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Como mudar um assunto gentilmente

Isso nem sempre é possível quando você está lidando com alguém que não entende dica sutis.

Confirmar e redirecionar

Se alguém começar a falar sobre algo que não quer comentar, uma simples mudança para um tema completamente diferente deveria resolver .

A maioria das pessoas entenderá o que você está fazendo e o acompanhará.

Uma das melhores maneiras de direcionar uma conversa é elogiar a pessoa por algo que está apenas ligeiramente relacionado ao tópico.

Use uma palavra ou frase para segmentar em uma discussão diferente

Às vezes, as pessoas começam a falar sobre coisas que você não está interessado ou que não conhece, e você não tem nada para contribuir.

Isso  pode se tornar bastante desconfortável, e você tem escolha: você pode ouvi-los sem parar ou procurar uma abertura para mudar para outra coisa. Aproveite uma palavra ou frase que ofereça uma oportunidade para mudar de assunto…

Seja direto

Há momentos em que as pessoas não deixam de lado um tópico desagradável ou tóxico – não importa quão óbvio você seja em sua tentativa de mudar. Você precisa fazer algo mais direto para que eles se toquem! Fale que aquele assunto te incomoda muito e que quer mudar o rumo da conversa. Simples assim.

Desculpe-se

Mesmo você sendo a pessoa mais diplomática do mundo, há algumas pessoas que se interessam por  assuntos que você não queira discutir. Em vez de discutir ou ficar constrangido, olhe em volta e diga que precisa encontrar o banheiro – ou qualquer outra coisa!

E se depois dessa ausência/fuga você decidir voltar para a mesma pessoa, venha armado com outro tópico. Felizmente, a pessoa terá esquecido o tópico desconfortável ou perceberá que aquele não está aberto para discussão.

E se nem isso adiantar, apenas diga: “sinto muito, mas eu realmente preciso ir agora.”

Esteja preparado

Uma das melhores maneiras de lidar com assuntos desconfortáveis ​​é estar preparado com uma lista temas que você não se importa em discutir.

Algumas ideias de assuntos com os quais a maioria das pessoas não tem problemas em discutir…

  1. Mudanças no clima;
  2. Equipes esportivas locais (a menos que haja alguns rivais obstinados que possam entrar em uma discussão);
  3. Séries ou filmes;
  4. Restaurantes favoritos;
  5. Melhores pontos de férias para solteiros, casais ou famílias.

Experimente usar essas dicas e depois me conte!




A história das regras mais comuns de etiqueta

Algumas regras antigas podem confundir, pois foram adotadas há muito tempo e por um motivo que, hoje, pode ou não ser aplicado.

Tirar o chapéu ao entrar em um edifício – no passado, as pessoas passeavam por estradas de terra empoeiradas ou cidades industriais com fuligem no ar. Fazia sentido tirar o chapéu por uma questão de higiene e respeito.

Hoje, essa regra é flexível, a única vez em que você absolutamente deve segui-la é quando seu chapéu obstrui a visão de alguém ou se você está em uma situação social que torna embaraçoso não fazer isso.

Mas, de verdade? Continuo achando que é melhor tirar sempre…

Sentar com os tornozelos cruzados – mães e avós costumavam dizer às meninas que elas sempre deveriam se sentar eretas com os tornozelos cruzados de uma maneira feminina. Na verdade, os tornozelos cruzados ajudam a manter o equilíbrio com muito mais conforto com a coluna ereta.

Não é à toa que rainhas e princesas, sempre mais expostas sentadas, ficam nessa posição. Que na verdade se tornou regra por puro conforto.

Ok, sentar em linha reta é uma boa regra, mas os tornozelos cruzados não são mais necessários…

Os homens andam na calçada do lado da ruaquando o cavalo, carroças e carruagem eram o único meio de transporte, os homens protegiam as mulheres dos perigos das ruas (lama e poeira eram comuns). Hoje isso não é mais necessário; portanto, caminhe pelo lado da calçada em que você se sentir confortável.

Mas, acho elegante (e muito fofo) quando um homem automaticamente passa para o lado de fora quando estou caminhando junto…

Puxando a cadeira de uma senhora – as mulheres da alta sociedade usavam roupas tão restritivas que eram incapazes de se sentar à mesa sem a ajuda dos cavalheiros com quem estavam. Sem falar que, as cadeiras eram pesadas e enormes, difíceis mesmo de administrar – ainda mais em um figurino desse…

Hoje as mulheres usam calças ou saias e o mobiliário ficou mais leve, não precisam mais desse tipo de ajuda.

Um homem deve sempre pagar – antes, os homens tinham carreiras e as mulheres não (embora muitas vezes tivessem empregos). Essa regra está claramente desatualizada. A conta pode ser paga por ele, ela ou dividida. Em outras palavras, não importa quem paga.

Alguns homens ainda mantêm a velha regra de sempre pagar, o que é bom, desde que a outra pessoa, concorde.

A coisa mais importante a lembrar é mostrar respeito pelos outros, e isso geralmente significa seguir as normas da sociedade. Se você sair do país, aprenda o que é considerado adequado onde quer que vá, para não parecer grosseiro ou rude.




Elegância na diversidade

Hoje o assunto é para esclarecer (várias) dúvidas de leitores relacionadas a pessoas LGBTQIAPN+. 

E antes de reclamar da sigla, deixe a preguiça de lado: é natural que uma sigla que se refere a diversidade tenha muitas letras – e entender o que significam, sem reclamar é o mínimo que se espera de uma pessoa esclarecida. 
Deu preguiça? Pule o assunto. E continue no limbo no que se refere elegância. 

Explico: entender o básico dos tratamentos e pronomes, é o primeiro passo para se relacionar melhor com um vasto universo de pessoas. E errar nesse caso é como trocar o nome de alguém durante uma transa. 

Então vamos lá: uma forte candidata a campeã de perguntas sobre isso é: “tenho dois amigos gays que moram juntos. Eles são um casal. Como devo enviar o convite?

Alternativa 1 – se são um casal e moram juntos, o convite deve ser um só e com os nomes dos dois. E a ordem pode ser a alfabética ou colocando antes aquele que os noivos conhecem há mais tempo ou são mais próximos (acontece, certo?)

Alternativa 2 – se eles tiverem feito a união estável com alteração de sobrenomes, vale a pena perguntar como ficaram os nomes. 

Alternativa 3 – se são um casal e não moram juntos, envie os convites separadamente. E sempre com pronomes e formas de tratamento conforme o gênero do casal (neste caso, masculino… se fosse um casal lésbico, no feminino).

Pronomes de tratamento – outro leitor, fez a seguinte indagação: “tenho uma colega de trabalho que é travesti, mas não se parece muito com uma mulher. Como vou chamar?

Hellooooo!!!  Ela se identifica com o feminino – mesmo que sua aparência não corresponda ao imaginário social de feminilidade, os pronomes e tratamentos devem ser sempre no feminino. Ela, dela, uma colega…

Couple looking at mobile phone at home.

Nunca mesmo – use adjetivos como trava, traveco, transex. São pejorativos, cruéis e cafonas. Aliás, o mesmo raciocínio dos pronomes e tratamentos, é aplicável também para pessoas trans (homens e mulheres). 

Quantas vezes já não ouvimos, se referirem desrespeitosamente ao Thammy como “a Thammy?

E aqueles “colegas” políticos que se referem a deputada federal Erika Hilton com pronomes e adjetivos no masculino? Além de muito feio é deselegante e criminoso – afinal, a transfobia foi equiparada ao crime de racismo…

Desenhando para deixar mais claro: precisamos apenas usar de afeto, empatia e respeito. Não cabe a nenhum de nós definir como o outro deve ser tratado ou “adjetivado”. Precisamos ouvir (e perceber e respeitar) o que o outro nos diz. 

Se o Thammy se reconhece como um homem, eu vou tratá-lo no masculino.

Não é difícil – e dizer que isso te confunde é passar recibo de preguiça, atraso e pouca informação. Se cada um de nós realmente se colocar no lugar do outro, não tem como errar. E você passa para outro patamar na escala das pessoas realmente apreciadas.

Ah, e sobre a sigla: LGBTQIAPN+ representa as iniciais de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, interssexuais, assexuais, pansexuais, não-binarie – e “mais”. E prometo explicar cada uma delas em outra coluna, tá? 




Quando aceitar – ou não – uma gentileza

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A mãe de minha amiga, uma senhora espanhola que sabia das coisas, sempre orientava os filhos nesse sentido da seguinte forma:

Ela dizia que, se a pessoa oferece por exemplo um café – você não precisa aceitar. Ou uma água, refresco e até mesmo docinhos ou uma refeição.

Já, se ela chega com a bandeja de café já montada e o café fumegando (ou a jarra com copos e um refresco) você não pode recusar.

Afinal, a pessoa se deu ao trabalho de preparar aquilo para você – e seria indelicado nem experimentar.

Parece uma simples nuance – mas faz toda a diferença, pois muitas vezes achamos que estamos sendo gentis e não queremos dar trabalho mas, na verdade, estamos frustrando uma expectativa de alguém que se empenhou para agradar e pode achar que é pouco caso da nossa parte.

Pois é: para não errar sem querer e magoar o outro sem necessidade,  basta prestar atenção e atentar para esse detalhe sempre que alguém for gentil com você.




Como dar Presentes

Reuni aqui várias dúvidas que foram chegando e espero que ajude a esclarecer.

Dividir um presente com alguém que está sem grana – perfeito, desde que fique claro que são duas ou mais pessoas que estão dando – e que todos assinem um cartão ou mensagem.

Para quem “devo” dar presentes? – para quem você sente vontade, claro. Mas existem alguns que são obrigatórios e não tem como escapar…

Aniversário de parentes e amigos – preciso comprar? Parentes super próximos e queridos merecem pelo menos uma lembrança. Já os outros mais distantes e que vemos pouco, depende do caso. No entanto se há uma comemoração para a qual você foi convidado, não há como chegar de mãos vazias…

Já os amigos, acredito que há aqueles que independente de comemorar junto ou não, são amigos da vida, que nem é preciso esperar o aniversário para presentear. Basta ter vontade ou ver algo que sabemos que é a cara dele…

Presente para namorado – se der fora de data melhor ainda, mas não dar em datas especiais é imperdoável – simples assim.

Presentear com tato –  se vai dar roupa, tem que conhecer o estilo e preferência do outro. Mas não só isso: não dá pra comprar, por exemplo, um número minúsculo porque estava na liquidação e era o último… Roupa precisa poder trocar, tá?

E um número bem maior? Se for beeeeem maior a pessoa pode ficar ofendida, mas apenas um número maior não tem problema – e você pode justificar avisando que o fez por segurança e é mais fácil apertar…

Se ganho um presente tenho obrigação de retribuir?– não de imediato, mas, em uma data oportuna é delicado retribuir sim. Já, agradecer é obrigatório – e o mais rápido possível…

Posso presentear chefe ou superior na empresa? Não é obrigatório e nem adequado. A não ser que a pessoa tenha uma amizade pessoal com você. Nesse caso faça isso em particular, apenas no aniversário e com um mimo discreto.