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Veja como ajudar campanha para aquisição de cadeira de rodas

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Ter acesso a uma cadeira de rodas no Brasil é um dos maiores problemas enfrentados hoje pelo brasileiro com deficiência.A média de espera dessa população é de cerca de 2 anos, mas em alguns estados, como Maranhão, pode chegar a cinco. A pobreza e seus fatores são um dos causadores de grande parte das deficiências no mundo. Prova disso está nos países em desenvolvimento, onde 80% das pessoas com deficiência vivem em situação de vulnerabilidade social. É o caso do Brasil.

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“É aflitivo assistir a um cenário onde a população que mais carece de atendimentos básicos é também a que mais se depara com a miséria de boas ações e muitas vezes o descaso das autoridades. Queremos com essa campanha despertar a sociedade para essa realidade, tirando o brasileiro com deficiência da invisibilidade”, diz Mara Gabrilli, fundadora da organização.

Para mudar estes números desanimadores, o Instituto Mara Gabrilli (IMG) www.img.org.br, em parceria com a Revista Vida Simples http://vidasimples.uol.com.br/  título da Editora Caras, lançam a Campanha Roda Gigante www.facebook.com/campanharodagigante. O objetivo é angariar recursos para a aquisição de cadeiras de rodas, adaptações e outros tipos de órteses que uma pessoa com deficiência precisa para se locomover e viver com dignidade.

As doações já podem ser realizadas através do site de financiamento coletivo Kickante, no endereçowww.kickante.com.br/rodagigante. A partir de R$ 10 já é possível contribuir com a campanha, cuja meta inicial é arrecadar R$ 300 mil, o suficiente para a compra de aproximadamente 70 cadeiras de rodas.

Você já pensou na diferença que uma cadeira de rodas pode fazer na vida de uma pessoa com deficiência?

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Ministério da Cultura sim! Entenda porque.

 

Em uma sábia decisão o presidente interino Michel Temer voltou atrás e o Ministério da Cultura (MinC),  deixou de se tornar uma secretaria vinculada ao Ministério da Educação.

Como deputada Federal – mas principalmente como cidadã – avalio a cultura como uma das políticas públicas de maior impacto social em um país.

Ministério só para a Cultura – muitos questionam a necessidade disso. Ora, ainda que a educação detenha importância tão grande quanto, suas demandas são de outra natureza e, portanto, devem sim ser geridas por órgão próprio e distinto.

Sempre fui uma apaixonada por arte e cultura e a deficiência nunca me desconectou dessa paixão. Esse olhar está presente na minha forma de trabalhar políticas públicas voltadas à população com deficiência.

A Lei Brasileira de Inclusão, que entrou em vigor em janeiro deste ano, traz novidades na área cultural, como a obrigação da acessibilidade nas salas de cinema de todo o Brasil.

Inclusão de fato – vai além das rampas certo? Desde o início deste ano passou a vigorar o prazo de 24 meses para que esses estabelecimentos ofereçam recursos como janela de libras e legenda closed caption aos surdos, bem como audiodescrição aos cegos.

Esse mesmo prazo valerá para as casas de shows e espetáculos, que deverão oferecer assentos e espaços acessíveis em vários pontos de seus estabelecimentos – e não mais em áreas exclusivas ou segregadas.

vários quadrados coloridos com comunicação visual de vários símbolos: as mãos faando por libras, o idoso com bengala e, no centro um quadrado lilás com um cadeirante

A novidade ? – é que agora esses ambientes deverão acomodar não só a pessoa com deficiência, mas também grupos comunitários e seus familiares.

Esse direito de escolha, nunca dado ao público com deficiência, fará toda a diferença não só na apreciação dos espetáculos, mas no olhar coletivo para as diferenças humanas. E se elas estão presentes em todos os cantos, por que não em uma plateia ou multidão de um show?

Felizmente, muitos locais hoje já contam com espaços projetados para atender a diversidade humana e oferecer recursos que aproximam cada vez mais pessoas com deficiência da arte e da cultura.

Com o auxílio da audiodescrição, cegos podem ser tocados por um belo filme e surdos podem ter acesso a diálogos profundos.

O psicólogo Abrahan Maslow ficou conhecido por propor uma escala hierárquica de necessidades do ser humano. Na Pirâmide de Maslow, as necessidades de nível mais baixo (aquelas que ficam na base), devem ser supridas antes das necessidades de nível mais alto.

Necessidade básica – é tudo o que é fisiológico, como beber água. Mas, para chegar ao topo, no estágio de plenitude, além do básico, o ser humano precisa de experiências que o permitam explorar horizontes e aguçar novas percepções. Neste sentido, a cultura é imprescindível para elevar o indivíduo ao estado de realização pessoal.

Entre teatros, museus, cinemas, centros culturais, casas de espetáculos… todo local deve estar preparado pra atender qualquer perfil de público, independente de condições físicas, sensoriais, intelectuais ou múltiplas – afinal, falamos de direitos preconizados por nossa legislação e que devem ser respeitados.

Rir, chorar, cantar, observar ou simplesmente silenciar diante de um movimento são emoções que jamais serão subtraídas por uma deficiência. E cabe a todos nós, como Estado e sociedade, oferecer acesso para que todo ser humano evolua como cidadão, ser pensante e, finalmente, como agente transformador de seu meio.

Uma foto de um espaço que tanto pode ser uma garagem quanto uma sala muito moderna. As paredes são totalmente brancas porém estão iluminadas com muita cor fazendo com que as frestas de espaço e sacas tenham efeitos de luz e sombra. Predominam os tons de rosa, lilás e amarelo. O espaço é grande e está vazio.




Lei Brasileira de Inclusão – agora é com você!

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Não foi fácil, nem rápido, mas a LBI –  Lei Brasileiro de Inclusão – chega a 2016 mais robusta. E precisa da sua supervisão para ser 100% eficiente.

É preciso entender o que significam na prática alguns tópicos que podem parecer detalhes, e que nem sempre vem a conhecimento do grande público, mas que, na real podem fazer toda diferença do mundo na sua vida – ou na de quem tem qualquer tipo de deficiência ou necessidade.

Tentamos abranger todas as áreas do dia a dia para melhorar a vida de uem tem deficiência e algumas, são mais nevrálgicas e exigirão uma maior atenção para que se respeite sempre e cumpra-se o que está previsto.

Vejam alguns desses aspectos e entenda onde você pode exigir o que já é um direito e agora está previsto em lei:

Na educação – a Lei inclui a oferta de um auxiliar de vida escolar na educação básica. Pergunte, questione se não houver – exija se for o caso.

As escolas que não aceitarem a matrícula de alunos com deficiência – ou cobrarem taxa extra desses alunos – serão multadas. Portanto, se precisar, faça valer essa cláusula

Já, no ensino superior, cursos de arquitetura e engenharia terão de oferecer disciplinas de acessibilidade. Assim, recém-formados sairão da faculdade preparados para lidar com a diversidade humana.

O impacto dessa mudança é maior do que se imagina e começará a ser sentido em poucos anos, quando as primeiras turmas se formarem dominando essa disciplina.

Claudia Matarazzo, de pé com as mãos apoiadas , Está entre a deputada Mara Gabriili e Flavia Cintra, ambas cadeirantes, imagem do livro Vai Encarar.

No mercado de trabalho – propomos programas no mercado onde empresas que contratarem pessoas com deficiência para participarem de programas de capacitação terão também de empregá-las durante o mesmo período, garantindo não apenas a qualificação, mas um trabalho simultaneamente.

Lazer e Cultura –  pensando em direitos ainda mais distantes da população com deficiência, garantimos o poder de escolha desse público em espaços como cinemas, teatros e casas de espetáculos, que deverão oferecer locais acessíveis em todo o estabelecimento, não só em áreas segregadas.

Código de Trânsito, – alteramos a lei, permitindo que as autoridades possam fiscalizar as edificações públicas ou privadas de uso coletivo, como shoppings, supermercados e hospitais, onde as vagas reservadas para idosos e pessoas com deficiência não forem respeitadas.

Agora temos a missão de compreender toda a dimensão dessa legislação robusta e fazer com que ela seja cumprida na prática. A nação dos mais de 45 milhões de brasileiros com deficiência conta agora com uma ferramenta para exigir seus direitos.

Construímos uma legislação que chega em 2016 para igualar oportunidades e inspirar os brasileiros a acreditar na democracia e nas diferenças, melhorando a qualidade de vida para todos e em todo o país.




Uma lei pelo direito de uma vida plena

Cena do filme"Uma lição de vida" com Sean Penn e Dakota Fanning

Cena do filme”Uma lição de vida” com Sean Penn e Dakota Fanning

No filme ‘Uma lição de Vida’, de 2011, Sam Dawson, interpretado pelo brilhante Sean Penn, é um homem com deficiência intelectual que educa sua filha Lucy (Dakota Fanning) com o apoio de amigos. Ao completar sete anos, a idade intelectual de Lucy já ultrapassa a de seu pai, o que leva uma assistente social a entrar com um processo para tirar a guarda de Sam.

A história – de arrancar lágrimas – retrata uma realidade pouco abordada, até mesmo quando se discute a inclusão: os direitos reprodutivos e civis das pessoas com deficiência.

Será que pessoas sem deficiência são mais capazes de escolher seus parceiros e construir uma família?

Namoro, sexo, gravidez – e, claro casamento, sempre foram tidos como assuntos espinhosos, principalmente quando o público alvo é a pessoa com deficiência. Na maioria das vezes o tema fica à margem de qualquer discussão, inclusive, em escolas e instituições.

Se o assunto sexo passou a ser discutido apenas recentemente, sem ser tabu, imaginem o quanto falar de sexo entre pessoas com deficiência ainda causa impacto – afinal elas também foram apenas recentemente incluídas nas pautas de conversas e mídias.

Na Lei Brasileira de Inclusão – projeto que relatei e que foi sancionado este mês na Câmara pela presidente Dilma, trabalhamos para garantir os direitos sexuais, reprodutivos, civis e políticos das pessoas com deficiência, como casar, ter filhos, votar e ser votado.

A Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – a qual o Brasil é signatário – garante o reconhecimento de que as pessoas com deficiência têm capacidade legal, em igualdade de condições com as demais pessoas, em todos os aspectos da vida.

O direito de expressar sua sexualidade e formar uma família é legítimo e não pode ser ignorado.

Ora, uma deficiência não é um impeditivo para que a pessoa com deficiência tenha filhos ou forme uma família! A barreira só existe com a falta de acessibilidade dos espaços, serviços e também do olhar dos gestores.

Agora, com a Lei Brasileira da Inclusão, as pessoas com deficiência terão uma ferramenta importante para exigir seus direitos – e ter uma vida mais livre de amarras!

 

 




Acessibilidade além dos espaços

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A Lei Brasileira de Inclusão, sancionada recentemente pela Presidente Dilma exige que os espaços dos serviços de saúde, públicos e privados, assegurem acessibilidade física e de comunicação, atendendo às especificidades das pessoas com deficiência física, sensorial, intelectual e mental.

O que isso significa na prática?

As unidades básicas de saúde devem ter, não só equipamentos acessíveis, como por exemplo, mamógrafos e macas para mulheres cadeirantes, mas também intérpretes de Libras para prestar atendimento ao público com deficiência auditiva.

As mulheres com deficiência encontram enormes dificuldades para realizar exames preventivos por falta de equipamentos adaptados em todo o País. Essas mulheres ficam sem acesso aos serviços de saúde para detectar doenças como câncer de mama e colo do útero. As dificuldades são ainda maiores para ter acesso a um pré-natal.

Por isso, na LBI, também fizemos questão de garantir informação adequada e acessível à pessoa com deficiência, a seus familiares e cuidadores sobre sua condição de saúde, autonomia e qualidade de vida.

Em um país com a extensão do nosso é natural que tais equipamentos provavelmente custem a chegar a todos os cantos onde são necessários. Mas é essencial saber que é um direito que deve ser exigido

Uma mulher com deficiência que tem acesso aos serviços necessários para uma vida digna pode sim contemplar a plenitude de sua feminilidade.

Além disso, pode oferecer seu trabalho à sociedade e contribuir em várias áreas, como faz qualquer mulher sem deficiência. Podem se realizar tornando-se profissionais exemplares, atletas de respeito, políticas. Mães.

E, se assim desejarem, podem simplesmente ser mulheres em sua plenitude – o que sem si, já é um prazer inigualável!