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Férias, Agrados e Gorjetas

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Pois para ser sempre bem vindo na casa de anfitriões especiais ou recebido com alegria em hotéis que valem a pena, é preciso que sua presença seja lembrada de forma leve e positiva e não sentida como um peso. E detalhes – sempre eles – podem ajudar muito, marcando vários pontos a seu favor.

Gorjetas – quando e como distribuir? – é fundamental compensar os outros por bons serviços prestados. O cálculo pode ser feito por dia. Por exemplo: para o caseiro de seu amigo, um terço de uma diária de serviço equivalente, por dia que passou na casa dele. Some os dias e, pague ao final da temporada.

Mas atenção: há anfitriões que não gostam que os empregados sejam gratificados, pois acham que “inflaciona” o salário … De modo que é importante comunicar o quanto está dando, para que a dona da casa lhe diga se está adequado ou não.

Quando há outros hóspedes – e mais de um empregado, é interessante fazer uma coleta entre os demais hóspedes presentes para que o valor seja maior para quem recebe e até também porque divide-se mais democraticamente essa despesa.

O que levar para os donos da casa? – depende do gosto e da intimidade que se tem. Vinhos caprichados e outras bebidas podem agradar muito, mas apenas se você conhecer o gosto específico de seu anfitrião ou levar algo de qualidade incontestável. Um enfeite para a casa, se você já conhecer o local, é sempre bem vindo.

Petiscos raros como geleias especiais, pimentas exóticas e trufas também fazem bonito. O que não pode é deixar passar em branco.

Finalmente, se quiser mesmo ser convidado novamente, jamais, nunca mesmo, por maior que seja a tentação, estenda sua temporada mais tempo do que foi combinado. Zelda e Scott Fitzgerald, anfitriões notáveis dos anos 50, tinham uma placa afixada na porta de cada um dos quartos de seus hóspedes que dizia mais ou menos o seguinte:

Se, em algum momento a gente insistir que você fique mais um pouco, não acredite. Provavelmente estaremos alterados e não vamos lembrar de ter dito nada no dia seguinte”. Pois é. Hóspede bom é aquele que deixa saudade.




Adolescentes – hóspedes disputados

Bolsa rosa pink de tecido. Dentro tem um Ipad tb com capa rosa e um fone de ouvido. Bagagem perfeita para uma adolescente em férias

Com as férias de julho já aí, convites para viajar ou para ir para casa dos amigos estão rolando e nossos filhos querem ir. O ideal é que fossem sempre convidados para voltar a casa desses amigos, não é mesmo? Só que, para que isto aconteça, é preciso orientá-los de forma que sua presença na outra casa e a convivência com outra família seja a mais agradável possível.

À medida que se tornam mais independentes, é preciso estimular, mais ainda, certas noções básicas de cidadania, civilidade e – por que não dizer? – educação e elegância mesmo. Pode parecer caretice, e muitas vezes temos a impressão de que tudo que falamos não é registrado. Não importa. Crianças e jovens não nascem sabendo e, se não ouvirem de alguém em quem confiam determinadas coisas, jamais terão a chance de aprender.

Não desanime! – é claro que é chato falar, repetir e insistir. Mas o resultado vale a pena. Jamais duvide que, longe de casa, seu filho (não importa se têm 15 ou 35 anos) se lembra – e aplica – muito mais do que você imagina os seus ensinamentos. O importante é que você seja capaz de dar a orientação adequada.

Integração ao esquema – cada casa tem um. Que inclui horários de refeições, arrumação de cama, e hábitos familiares. O importante é que ele perceba logo como funciona e respeite a máximo a rotina.

Ainda que o amigo e dono da casa o estimulem a transgredir, os demais membros podem não achar a mesma graça, ainda mais quando a atitude parte de alguém que não é da família…

Banheiro: zona perigosa – esta é uma área íntima e requer cuidados especiais. Se for compartilhado, é bom não demorar demais. E, ainda que haja um só para ele, é importante deixá-lo sempre seco após o banho, sem cabelos colados à parede chuveiro nem pelos de barba na pia. É o mínimo.

As toalhas molhadas devem ser penduradas no próprio banheiro, se houver espaço, ou no local indicado pela dona da casa. Basta perguntar onde é e levá-las até o local.

Assaltar a geladeira – é uma delícia, né? Mas impensável na casa dos outros. Ou, pelo menos, faça-o com muita moderação. Não há nada pior para uma dona de casa, do que planejar um cardápio e, na hora H, descobrir que não pode executá-lo por causa da gula noturna de seus hóspedes.

Simpatia em pequenos detalhes – seu filho não pode adivinhar o quanto alguns gestos podem lhe garantir uma vaga cativa no coração de toda a família. Mas você pode dar a dica e insistir no quanto é importante:

Ajudar a tirar a mesa é simplesmente o máximo. Afinal, a dona da casa preparou a refeição e, nesse momento, pode gozar alguns minutos de sossego, não?

Lavar a louça – é o sonho de qualquer anfitrião. E não tira pedaço, certo? Principalmente se a louça em questão for de algum lanche feito fora de hora. Nesse caso, lavar é imprescindível!

Levar o cachorro para passear – é uma ótima pedida, além de dar meia hora de privacidade ao resto da turma…

Concordo que dá um certo trabalho tornar-se um hóspede desejado. E nem adianta sair mostrando este texto ao seu filho. A melhor coisa (e muito mais difícil) é tentar dar o exemplo em casa. No começo parece quase impossível que funcione, porém com o tempo, você – e seus filhos – vão poder comprovar o quanto vale a pena.

 




Dia dos namorados: arrase no jantar para seu amor

Uma praia ao por do sol e uma estrutura de areia imitando um encosto de sofá serve de apoio para almofadas dispostas uma de frente para outra. No centro uma mesa baixa colocada com uma toalha branca e lugar colocado para dois. Na frente em primeiro plano estão velas baixas vermelhas acesas e ao fundo dois tocheiros fazem moldura ao por do sol que se reflete no mar.

É isso aí: bem estar, acolhimento e bem querer serão muito mais valorizados nesse momento do que malabarismos eróticos – estes, serão ou não apenas consequência, sendo que cada um os interpreta como quer, certo?

Cuidados extras – providenciar ou facilitar estacionamento já é um conforto. Avise seu amor – além do porteiro – sobre qual é o esquema.

O seu quarto e banheiro tem que estar mais que impecáveis – Quer causar impacto ou não? Arrume e limpe dias antes – e mantenha assim até a noite, quando tem que parecer cenário de filme…

Prepare seu quarto: jarra com dois copos, vaso (pequeno) com flores delicadas, velas (mas no máximo 3, para não exagerar). Se ele ou ela forem do tipo mais metódico, nunca é demais reservar um espaço no armário com cabides extras. Se achar muito, é essencial uma cadeira para apoiar roupas – porque é para noite se prolongar até o dia seguinte?

Equipe o banheiro – escovas de dentes extra, toalhas em dia – nada que force muito a barra, mas oferecendo conforto…

Seu bar – tem que ter uma variedade legal de bebidas – afinal vocês podem querer variar, inovar e brindar a noite toda….

Sobre uma mesa de madeira está uma garrafa de vinho envolta em uma capa de juta rústica com das velas bem baixinhas a sua frente e taças. Ao fundo luzes em forma de coração iluminam o ambiente.

O jantar: ainda que goste de cozinhar, o momento tem que ser lúdico, portanto fuja de frituras ou receitas que requeiram “esperar o ponto” ou possam desandar como maioneses, chantillys, cremes muito delicados…

Prefira receitas de forno que possa preparar ou deixar pré prontas na véspera. E é claro que vale comprar pronto ou semi pronto: o importante é proporcionar a diversão e não inventá-la…

Deixe prontos de véspera: gelo pronto e retirado das formas em sacos plásticos no freezer, molhos, receitas marinadas, etc

Nada de muito exótico, mas os clássicos – cerveja ou chope, vinhos, uísque, vodka de boa qualidade e uma boa cachaça para caipirinha se estiver no cardápio.

A mesa já colocada facilita – e com espaço para deixar a travessa comida se possível. Na cozinha, panos de prato extras, o balde de gelo e os talheres de servir à mão –pra você não ficar procurando.

Aperitivos – garanta-se com um mix de nozes – e porque não Barú, a castanha afrodisíaca temperada com flor de sal e pimenta? Coloque em locais estratégicos. Se quiser uma receita linda e fácil faça o aperitivo de morangos e parmesão.

Bebida – devidamente gelada com antecedência. Para não ter que esperar na hora de abrir um vinho ou espumante – afinal, nessa noite, você terá muitos motivos para comemorar!

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Como montar um Bar em Casa

Uma prateleira branca embutida de alto abaixo na parede com vários nichos retangulares onde estão acomodadas garrafas de bebida de vários tamanhos e marcas . Um bar que não ocupa espaço e está visível sempre.

Aproveite que o clima está mais friozinho e reserve um canto da sua casa para receber seus amigos com mais animação e aconchego, preparando desde as caipirinhas mais básicas até mesmo drinques descolados…

Se você acha complicado, veja como as ferramentas são fáceis de encontrar e manejar. E, uma vez duram vários e vários anos. Olha só:

  • balde e pinça de gelo (também utilizada para as frutas de enfeite);
  • coqueteleira;
  • facas de bar (pequenas e muito afiadas, algumas serrilhadas para cascas mais duras);
  • tábua de bar – pode ser qualquer tábua de cortar;
  • abridor de garrafas;
  • saca-rolhas;
  • guardanapos de papel;
  • canudos (longos e curtos);
  • açucareiro;
  • colheres longas de bar;
  • copo misturador;
  • pratinhos pequenos para rodelas de limão ou frutas em pedaços;
  • cumbucas para salgadinhos;
  • coador pequeno ou médio;
  • tigela para crustar – deve ser em material resistente;
  • ralador pequeno de noz moscada – pois ralada na hora fica muito mais perfumada.

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 Copos : um item fundamental – cada bebida requer um formato ou textura de copo de acordo com o seu corpo, temperatura e finalidade. É claro que não é preciso ter todos os modelos, mas alguns são básicos:

  1. copos altos , para long drinks;
  2. copos baixos;
  • taças em formato triangular para coquetéis, como, dry martinis ou whisky sour;
  • taças de vinho;
  • taças de champanhe, longas;
  • tulipas de chope.

É uma boa lista, não é? Porém, com todos estes, você jamais será pego desprevenido.




Bolo de Noiva: ele nasceu salgado! Veja aqui como evoluiu até hoje

Dizem as crônicas da História que tradição matrimonial começou no tempo da Roma Antiga.

Bolo De Casamento Romano

Os romanos quebravam um bolo simples e saboroso feito de trigo ou cevada sobre a cabeça da noiva depois da cerimônia para dar boa sorte. Os recém-casados, em seguida, comiam algumas migalhas juntos, enquanto os convidados se reuniam em volta e recolhiam o resto do chão. A tradição de compartilhar um bolo de casamento com seus convidados vem desse costume romano.

Torta medieval da noiva

A “torta de noiva” era uma torta saborosa que podia ser recheada com qualquer coisa, desde ostras ou outro marisco, até carnes picadas ou carneiro, dependendo da riqueza da família. Um anel era escondido dentro da torta, e a mulher que o encontrava, seria a próxima a se casar – um precursor do lance do buquê de hoje. A massa era bem decorada, fazendo da torta uma peça central de toda festa de casamento.

Bolo temperado medieval 

Na Idade Média, pequenos pãezinhos temperados eram equilibrados um em cima do outro, criando uma pilha que se elevava o mais alto possível. O casal se beijava no topo dessa pilha: um beijo de sucesso – sem derrubar a torre – teria um casamento longo e próspero.

Bolo de noiva do século XVII

No século XVII, a “torta de noiva” tornou-se um “bolo de noiva”. Eram doces, bolos de frutas, o tipo de bolo de casamento que continua sendo a opção tradicional até hoje. Depois de comer uma fatia, a noiva jogava o restante sobre a cabeça (remontando à tradição romana). No final dos anos 1700, o “bolo de noiva” foi coberto por uma cobertura branca semelhante a merengue para simbolizar a pureza.

Bolo da igreja da noiva do século XVIII

A forma de bolo de casamento em camadas, que agora consideramos ser um bolo de casamento clássico, foi criada por um aprendiz de padeiro em Londres, que se apaixonou pela filha de seu chefe e quis impressioná-la. Ele  se inspirou no pináculo da igreja de  St. Bride’s Church. Embora essa estrutura tenha aberto o caminho para bolos de casamento, nesta data, o padeiro ainda não havia criado uma maneira de tornar comestíveis todos os níveis desse bolo inovador.

Cobertura Real do Século XIX

A cobertura branca já era usada desde o século XVII, mas foi só no casamento da Rainha Victoria com o Príncipe Albert, em 1840, que a cereja real foi criada. Era necessária uma cobertura branca dura e robusta que suportasse o bolo, estruturalmente decorado e com quase dois metros de largura. Foi a partir daí que surgiu a “expressão” cereja do bolo.

Croque-en-bouche do século XX

Enquanto os ingleses criavam bolos brancos em camadas, os franceses celebravam seus casamentos com imponentes estruturas.  O primeiro foi criado pelo padeiro “chef” Marie-Antoine Carême, inspirado pelos bolos de especiarias,  da Grã-Bretanha. Pequenos bolos de choux circulares foram empilhados em uma base de nougat (torrone mais delicado) e lindamente decorados com açúcar refinado. No final do século XIX, ficaram mais elaborados, como uma torre gótica, mas, no século XX, retornaram a estrutura cônica clássica, popular nos casamentos atuais.

Bolo de casamento em camadas do século XX

O bolo totalmente comestível apareceu no casamento do Príncipe Leopoldo com a Princesa Helene Freiderike, em 1882. Camadas endurecidas de glacê real cobriam cada bolo de frutas, permitindo que as camadas se empilhassem em cima umas das outras. Em 1900, pilares de apoio entre os níveis de bolo de casamento foram vistos pela primeira vez, por conta da demanda por um bolo que desse para comer todinho, e também por ser cada vez mais largo e alto. Esses pilares eram simples, bastões de madeira cobertos de glacê. Quanto mais alto o bolo de casamento, melhor – era símbolo de status.

Cake Toppers da década de 1940

Apareceram na década de 1940: pequenas figuras no topo das tradicionais tortas de frutas em camadas. Hoje é moda em decorações de bolos comestíveis e não comestíveis numa quantidade surpreendente.

Decorações do bolo pós-guerra dos anos 1950

Na década de 1950, com açúcar e outros ingredientes mais uma vez disponíveis, o estilo dos bolos de casamento expandiu-se e cresceu. Uma cobertura real que poderia ser moldada foi inventada, permitindo decorações de bolo espetaculares.  Os casais começaram a pedir diferentes bolos – chocolate, baunilha, limão ou mesmo cenoura.

Bolos De Casamento Contemporâneos

Hoje,  a maioria dos casais ainda opta por um bolo que é escalonado de alguma forma – seja uma esponja de cinco camadas, camadas de cupcakes ou uma pilha de merengues… mas se você ama macarons pode ter uma torre da cor de arco-íris destes doces franceses, ou escolher um bolo gelado em diferentes tons de buttercream.

Independente da sua escolha, bolos de casamento são uma importante peça central, e carregam muito de simbolismo e história com eles.