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Liberando os padrinhos e madrinhas!

Ou ainda, porque quis que o irmão fosse padrinho e convidou uma amiga para fazer par com ele deixando a namorada do irmão chateada. E tem também as amigas e amigos de infância que acabam convidados para fazer par juntos e os cônjuges, casados há menos tempo, não se conformam em ter que assistir ao casamento nas primeiras filas.

Então, vamos por partes, onde está escrito que padrinhos e madrinhas devem ser pares?

Quando falei em minhas redes sociais e choveram comentários do tipo “jamais deixaria meu marido subir ao altar junto de outra mulher”. Oi!??? Vai subir ao altar para apadrinhar, não para casar-se!!! Mas não entendem. Outros diziam “achar estranho” casais separados no altar. Estranho por que, cara pálida? Ok, Depois de 3 livros sobre cerimônia de casamento, sinto-me apta a dar alguns pitacos nesse quesito, prontos?

Cortejo de entrada – antes de mais nada, o cortejo de entrada é uma invenção dos anos 90 – jamais existiu. O que acontecia era que, na saída, atrás dos noivos, formava – se um cortejo com os padrinhos que, automaticamente se arranjavam aos pares… Pode conferir: em todos os casamentos europeus (inclusive nos da realeza, que testemunhamos recente), ninguém entrou em cortejo. É uma moda recente e muito brega, pois tira o foco da noiva e cria uma série de pequenos e grandes  problemas…

E os viúvos?  – voltando aos parzinhos: se temos alguém muito querido que queremos convidar para madrinha ou padrinho, e essa pessoa enviuvou. Deixa de ser querida? Não vale? Ou sobe ao altar com outro/a igualmente querido e importante no contexto da vida daquele que está  se casando?

E os solteiros? – solteiros que namoram poderiam ser padrinhos massssss… com a qualidade fluida dos namoros atualmente, não se garante que, entre o momento do convite e a data do casamento o namoro dure. A ideia do perfil dos padrinhos é de pessoas que tenham um significado muito especial na vida dos noivos, e que os mesmos desejem que desempenhem um papel importante vida afora e não apenas na celebração de ambos.

Ora, isso não acontece com pessoas que acabaram de conhecer ou com quem se relacionem há pouco tempo – daí  o disparate de convidar alguém para fazer “par” no altar apenas porque está acompanhando ou namorando temporariamente o padrinho ou madrinha “oficial”….

Desencanem noivos, liberem seus cônjuges padrinhos e madrinhas! E, cerimonialistas, aprendam a argumentar com base: quando alguém ficar em dúvida quanto a separar casais no altar, mandem a real: se o relacionamento desses padrinhos não resiste a ver o outro como padrinho/madrinha de alguém muito querido, está faltando base na relação e grandeza no coração desse “ofendido” de plantão. Simples assim.




Noiva 6 vezes sem noção – mas pode piorar!

casal de noivos se beijando cercados por 3 madrinhas e dois padrinhos que observam a cena com alegria.

Sem noção I – Casamento não é negócio – embora hoje pouca gente entenda isso. A dita noiva se diz decepcionada, pois encomendou um presente aos padrinhos, informando inclusive a data que queria que fosse entregue em sua casa. Passado o dia, vendo que não chegava o mimo, não teve dúvidas: foi cobrá-los!!!

Alguém já ouviu falar de marcar dia pra receber presente?!

Sem noção II – dá pra acreditar em uma noiva que cobra presente?! Pois é. Informada que eles haviam usado parte do dinheiro para o curso do filho e que destinaram R$500,00 ao noivos a moça falou: “O que faço com 500 reais???”

De fato – que pobreza, não?!

Sem noção III – insistindo que, como noiva ela tem prioridade sobre qualquer filho dos padrinhos, ela diz “Por que não adiaram o curso do menino?

Sem noção IV – Magoada, a fofa pergunta: “por que então eles aceitaram ser padrinhos?!” Bem, considerando que são amigos do noivo, provavelmente pelo afeto que tem por ele. Certo, querida? Porque, por você, qualquer resquício desse tipo de sentimento, morreu no momento em que optou esse desabafo tão meigo pra todo mundo ler…

Sem noção V – a coisa fica pior: ela se acha tão cheia de razão, que está pensando em desconvidar o casal como padrinhos que tal? Sem comentários….

Sem noção VI – ela apenas não desconvida, porque, como entende muito de etiqueta e bons modos, acha “chato convidar alguém de última hora” Ahhhh… Então, tá .

Mas fazer um estardalhaço desses na rede por conta de não ter recebido “no dia marcado” o presente que pediu não é ser sem noção .

Socorro!

Alguém avise o noivo dessa moça pra ele sair correndo enquanto é tempo…

 




Mesa dos noivos – completa por favor!

mesa de banquete, completa com porcelanas e prataria, ainda com vasos altos de flores e inúmeros castiçais complementam a decoração

A moda começou  pensando em tornar mais prático o serviço: já que todos se servem no bufê, vamos deixar os pratos e talheres lá mesmo. E na mesa, mesmo apenas o sousplat e um centro de mesa caprichado.

Pode até funcionar para os convidados que circulam  mais pelo salão e escolhem o momento de comer. Mas para a família dos noivos, não!

Mesa VIP sim! – essa mesa tem sempre parentes mais velhos, avós, tias idosas etc. Além dos pais dos noivos que merecem uma mordomia extra, ou não ? Ora, para quem investe tanto em uma festa grande com banda, flores, etc., não custa escalar 2 ou 3 garçons treinados para ficarem por conta de  trazer os pratos já servidos do bufê além de encher taças com água e espumante sempre que necessário.

Mesa de jantar, decorada em tons de branco e amarelo, flores, copo de leite, o guardanapo está sob os pratos e se estende para o chão. O supla em tons dourados , e pratos de porcelana , cor preta e frisos dourados.

Essa é a diferença de um serviço impecável e aquele que quase chega lá.

Não importa o estilo da sua festa: se tradicional e requintada como a da foto de abertura ou se mais moderna como essa acima: o efeito de uma mesa bem colocada  – com a porcelana, talheres, e guardanapos não se compara a um sousplat vazio…

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E do ponto de visa de conforto nem se fala! Veja como mesmo em um salão despojado com decoração  mais arrojada como esse acima o efeito é de requinte e acolhimento.

Não caiam nessa conversa de praticidade: em uma festa de casamento como as que se vê hoje, com tantos elementos decorativos e tecnológicos, não vamos pecar pelo excesso de praticidade – que só pode incorrer em uma sensação de estar oferecendo as coisas pela metade…

Nas mesas acima – uma em um casamento ao ar livre a outra em um salão – repare como  a porcelana e taças contribuem para atrair o convidado a sentar – e não querer mais sair da festa…

Pois é: para que inventar e empobrecer um momento como esse e justamente na mesa das pessoas que mais esperaram e são a causa da festa?! Pense nisso…




Personal de Lista de Casamento

Preferem ganhar o valor equivalente a “uma massagem a quatro mãos” ou “o passeio de barco“ da lua de mel ou ainda “a diária de um hotel bacana para um fim de semana”. Pedem coisas exóticas, que não ganhariam em uma lista de casamento comum e jamais comprariam em circunstâncias normais.

Beleza. O problema é quando voltam para casa: a dura realidade da vida como ela é já é suficientemente difícil, em uma casa sem o mínimo necessário para funcionar com conforto, é a receita para um desastre matrimonial iminente.

Sites x Lista – parece uma coisa antiga, mas há (muito) valor em uma lista de casamento bem-feita. Sim, eu sei que hoje, pouca gente faz, mas estou falando daquela que descreve todos os itens que os noivos desejam ganhar (ou pensam que desejam) e que as lojas vendem como água, muitas delas sobrevivendo exclusivamente em razão dessas vendas…

Minha amiga, a Personal Organizer, Mary, mora em Teresina e especializou-se em… organizar listas de casamento! E garante que boa parte dos deus rendimentos hoje, advém desse tipo de trabalho. Está achando frescura? Nada disso. Noivas e noivos desavisados (e são quase todos) chegam às lojas cheios de amor para dar – mesmo os que optam pela boa e velha lista. Lá a vendedora lhes apresenta uma lista padrão, com itens classificados por preços, material e por categorias – copos, enfeites, utilitários etc.

Com pouca prática e preguiça para detalhes os pombinhos acabam dando um ok geral e partem para assuntos mais divertidos, como a degustação de doces, bebidas ou escolha da banda para a festa. E ganham muitas tranqueiras que não lhes servirão e só ocupam espaço em casa.

Vantagens da lista com assessoria – funciona assim: Mary ajuda a montar a lista, e se quiserem, os noivos podem contar com a sua organização de tudo na casa. Depois de uma entrevista bem detalhada com ambos, que inclui algumas informações básicas, ela  elabora a  lista, que deve ser o mais assertiva possível. Vejam só:

Onde vão morar –  casa ou apartamento? No caso de casa, podem incluir: floreiras, material de jardinagem,  móveis e objetos para ambientes externos…

Vão Morar apenas os dois? – ou tem filhos, enteados e família? – influi em escolha de mais lugares americanos, aumentar o número de copos e jogos de mesa, dobrar ou não o faqueiro…

Tem pet?  – caso sim, há uma infinidade de utilidades voltadas aos pets que, além  de úteis são super  decorativas ….

Gostam de receber amigos? – é o mesmo caso de família grande: caso sim, mais copos e toda sorte de utensílios devem ser previstos e adquiridos através da lista pois, depois de casados, é o tipo da coisa que vamos protelando por pesar no orçamento …

Percebem a vantagem – e comodidade – de um planejamento feito por uma profissional? Quando me casei, tive que confiar na experiência de minha mãe, pois não existiam esses serviços. Hoje… bom, se não conhecesse o talento da Mary, acho que recomendaria a Poderosa Mami, que, aos 92 ainda bate um bolão quando se trata de bom senso!

Para quem precisa ou quer conhecer o trabalho da belíssima profissional que mencionei, o Instagram dela é @marygriggioficial




Novas Tendências para os Casamentos

O setor de eventos, rápido como sempre em se atualizar, trata de ajustar alguns aspectos que, antes pareciam “imexíveis” – mas que se ajustaram bem a realidade.

Convites – se na pré pandemia – imperava a ostentação de convites impressos em papéis nobres e caríssimos com letras gravadas em dourado, hoje, o que se vê, são convites menores. Bem menores.

A palavra de ordem é economia e sustentabilidade. De modo que, finalmente foram descobertos e aceitos os papeis reciclados como papel semente e outros.

A mesma economia se faz ao entregar o convite sem envelope – que é sempre o primeiro que vai para o lixo. Envolto apenas em uma cinta de papel, muita gente dispensa o trabalho do caligrafo.

Convite híbrido – dos convites virtuais também chegaram para ficar. Seu efeito e eficiência nada deixa a desejar em beleza e podem ser trabalhados com cores e movimento por profissionais, de modo a expressar a história e estilo dos noivos com precisão.

Sem falar que possuem recursos que os impressos não oferecem. E ainda oferece a alternativa de imprimir poucos para padrinhos etc. Se a pessoa quiser …

Número de convidados –  o Brasil foi um dos últimos países a insistir em festas de casamentos com 500, 700 e 1000 pessoas. Eventos exaustivos, onde imperava a ostentação e nos quais, raramente os convidados se divertiam.

Sem falar no valor da conta; o equivalente a um apartamento de 2 quartos em qualquer área nobre de nossas capitais.

Pois hoje, esse número – não importa qual a referência, se 1000 ou 100 convidados – caiu em torno de 30%. Não apenas porque o bolso encolheu e sofreu os reflexos dessa crise, mas também porque, finalmente caiu a ficha de que é possível fazer mais com menos e, de quebra, divertir-se muito mais!

Convidados “eleitos” – antes os eventos e casamentos tinham convidados, hoje, essas mesmas pessoas se consideram privilegiados, eleitos pelo anfitrião/ã. Eles não apenas comparecem, como valorizam muito mais cada festa, reunião, pagode na casa do gato – o que for…

A prova disso é que a famosa “quebra” de 30% com as quais os cerimonialistas contavam, desapareceu. Hoje, se chegar a 10% é muito…

Confirmação ativa – o famoso RSVP era feito preponderantemente por telefone ou e-mail. Hoje o Whatsapp veio para ficar. Além de ser muito mais responsivo e ágil, as pessoas interagem mais o que se reflete em economia no Bufê etc.

Custo casório – estamos falando em economia daqui e dali, mas casar ainda é um luxo. O mais barato, aquele com a festa básica sem pirotecnias nem banda sertaneja, ainda fica em torno de R$1.500,00 a 5.000,00 por pessoa.

Não é para todos: a conta ainda é alta porque alguns custos fixos como espaço, bufê etc. não mudaram, até aumentaram. Daí a necessidade de os noivos não inventarem – e manter os pés e os sonhos firmes na terra.