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Como lidar com interrupções e manter a diplomacia em conversas

Saber lidar com isso de maneira diplomática é uma habilidade valiosa para manter a comunicação fluida e preservar a harmonia nos relacionamentos. Aqui estão algumas dicas para enfrentar interrupções com elegância.

Mantenha a calma e a paciência – a primeira reação diante de uma interrupção pode ser de irritação, mas demonstrar impaciência ou frustração pode prejudicar a conversa e a sua imagem. Quando interrompido, respire fundo e mantenha a postura tranquila. Reagir de forma calma mostra que você sabe gerenciar emoções e está disposto a lidar com a situação de maneira madura.

Utilize uma linguagem corporal aberta – muitas vezes, sua postura pode indicar se você está disposto a retomar a palavra ou ceder o espaço ao outro. Manter contato visual, inclinar levemente a cabeça e utilizar gestos com as mãos são sinais de que você deseja continuar sua fala. Ao mesmo tempo, esses sinais podem ser suaves e não confrontadores, mantendo o tom amigável.

Aguarde uma pausa para retomar o que estava dizendo – se a interrupção persistir e a outra pessoa não ceder, aguarde o momento certo para retomar sua fala. Quando o interlocutor fizer uma pausa ou finalizar seu ponto, aproveite para dizer calmamente: “Como eu estava dizendo…” ou “Voltando ao ponto anterior…”. Dessa forma, você recupera a conversa sem precisar competir pelo espaço, preservando a diplomacia.

Agradeça a contribuição e reforce seu ponto – uma maneira eficaz de lidar com interrupções sem criar atritos é reconhecer a contribuição do outro e, em seguida, retomar sua fala. Por exemplo: “Agradeço sua opinião, é interessante. Agora, só para concluir o que eu estava dizendo…”. Isso demonstra que você está aberto ao diálogo, mas também firme no seu ponto.

Escolha bem o momento de interromper – se for necessário interromper alguém, certifique-se de que o momento é apropriado. Espere uma pausa natural na fala do outro ou utilize expressões como “Posso fazer uma observação?” ou “Se me permite um comentário”. Isso demonstra respeito e torna a interrupção menos invasiva.

Evite interrupções desnecessárias – em tempo: Evite interromper conversas com observações irrelevantes ou distrações. Respeitar o tempo de fala do outro é fundamental para garantir uma comunicação fluida e harmoniosa.

Lidar com interrupções exige autocontrole, paciência e habilidades de comunicação. A chave está em não deixar que a frustração tome conta, buscando sempre uma forma educada de retomar a palavra sem gerar desconforto. Assim, você não apenas preserva a qualidade da conversa, mas também fortalece sua imagem como alguém equilibrado e habilidoso/a.  A arte de conversar está em ouvir, falar e saber quando e como intervir sem romper a harmonia do diálogo.




Você é autêntico ou formal?

Com a crescente valorização da autenticidade nas relações pessoais e profissionais, surge a questão: como equilibrar a expressão genuína de quem somos com as normas de formalidade que ainda regem determinados contextos? Encontrar esse equilíbrio é fundamental para uma convivência saudável sem perder a essência individual.

Respeito como ponto de partida – a base de qualquer interação, seja formal ou informal, deve ser o respeito. Ser autêntico não significa desconsiderar as normas sociais. É possível expressar sua personalidade de maneira genuína sem ofender, interromper ou invadir o espaço do outro. O respeito às opiniões alheias e aos diferentes pontos de vista é um dos pilares da etiqueta moderna.

Adapte-se ao contexto – um dos segredos para o equilíbrio é entender o contexto em que você está inserido. Ambientes corporativos ou eventos sociais mais tradicionais exigem um comportamento mais formal, onde a maneira de falar, se vestir e se portar deve seguir padrões estabelecidos. Já em situações mais descontraídas, como encontros informais ou reuniões de equipe mais flexíveis, é possível ser mais autêntico – mas sempre dentro dos limites do bom senso.

Evite os extremos – a formalidade excessiva pode parecer fria e distante e a autenticidade exagerada, pode ser vista como falta de profissionalismo. O equilíbrio entre as duas abordagens é o que caracteriza a etiqueta moderna. Em interações profissionais, por exemplo, é possível ser transparente, compartilhar ideias e opiniões, sem abrir mão da cordialidade e do tom adequado à situação.

Seja autêntico sem ser inconveniente – autenticidade é um valor muito apreciado mas é preciso ter cuidado para não ser inconveniente ou invasivo. Compartilhar opiniões de maneira assertiva, sem impor suas verdades, e mostrar equilíbrio são formas de se destacar sem desrespeitar as convenções sociais. Em uma era onde a transparência é valorizada, ser autêntico é importante, mas a etiqueta continua sendo o filtro que garante que essa autenticidade seja bem-recebida.

Empatia e flexibilidade – manter uma postura flexível é essencial para transitar entre diferentes níveis de formalidade. Ser capaz de ajustar seu comportamento conforme o ambiente e a audiência demonstra sensibilidade e empatia. É possível ser autêntico respeitando as diferenças, adaptando o seu tom e linguagem sem perder a essência de quem você é. Entender as expectativas dos outros é crucial para evitar comportamentos inadequados e garantir que sua autenticidade não se transforme em desconforto para quem está ao seu redor.

A etiqueta moderna não exige que sigamos comportamentos idênticos, mas sim, que saibamos equilibrar nossa autenticidade com a formalidade necessária em determinados contextos. Por esse motivo, regras mais flexíveis trouxeram um cenário mais descontraído em diversos aspectos, especialmente no ambiente de trabalho e nas interações sociais. Mas isso não significa que as regras de etiqueta foram abolidas, mas que elas se adaptaram à realidade contemporânea.

Pense nisso e exercite seu equilíbrio conciliando um comportamento sóbrio a sua essência natural.




Como encarar o Silêncio nas conversas

Para muitos, é até considerado sinal de falta de assunto, especialmente em situações sociais ou profissionais, onde se espera uma comunicação contínua e fluida.

Mas as pausas nas conversas são importantes e saber lidar com elas é uma habilidade que pode tornar as interações mais autênticas, além de evitar constrangimento e manter o equilíbrio nas conversas. Aliás, quem disse que é você a pessoa escolhida para falar sem parar e entreter a todos?

Muita calma: momentos de pausa podem ocorrer por vários motivos: alguém pode estar refletindo sobre o que foi dito, pensando na próxima resposta, ou simplesmente desfrutando de uma companhia tranquila.

Aceite o silêncio como parte natural da conversa – a necessidade de preencher cada segundo de uma interação com palavras quase sempre  pode gera falas apressadas ou desnecessárias. Ao  permitir o silêncio todas as partes podem refletir  sobre o que foi discutido e elaborar melhor as respostas. Ao aceitar o silêncio, você demonstra paciência e maturidade.

Use o silêncio como uma ferramenta de reflexão – quando uma pausa ocorre, aproveite o momento para entender entender melhor o ponto de vista do outro e processar informações. Em vez de ver o silêncio como uma lacuna a ser preenchida, encare-o como um espaço para pensar, organizar ideias e construir uma resposta mais rica e significativa.

Esteja atento à linguagem corporal – o silêncio pode ser acompanhado por expressões faciais e gestos que comunicam muito mais do que as palavras. Preste atenção à linguagem corporal do seu interlocutor durante uma pausa. Um sorriso, um olhar de entendimento ou um gesto de empatia podem ajudar a quebrar o gelo e restabelecer o diálogo de forma natural.

Seja assertivo ao retomar a conversa – para retomar depois de  uma pausa muito está prolongada retome o diálogo de maneira natural, com perguntas abertas ou comentários que estimulem a continuação da conversa. “O que você acha disso?” ou “O que poderíamos concluir sobre esse assunto?” são formas gentis de incentivar o interlocutor a falar, sem pressioná-lo.

Evite falar apenas para preencher o espaço – um erro comum é falar qualquer coisa só para preencher o vazio. Isso pode levar a conversas superficiais ou a comentários irrelevantes, que não acrescentam nada. Permita que o silêncio seja produtivo, e só fale quando tiver algo significativo a contribuir. A qualidade da conversa é mais importante do que a quantidade de palavras ditas.

Em vez de temer as pausas, devemos aprender a acolhê-las como parte natural da comunicação. Saber lidar com os silêncios demonstra maturidade, empatia e respeito pelo ritmo do outro, promovendo interações mais equilibradas e agradáveis. Repito: ninguém  é responsável  por sustentar uma conversa sozinho. Isso é  papel de palestrante. Em uma reunião social ou profissional, ouvir é essencial para poder devolver ao grupo algo de valor. E mais importante: ao falar pouco suas falas serão mais notadas e valorizadas.




A Páscoa pelo Brasil

Além dos símbolos mais conhecidos, como os ovos de chocolate e o coelhinho da Páscoa, algumas curiosidades regionais tornam essa época ainda mais especial e única.

Procissão do Senhor Morto – em muitas cidades, especialmente no Nordeste, a Sexta-Feira Santa é marcada pela tradicional Procissão do Senhor Morto. Fiéis se reúnem para seguir um cortejo que simboliza a morte de Jesus. As procissões mais famosas acontecem em cidades como Ouro Preto (MG) e São João del Rei (MG), onde ruas são decoradas com tapetes de serragem colorida.

Tapetes de Páscoa – em Ouro Preto, Mariana (MG) e no Sul do Brasil, a tradição de fazer tapetes de serragem, flores e outros materiais pelas ruas é um ponto alto da celebração. Os tapetes são criados para a procissão de Corpus Christi e algumas vezes também no domingo de Páscoa.

Festa do Maracujá – acontece no Paraná, em Tijucas do Sul. O maracujá, que significa “fruto da paixão”, simboliza o sofrimento de Cristo, e a cidade promove festividades que unem fé e a colheita do fruto.

Chocolate de Gramado (RS) – a cidade já é conhecida por sua forte tradição pascal e pelos chocolates artesanais. Durante a Páscoa, a cidade é decorada com temas de coelhos e ovos, atraindo turistas para degustar as delícias produzidas localmente.

Queima do Judas – outra tradição curiosa em algumas partes do Brasil, especialmente no interior e em regiões do Nordeste, é a “Queima do Judas”. O boneco, que representa Judas Iscariotes, é queimado ou explodido no Sábado de Aleluia, simbolizando a traição de Jesus. Essas tradições mostram a diversidade cultural do Brasil e como a Páscoa é celebrada de formas diferentes e criativas em cada canto do país, unindo fé, história e cultura




Bacalhau à Gomes de Sá – Chef Paulo Shibata

Ingredientes

04 postas de bacalhau dessalgado

04 batatas médias 2 ovos

350g de azeitonas roxas sem caroço

500ml de azeite de oliva extravirgem

250ml de óleo vegetal

01 buquê de ervas aromáticas (tomilho, orégano, alecrim, folhas de alho poró, talos de salsinha ou de coentro)

2 cebolas grandes cortadas finalmente

2 dentes de alho picados

salsinha picada a gosto

sal e pimenta-do-reino a gosto

Como fazer

Retire a pele e as espinhas da postas de bacalhau dessalgadas, deixando apenas os medalhões do lombo. Reserve as aparas e os medalhões.

Em uma panela, coloque as batatas higienizadas, com cascas e inteiras, e uma pitada de sal. Cubra com água e leve ao fogo até ficarem macias.

Coloque os ovos para cozinhar em água fervente (6 minutos para ovos moles). Em seguida, na mesma água, cozinhe azeitonas por 30 segundos.

Em uma panela, coloque todo o azeite e misture com o óleo. Acrescente as ervas aromáticas e os talos, os dentes de alho e 2/3 da cebolas. Leve a fogo baixo (em torno de 90 °C), até se levantar em pequenas bolhas. Com o azeite quente, coloque todos os medalhões de bacalhau e tampe a panela. Após 5 minutos, desligue o fogo e mantenha a panela tampada por mais 5 minutos. Em seguida, retire os lombos e coe todo o líquido, reservando o azeite e descartando o restante.

Aplique um pouco de força as batatas cozidas, para ficarem levemente amassadas e se abrirem. Em uma frigideira, verta um pouco do azeite coado, aqueça e coloque as batatas. Tempere com sal e pimenta-do-reino e doure dos dois lados. Verta mais azeite e acrescente as azeitonas, o restante das cebolas e a salsinha picada. Cozinhe até as cebolas murcharem e depois desligue o fogo.

Descasque os ovos e os corte ao meio.

Para finalizar o prato, coloque as batatas por baixo e, por cima, os medalhões, as cebolas, as azeitonas e os ovos. Só pique com um pouco de salsinha e regue com bastante azeite.

O Chef Paulo Shibata se destacou no cenário culinário por sua habilidade em combinar técnicas tradicionais com ingredientes locais, criando pratos inovadores e sofisticados. Além de seu trabalho em restaurantes, também atua como consultor gastronômico, ministra workshops e participa de eventos culinários, compartilhando seu conhecimento e paixão pela culinária com o público.

Contato: @phshibata e @ @redredcompany