uma sociedade doente.
Tudo bem, é maravilhoso ser jovem, o viço, a força, a alegria de viver. Tudo isso é delicioso e encantador. Mas, também há o outro lado da moeda. A falta de experiência, maturidade e independência, normalmente presentes na juventude. E está tudo bem, tudo certo. Elas virão com o tempo.
Todos nós já fomos jovens e nos lembramos, na maioria das vezes, com saudades de nossa juventude.
A juventude é maravilhosa, assim como a maturidade! A maturidade dos 40, 50, 60 e poucos anos.
Não há demérito algum em não ser mais jovem. Aliás, querer a juventude eterna é utopia. Que na prática, muitas vezes leva aos exageros e ridículos da vida.
A vida passa e nós envelhecemos com tudo a que temos “direito”.
Nos tornamos mais calmos, mais sábios, mais tolerantes. Ou não! Vai depender também dos aprendizados individuais.
Mas, há grande chance de isso acontecer para a maioria. Tomara…
Nós precisamos urgentemente repensar essa postura social generalizada, horrorosa e injusta, de Etarismo.
Precisamos aprender a enxergar as realidades da vida e mudar nossos próprios conceitos.
Tenhamos como exemplo a sociedade japonesa, que honra e valoriza seus não jovens. Que os mantém inseridos em seus contextos familiares e sociais, fazendo uso de suas competências adquiridas com a vivência. Quantas diferenças em relação a nossa doente sociedade brasileira.
Nós que já passamos dos 40, 50 (quando tantos e tantos morrem antes), precisamos aprender que somos sobreviventes de valor e experiência. Não há necessidade alguma em omitir ou mentir a idade.
Pintar os cabelos brancos? Apenas se for mesmo uma questão de estilo e nunca para os esconder.
Vamos pensar sobre isso? Tenha orgulho da sua idade. Da sua vida. É libertador
Eu sou Astrid Beatriz, tenho 52 anos e cabelos prateados. Me orgulho muito da senhora em que me tornei. Me acho o máximo!!!
Escrito pela Professora Astrid Beatriz Bodstein
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