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Santo Antonio e o dia dos namorados

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Todo mês de junho é a mesma coisa. Somos bombardeados com laços e corações vermelhos, casais se beijando sob o luar e pombinhos caminhando ao entardecer.

Pois é: o comércio joga na cara dos solteiros como é triste não ter ninguém para passar o Dia dos Namorados.

Se esse for o seu caso, você tem duas opções: chorar as pitangas em casa, enroscada/o no cobertor ou apelar para Santo Antonio – o santo Casamenteiro.

Aproveite que amanhã, dia 13/06, é o dia dele e peça. Quem sabe no dia 12/06 do ano que vem você tenha um pitéu para chama de seu. Vai que, né? Nunca se sabe…

Simpatias para SantoAntonio:

Sete rosas – no dia de Santo Antônio coloque sete rosas em um vaso que deve estar em frente a uma imagem do santo casamenteiro. Reze para ele pedindo um novo amor. Quando as pétalas secarem, leve-as para uma igreja onde acontecem muitos casamentos.

Gelo no Santo – com os olhos fixos na imagem, fale para o santo que enquanto ele não te trouxer um novo amor ele ficará na geladeira. Se o santo demorar em atender seu pedido, coloque a imagem no congelador. Quando você arrumar uma paixão, tire o santo dessa fria! Sinceramente? Eu não provocaria o santo com vara tão curta…

Fita Azul – na manhã do dia 12 de Junho, véspera de Santo Antonio, compre um metro de fita azul, de qualquer largura, e escreva nela o nome completo da pessoa amada. Guarde a fita junto ao seu coração.

À noite, conte 7 estrelas no céu, e peça ao santo para que ele ajude você a conquistar o coração dessa pessoa. No dia seguinte, amarre a fita nos pés da imagem de Santo Antonio e deixe lá até conseguir namorar com ele.

Brincadeiras à parte, antes de se entregar a qualquer tipo de melancolia, lembre do sábio ditado: antes só do que mal acompanhado. Portanto, aproveite o dia para assistir um filme delicioso, leia o livro que ainda não deu para começar e peça uma pizza – por que não? Só em uma noite assim ainda vai, sem cafuné dá até pra passar, mas de dieta – aí já é demais, né?

 

 

 




Me and Myself

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Quero ler uma revista, ver um filme ou ficar sem fazer nada sem ninguém me chamar.

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Aí eu lembro de quando morava sozinha… Chamava meu apartamento de templinho. E era mesmo. Trabalhava como uma condenada mas quando chegava em casa podia pegar qualquer queijinho e uma coca light que estava ótimo!! Via todos os seriados na TV, lia compulsivamente e ainda tomava um vinhozinho sozinha para brindar minha vida.

Se estivesse me sentindo sozinha era só ligar para as amigas aparecerem , fazermos uma massa delciosa e fofocar noite adentro.

E durante esse tempo eu imaginava como seria quando eu casasse e tivesse filhos. Porque sempre foi meu maior sonho, né?

E agora minha casa é essa bagunça de gente, barulho o tempo todo e um amor que não dá para descrever. Pois é. Foi uma fase maravilhosa que passou mas agora não me imagino de outra forma. Sou mulher do Ro, mãe da Valentina e do Antonio e minha casa ainda é o meu templinho.

Confesso que quando as crianças acordam, às 6 de manhã, volto para cama e fico quietinha até às 8. Ás vezes nem durmo, só quero curtir o silêncio e pensar na vida. E quando levanto estou prontíssima para começar o dia com meus amores.




Ser mãe é cuspir para cima

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Aí viramos mães – e descobrimos que não sabemos de nada e que tudo o que cuspimos para cima vai invariavelmente cair em nossas testas. E eu é que não vou ser louca de falar “eu nunca” ou “filho meu jamais….”

Maquiagem – sempre achei horroroso criança maquiada. Mas – adivinha? – as meninas, desde cedo, amam! E não venha com um brilhozinho, não. O batom tem que ser pink, a sombra azul turquesa e o blush laranja. Sem falar no esmalte.

Dormir na cama dos pais – imagina!!!! Criança tem que dormir em sua própria cama! E, se vier para a sua no meio da noite, trate de levantar com sono, frio e trombando nas paredes até levar aquele ser quentinho para o lugar dele. Ou faça uma conchinha e aproveite o momento porque passa – e rápido, muito rápido.

Birra – nada pior que seu filho berrando alto e se jogando no chão do shopping porque não ganhou a fantasia do super-homem. Ou olhando para o prato de comida na casa de alguém e dizendo que não gosta.

E morder o amigo na escola?? Tenho uma amiga que outro dia estava super feliz porque pela primeira vez a filha dela foi mordida e não mordeu. Tá vendo? Atire a primeira pedra quem nunca passou por isso.

A louca – tinha certeza que eu seria uma mãe zen, daquelas que nunca perdem as estribeiras. Meu tom seria sempre baixo e calmo e nunca diria um não sem explicar o motivo. Hahahahahahahahahah !!!!

Comer o que tem – aqui em casa tem que comer o que tiver no prato. Se não gostar, vai passa fome. Arrãã. Tenha um filho que não gosta de queijo nem de alimentos moles para você ver. Sério, já viu uma criança que não gosta de pizza nem brigadeiro? Eu já – e ele mora comigo.

Música chiclete – a regra é clara: nada de música ruim nem vulgar. Que eles nunca saibam o que foi segura o tcham ou como se dança o lepo lepo. Até chegar em uma festa infantil e, no bufê, a trilha sonora ser daquelas que faça as crianças dançarem até o chão. Inclusive sua filha.

Festa spa – meninas de 8 anos fazendo massagem em vez de brincar de dança da cadeira? Pois é… foi o pedido da minha filha para seu aniversário e eu juro que, mesmo contra todos os meus princípios, fui atrás.

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Maaaaaasss, ainda tenho alguma dignidade! E depois de quase perder o sono , consegui trocar por uma festa no jardim com gincanas, corre-cotia, passa anel e… foi o máximo!!

Ok, acertei nessa. Mas nem penso em recair e não vou cuspir pra cima não – porque acho que ano que vem não escapo.

 

 

 

 




O cara

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Quem é o cara
Que brinca de heróis, boneca,separa brigas e ganha muitos beijos.
Que acorda cedo, dá café da manhã, ajuda na lição de casa, faz escovar os dentes.
Que sofre para que eles almocem direito, ponham o uniforme e aprendam a dizer bom dia, boa tarde e boa noite.
Que organiza os brinquedos, cuida dos machucados, ganha muitos abraços.
Que bate na tecla do desculpe, por favor, obrigado e pede para tirar o cotovelo da mesa.
Que assiste mil vezes o mesmo filme, manda comer de boca fechada, dá banho e vê se lavaram bem atrás da orelha.
Que corta as unhas, desembaraça o cabelo e cola band aid em qualquer arranhão.
Que fica com a cara colada no vidro no primeiro dia de aula e quase enfarta quando toca o telefone e é da escola.
Que espera o relógio chegar às 20:30 para colocá-los na cama e poder curtir o marido, ver um filme ou ficar de pernas para o ar.
Que toda vez que passa pelo quarto checa se estão cobertos, respirando e cobre de beijos.
Que arranca os cabelos com a bagunça, com as brigas e a malcriação.
Que beija, cheira bem ali atrás do pescoço, aperta de quase esmagar.
Esse cara sou eu: a mãe.

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Mãe – sempre dá para fazer diferente: e às vezes melhor.

foto em preto e branco que mostra mãos de homem formando um coraçào em volta de pés de um recém nascido

Pausa. Agora volte 8 anos, quando Valentina, minha filha nasceu. Se alguém pedisse para segurar, eu ia olhar tão feio que ia ficar chato.

Resolvi a questão pedindo para que, quando tivesse visitas ela ficasse no berçário.

Eu era tão neurótica que passei o primeiro ano de sua vida cheirando a álcool. Não de uma cervejinha, não senhora. Era o álcool gel mesmo – que passava nas mãos dela, na minha, e na de qualquer coitado que chegava em casa para visitar.

Parei com essa loucura de desinfetar tudo quando ela começou a lamber o chão.

Contei tudo isso porque o nascimento na Manu me fez pensar em que eu teria feito diferente sabendo o que já sei agora:

1 – teria deixado ela ir em mais colos que não o meu.

2- seria menos obsessiva com os horários.

3- seguiria mais minha intuição.

4-permitiria a livre demanda.

5- não deixaria chorando no berço porque me disseram que ia deixá-la mimada se pegasse.

6- em outos momentos talvez deixasse chorando, sem culpa, já que o som era  de pura manha.

7- teria comprado metade das coisas que comprei – e não usei.

8- usaria corretivo – ainda me assusto vendo minhas fotos.

9- sentiria menos culpa – por ir ao supermercado, por desejar tomar vinho, por sair para jantar com meu marido, por querer encontrar minhas amigas.

10 – aproveitaria mais os momentos – é verdade meeesmo que eles passam rápido demais.

Conto isso só para dizer que mesmo hoje, pensando em fazer algumas coisas de um jeito diferente, tenho certeza que, na época, fiz tudo o que acreditava ser bom – para mim e para ela.

E que é a mais pura verdade que, certo ou errado, fiz o melhor que pude fazer. Isso é ser mãe.

PS – Fabio, Babi e Rafa: a Manu é minha cara. Amo vocês!