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Taças de Vinho: Evolução e História

As taças de vinho, como conhecemos hoje, passaram por séculos de evolução e refletem muito da história das civilizações que apreciavam essa bebida.

Na antiguidade, civilizações como os egípcios, gregos e romanos já usavam recipientes próprios para beber vinho. Na Grécia, por exemplo, eles usavam o “kylix”, uma taça mais rasa com alças laterais, muito usada em encontros sociais. Já os romanos, sempre preocupados com o status, adoravam usar taças feitas de vidro ou metal para mostrar sofisticação.

Durante a Idade Média, o design das taças era bem variado. As pessoas usavam desde cálices de metal até copos de madeira. Mas foi nesse período que os primeiros copos de vidro começaram a se popularizar, especialmente em Veneza, onde a arte de produzir vidro era uma tradição forte e respeitada.

Foi apenas séculos XV e XVI, em pleno Renascimento,  que as taças começaram a tomar uma forma mais parecida com a que conhecemos hoje. Veneza, com sua habilidade incrível na fabricação de vidro, ajudou a popularizar as taças entre as classes mais altas. Já no século XVII, a produção de vidro se espalhou por países como Inglaterra e França, e o design das taças foi ficando cada vez mais refinado, com a base, o corpo alongado e uma borda fina.

Nos séculos XVIII e XIX, elas continuaram a evoluir, ganhando novos formatos até mesmo diferenciando tipos de taças para cada tipo de vinho. Havia uma atenção maior aos detalhes dos sabores e aromas que cada formato de taça podia destacar.

No século XX, empresas como a Riedel, da Áustria, inovaram ao criar taças com formatos específicos para diferentes vinhos, criando a impressionante variedade de mais de 50 formatos, consolidando a ideia de que isso realmente influencia na degustação e paladar.

A taça de vinho que usamos hoje é o resultado de uma longa jornada histórica. Desde as versões mais simples da antiguidade até os sofisticados designs de cristal dos dias atuais, a taça de vinho vai além de simples recipiente – é um símbolo de cultura, bom gosto e apreciação da bebida.




Tavernas e estalagens: as ancestrais dos restaurante

Antes de se popularizarem como os conhecemos hoje, os restaurantes não eram lugares para comer fora e sim, estabelecimentos onde os viajantes poderiam dar água e alimento aos cavalos e, eventualmente passar a noite antes de seguir viagem. Eram as estalagens, rústicas e cm um canto reservado para as refeições – quase sempre comunitárias.

Esses estabelecimentos eram muito diferentes dos restaurantes modernos e certamente menos confortáveis, mas ainda assim, um ponto de encontro importante onde muitas informações podiam ser trocadas.

As mesas eram grandes e comunitárias, muitas vezes feitas de madeira robusta. O ambiente era simples e a iluminação vinha de velas ou lâmpadas a óleo, criava uma atmosfera meio intimista, mas bem longe do conforto que temos hoje. As tavernas eram conhecidas por serem lugares barulhentos, cheios de conversas animadas e, claro, com muita bebida rolando.

O cardápio tinha poucas opções: os pratos eram simples como ensopados, pães, carnes assadas e vegetais da estação. Nas tavernas, o foco não era exatamente a comida — as bebidas, principalmente a cerveja e o vinho, eram a estrela do show.

Já nas estalagens, que também ofereciam hospedagem, o cardápio podia ser um pouco mais variado, mas a comida ainda era rústica, feita com os ingredientes que estavam à mão, principalmente nas regiões rurais. E tanto tavernas quanto estalagens tinham uma clientela bem variada.

Viajantes e comerciantes: eram o destino preferido de quem estava viajando, seja para descansar ou se alimentar. Comerciantes, mensageiros e peregrinos faziam parte do público regular.

Habitantes locais e trabalhadores: tavernas eram super populares entre a população local e os trabalhadores. Era o lugar onde as pessoas se reuniam para uma refeição rápida e uma bebida, sem grandes cerimônias. A versão antiga dos pubs ingleses ou dos botequins por aqui…

Nobreza em viagem: Embora mais raramente, até os nobres frequentavam as estalagens (escolhiam as de maior prestígio) quando estavam na estrada. Nelas, podiam esperar um pouco mais de conforto e refeições mais refinadas.

As tavernas e estalagens reinaram por séculos, com registros desses estabelecimentos que remontam à Grécia e Roma antigas. Na Europa medieval, eles continuaram a ser os principais pontos de alimentação fora de casa até o século XVIII. Foi só com o surgimento dos primeiros restaurantes, especialmente em cidades como Paris, que o conceito de comer fora começou a ficar mais sofisticado, e as tavernas acabaram perdendo seu papel central.




Padrinhos/Madrinhas: o melhor presente é deles? Ou são eles?

Existe aquela tradição que padrinhos são os que dão os melhores presentes (ou dinheiro), mas muita calma! Não há nenhuma necessidade disso! Você os escolheu por afinidade/amizade ou pelo que eles podem te oferecer? O máximo que vocês podem exigir é a presença deles no dia do casamento. Dar presente de casamente é mais uma questão de etiqueta.

Você quer dar um presente caro – ótimo – mas só se tiver condições e não se endividar por conta disso só para fazer bonito.

Outra opção se você quiser dar um presente “importante” é dividir o presente com o seu par ou outros casais de padrinhos.

Os alternativos – alguns optam em dar presentes originais e com a cara dos noivos – presentes nada a ver com o que constam na lista. Cuidado com isso, se existe uma lista, evitem comprar itens de fora, pois ela serve exatamente para que os noivos peçam o que precisam. Salvo, claro, se for algo muito especial e tenham muita certeza de que vão apreciar…

E caso os noivos não tenham uma lista, converse com eles e descubra o que eles precisam, ou leve eles até uma loja que eles gostem para que eles mesmos escolham o presente.

Vaquinha – os padrinhos podem também se juntar e ajudar pagando a lua de mel e as madrinhas ficam com as despesas do chá de lingerie ou outras coisas que os noivos precisarem.

Ser padrinho/madrinha de casamento significa apoiar e ajudar os noivos acima de tudo, antes, durante e depois da festa. A amizade com certeza irá se fortalecer mais e mais. Além, das boas lembranças!




Como aprender amar a si próprio

 

 Vidro de conservas transparente com algumas borboletas sai voando.

Chega de priorizar família: você é mais importante, sabe por quê? Porque em algum momento da vida, quando quiser sentir o toque de carinho, de proximidade de afeto desapegado que só os que amam de verdade podem doar, vai ser difícil encontrar algum filho/a, neto ou mesmo amante dedicado que te acuda.

Túnel do tempo – eu tinha 20 anos e meu namorado Elcio, mais maduro aos 36, explicou que, a cada dois sábados estaria por conta dos avós, que moravam em outra cidade pois, segundo ele, era importante passar um tempo lá, beijando, massageando as pernas da avó, “tocando” os velhos.

“Já reparou que ninguém toca com frequência as pessoas mais velhas? Elas sentem falta…”  Perplexa e chocada, entendi e jamais esqueci aquilo.

Alguns anos mais tarde, entrevistei Dercy Gonçalves na TV, no dia em que comemorou 86 anos e ela explicou que seu ritual matinal consistia em ficar cerca de 2 horas se auto massageando. E tascou:

“Se você não se tocar ninguém vai fazer isso do jeitinho que você gosta ou precisa! Então passo creme, depois óleos, escolho os aromas, esfrego nos pés, no peito, mãos… Eu me amo” completou ela.

Sábia Dercy. Viveria mais vinte anos e ainda desfilaria de seios a mostra com um invejável colo liso aos mais de 90 anos em carro alegórico.

pote cheio de azeite de oliva e uma garrafa despeja mais azeite, ao lado duas azeitonas verdes e do outro lado ramos de oliveira.

Por que estou falando isso? Porque vejo muitas pessoas do quanto faz falta o “toque”.

Faz, claro. Mas, falando no momento da velhice que é inexorável e chega resolvi encarar o assunto hoje!

Passando mais tempo dentro de casa (e com muito mais tarefas) me obriguei a uma rotina rigorosa de pausas. Para tudo: café, regar as plantas, pensar e, claro, cuidar de mim mesma. E vai além do banho, tingir cabelos etc.

Pausa como Remédio – sim e de uma hora ou mais. E me regozijo por estar viva. Agradeço e me reenergizo.

Nesse momento, estou me amando. De uma maneira que apenas eu saberia fazer.  E olha que, sinto-me suficientemente amada na vida em geral. Mas, sem essa pausa, esses cuidados, estaria abandonada a uma permanente carência que, fatalmente, acabaria me fazendo mal.

Amadurecer (e envelhecer) dá trabalho. Se a gente não exercitar isso dia a dia, deteriora. Sim a palavra é essa – temos que encarar. De modo que, arrume tempo. Ame-se mais do que a filhos, marido, companheiros, amigos. Vale para homens e mulheres: pense nisso.




Serviço Empratado ou À La Russe

Em 1810, o Principe Aleksandr Kurakin, embaixador russo na França, introduziu no país o serviço à la russe (serviço empratado), o que revolucionou a maneira como os alimentos eram servidos durante os banquetes e jantares formais.

Neste serviço, os pratos são preparados na cozinha e servidos individualmente a cada convidado, já montados. E em sequência:

  • Aperitivos;
  • Sopas;
  • Pratos principais;
  • Sobremesas

E como é um prato seguido do outro, sendo que prato quente é servido quente e prato frio segue a mesma lógica, isso permite muito mais controle sobre a temperatura e apresentação dos alimentos.

No início do século XX, grandes chefs franceses adotaram o serviço empratado e Auguste Escoffier foi um dos que ajudou a padronizar e a popularizar esse método em restaurantes de luxo em Paris e Londres.

O serviço comida empretada permitiu uma maior atenção à apresentação e à estética dos pratos, que se tornou um elemento central na alta gastronomia. A prática de servir os alimentos já empratados permitiu aos chefs mais controle sobre a composição visual e a experiência geral do jantar.

Com o tempo, o serviço à la russe tornou-se o padrão em todo o mundo ocidental, especialmente em restaurantes e eventos formais, onde a apresentação dos pratos e a experiência do cliente são fundamentais. E permanece até hoje.