1

Arrase no brinde do seu jantar a dois

brinde+vinho_claudiamatarazzo

Com as emoções à flor da pele, a expectativa toma conta do ambiente. E é então que um bom vinho na taça ajuda a acalmar as batidas do coração.

Quem nunca perdeu a fala nessa situação? Os homens, querendo impressionar, geralmente sofrem mais, mas as mulheres também não escapam.

Em tempos de encontros virtuais, o primeiro olho no olho pode ser decisivo! E, nesse momento, sobre que assuntos falar? Como parecer irresistível? Ou melhor, como não parecer sem graça?

Dica: se o jantar envolver vinho – e hoje quase sempre envolve – mostre seu conhecimento: além de facilitar a conversa certamente vai te diferenciar do papo comum aos primeiros encontros.

Ok, você não quer parecer pedante, por isso não precisa decorar a bíblia do vinho. Basta apenas lembrar de alguns fatos e histórias que podem fazer a conversa fluir.

As uvas: são muitas as variedades de uvas, mas algumas delas são tão antigas e ficaram mais famosas. É o caso da Cabernet Sauvignon, a rainha das variedades tintas, enquanto a Chardonnay é a líder das brancas. Ambas são francesas de origem, mas hoje já são plantadas em quase todo o mundo.

O barril de carvalho – é utilizado na armazenagem de quase todos os vinhos. E além de deixar sabores mais amadeirados, é também responsável pelas notas de baunilha de alguns vinhos.

Quando o vinho fica armazenado por muito tempo, o barril transfere cremosidade e untuosidade – principalmente aos vinhos brancos.

Acidez – é o um dos elementos mais importantes em qualquer vinho. É essa acidez, maior ou menor, que faz o vinho harmonizar bem com determinados pratos. Quanto maior a acidez, melhor ficará com comidas mais gordurosas . E vice versa.

Um exemplo: o vinho doce (de sobremesa) não leva açúcar. Eles se utilizam da própria doçura natural da uva – algumas têm menos, outras mais, como a famosa Moscatel. E por serem mais doces harmonizam bem com frutas.

As vinhas – a prova de que panela velha é que faz comida boa: vinhas velhas são as que produzem as melhores uvas. Isso acontece porque elas dão à luz a menos frutos, porém mais concentrados – e com muito mais sabores e características.

A História – o vinho é mais antigo do que imaginamos. A primeira referência histórica de um vinho data de 6000 antes de Cristo, na região do que é hoje o Oriente Médio.

Para se conseguir uma garrafa de vinho de boa qualidade usa-se em média 600 uvas.

Finalmente, se quiser use uma cantada clássica que pode até não ser original, mas agrada sempre: faça sua lição de casa antes e pesquise o ano de nascimento do seu amor.

Aí, veja se coincide com o ano de algumas safras de vinhos que entraram para a história. Se esse for o caso e você conseguir uma garrafa do mesmo ano, ganhará muitos pontos – ainda mais se ele/a apreciar vinho.

Mas ainda que não consiga brindar com a safra do seu ano de nascimento, a coincidência pode render mais um brinde…

wine_divulgação-adega-claudiamatarazzo_amenimario




Mesa: como fazer para escolher o tipo de serviço

Há várias formas de se servir uma refeição e o critério de escolha pode ser:

  • Espaço;
  • Número de convidados;
  • Apoio (ou staff);
  • Informalidade ou não dos convidados;
  • Tempo (a francesa demora mais do que o americano, por exemplo);
  • Cardápio (um cardápio com menos itens pode ser colocado todo a mesa no serviço a brasileira e parece mais farto no serviço a francesa).

À Mesa ou Americano

Tipo de serviço informal que pode ser usado quando não temos espaço para receber a todos sentados. Encoste a mesa em uma parede para aumentar a área de circulação. Ou use um aparador. Dê preferência a uma toalha lisa ou de renda branca. Se usar estampas, prefira tons suaves.

Numa das extremidades, coloque o prato em pilhas (com no máximo 10 pratos) e junto ficam os guardanapos. Na outra extremidade ficam os talheres – facas acima, garfos abaixo.

O espaço central é reservado às travessas.

Ao servir, o convidados devem pegar o guardanapo e coloca-lo na mão esquerda. Sobre ele, virá o prato, Depois de servido, deve pegar o garfo, e se tiver onde se sentar, a faca. O menu deve constar de pratos fáceis, que não requeiram o uso da faca.

As sobremesas virão à mesa, assim que os pratos principais forem retirados. O café pode ser servido em outro ambiente e o licor encerrará o jantar.

Jantar a Francesa

É um tipo de serviço extremamente confortável para os convidados e nem tão complicado como muita gente acha.

Para esse serviço é necessário a presença de garçom e copeira uniformizados. Um garçom dá conta de servir até oito convidados. Se tiver mais que isso o ideal é ter mais de uma pessoa servindo para não deixar o serviço lento.

Os pratos devem ser servidos, pelos empregados, pelo lado esquerdo, para que os convidados se sirvam. A entrada não é servida mais uma vez. Os pratos principais e o segundo prato devem ser passados uma segunda vez.

Ao final, os pratos devem ser retirados pelo lado direito.

Jantar Franco Americano

Como o nome indica, é o serviço que mistura os estilos francês e americano. A mesa é arrumada, como para o serviço à francesa.

Não há copeira ou garçom para apresentar as travessas, que devem ficar sobre um aparador, sobre “rèchauds” (fogareiros de mesa) ou apenas no aparador. Cada pessoa se serve e todos comem à mesa.

Porém é necessário um garçom ou copeira para retirar os pratos usados e a comida e colocar o de sobremesa, assim como os doces e as frutas depois que todos já tiverem comido. Ela retira o prato pela direita e coloca o de sobremesa pela esquerda como em um jantar a francesa.

Se não houver copeira, a dona ou dono da casa deve retirar os pratos um a um (nada de bandeja ou empilha-los sobre o braço) e colocar o prato de sobremesa pessoalmente.

 Jantar à Inglesa

 A mesa é colocada da mesma forma que no estilo a francesa, o garçom ou copeira chega com a travessa, porém ele mesmo serve os convidados. A esse serviço chamamos de Inglesa direto, pois o convidado é servido diretamente da travessa para o prato.

Inglesa indireto – difere do direto pelo fato de o garçom ou copeira usar um carrinho de apoio onde serve cada prato que leva ao lugar dos convidados.

Waiters carrying plates with meat dish at a wedding

Empratado – não é o mais refinado, mas funciona para um grande número de convidados: nele o garçom chega com o prato já servido da cozinha e o conviva come ou não o que lhe aprouver.

Serviço a Brasileira – na verdade é o serviço familiar do dia a dia e existe em todas as casas do mundo: as travessas são colocadas sobre a mesa e todos a volta se servem ou pedem para quem estiver perto do prato servir.




Talheres a mesa: surpresa ou beleza?

Etiqueta-talheres-groups_claudiamatarazzo

Hoje há uma série de arranjos de talheres à mesa inventados para dar um ar mais mais criativo. Nada contra, desde que, tais invenções não se transformem em micos.

Opções mais formais – com o talher já colocado no lugar a mesa  é mais tradicional. Em minha opinião bem mais confortável e elegante. Mas quando o serviço é tipo americano, ou seja, as pessoas se servem no bufê e sentam-se pela sala ou mesmo a mesa, há quem prefira  aquelas aliadas a uma decoração ou tema de sua reunião.

Não invente demais: é essencial que seja  confortável ao seu convidado. Nada de objetos complicados, laços difíceis para serem desatados, cápsulas de tecidos ou papel que tenham algum tipo de armadilha. E lembre: o ideal é que aquilo não fique depois como um “lixinho”, passeando pela mesa.

É o caso do cardápio que envolve os talheres abaixo: uma vez fora do pacote, não fica bonito e passa a ser um elemento que mais atrapalha do que enfeita.

Etiqueta-6a

Nesse caso, todos os talheres e guardanapos estão acomodados num mesmo arranjo. Mas imagino aqui o convidado, depois de  se desfazer dele olhando para o lado, com aquele semblante de “O que eu faço com isso?”.

Etiqueta-talheres-groups-2_claudiamatarazzoNesses exemplos, podemos notar os motivos, opções que foram criadas em função de um tema do jantar ou do encontro, seguido de um jantar.

São amarrações de barbantes especiais com tarjas ou fita temática, no caso um tema musical. No caso da foto do alecrim,  apesar de bonitinho, fico pensando no convidado faria com esse galho –  será que usaria no tempero do prato?

Sugiro pensar sempre em algo que possa depois compor com o arranjo ao centro da mesa – dessa forma, uma vez desfeito o “pacote,” eventuais ramos de tempero, bolinhas de enfeite, flores ou o que quer que esteja enfeitando, pode ser agregado ao centro da mesa de forma a continuar a decoração.

E que mal há em apresentar o lugar já montado como na foto abaixo?

CM-Schmidt-blog-Claudia_Matarazzo_Mesas_Natal-Chic_20151119_amenimario (227)

Amarrar os talheres pode até parecer uma boa ideia, mas não é tão fácil de ser levada a cabo e, de verdade, as vezes é melhor simplesmente envolve-los no guardanapo e deixar que o convidado pegue o conjunto sem deixar para trás essas tranqueirinhas que, multiplicadas por 20 ou 30 realmente podem comprometer o visual da sua mesa.

4 jogos de talheres acondicionados num envelope de tela natural, e com detalhes folhas e flores em tons laranja, coral e vermelho.

O arranjo acima está super correto – o segredo está no fato de ser uma coisa simples, alegre e que, uma vez que os talheres são retirados do invólucro, esse continha a enfeitar a mesa

talheres acomodados , faca entre em dentes do garfo, ladeados e junto a eles guardanapos também acomodados em forma triangular, um sobre o outro, sobre essa mesa, com toalha de tecido na cor branca, ainda porta velas e um vaso de flores.

Já, se quiser acertar sempre, nada como a simplicidade como no tradicional garfo e faca encaixados com os guardanapos ao lado: fácil de pegar e não deixam “restos” atrapalhando a decoração.

Sobre uma mesa de buffet, Arranjo de talheres em forma de palmeira, o tronco formado por facas arranjadas e as folhas feitas com garfos arranjados.

E se você achou original a palmeira desenhada com talheres proposta acima, até concordo. Mas, pensando bem, o que será que acontece quando as pessoas começam a retirar os talheres? Provavelmente a bela palmeira vai ficar com jeito de quem acabou de sofrer um tsunami. Menos, quase sempre é mais…




Visual conta sim – e determina a sintonia

Acredite: uma produção bem acabada, em harmonia com o contexto em que você trabalha ou da empresa que está visitando faz as coisas fluírem melhor.
Por exemplo, se estiver visitando alguém ligado a área do agronegócio talvez seja o caso de dar uma aliviada na formalidade. E o mesmo, de forma inversa, vale para setores mais formais como o jurídico ou financeiro.
Mas calma! Não é o caso de incorporar uma fantasia do estereótipo visual de determinadas profissões. Em visita a empresas mais informais não precisa usar tênis de 3 andares e 24 rodinhas – em geral, apenas o fato de estar sem gravata já sinaliza sintonia.


Na prática – o desafio é equilibrar uma aparência composta com toques de informalidade.
O truque é se basear em uma referência mais universal de elegância. Assim: evite usar itens dos últimos “gritos da moda” justamente por não serem amplamente testados – e muito menos aprovados.
Mulheres podem evitar as maxi bolsas brilhantes ou de couro de bichos (ainda que, falsas e ecologicamente corretas).


Homens também não devem extrapolar com mochilas extra grandes ou cheias, principalmente na hora de apoiar sobre o delicado mobiliário do escritório visitado.


Ok, esses são só exemplos. O que conta mesmo é a atitude: que dever ser antenada, atenta, suave e firme. Parece contra senso? Não mesmo. Tente exercitar e comprove que quando conseguimos isso o resultado se traduz em sucesso nas relações – profissionais e pessoais.




Até que ponto você sabe receber elogios?

Vamos lá: elogio é coisa boa. Não é cantada (embora possa até ser) e deve ser recebido com leveza, certo?

Elogio é como presente – aliás, elogios são verdadeiros presentes – que as pessoas não têm a menor obrigação de oferecer, certo?  E, embora haja os que ficam sem graça, está para nascer a pessoa que, sinceramente se incomoda com um elogio. É como chocolate: todo mundo gosta – o que varia é o teor de cacau, açúcar etc.

A vantagem – ao contrário de presentes, elogio não tem data nem momento certo para acontecer – o que torna o fator surpresa extremamente agradável, ou não? Além disso, não custam nada: apenas um olhar mais atento ao outro e ao mundo – o que só pode ser bom…

Mas, vamos lá: dizer que “não precisava” é péssimo. Quase nunca precisa, mas, se foi feito, há uma vontade de reconhecimento do que o outro pensa de você. Portanto, agradeça. Sempre. Não deixe passar em branco por falta de jeito.

Obrigatório agradecer – sim, precisa! E ao fazê-lo, não quer dizer que você se acha o máximo (ou o que foi elogiado). Apenas que você tem prazer em ouvir o que acabou de ser dito

Aliás esse um péssimo hábito que confundem com “ser modesto!”. Jamais faça pouco do que foi elogiado – é o mesmo que fazer pouco de quem elogiou. Simples assim.

A pessoa amou sua roupa e você responde “Essa!? Nossa super velha, uso só pra ficar em casa.” O outro fica com cara de ovo…

A resposta certa: “Também amo e apesar de já ter 10 anos, não desapego, me sinto super bem com ela.”  Bingo! A pessoa se sente na sua sintonia!

Tipos de elogios – temos o público e o privado. Em público, requer mais atenção de quem faz, mas, quem recebe, agradece igualmente – e é muito bom que os outros testemunhem essa admiração, concorda? Elogios privados, olho no olho, são sempre muito efetivos pois não dá para ter dúvidas de que acertamos em alguma coisa…

Elogios profissionais e sociais – os sociais tiramos mais de letra, concordo. Já os profissionais, por terem uma inferência que envolve jogo de poder e ciumeira devem ser objetivos e sóbrios. Mas, novamente: agradecer é importante. Aceitar como algo que você merece, sim. O que se pode evitar (para não causar mau estar) é repercutir demais entre colegas etc.

Elogios a coisas, pessoas e caráter – É mais fácil receber elogios sobre uma linda roupa do que sobre nosso caráter ou algum gesto que fizemos. Massss esses últimos, por mais raros devem ser recebidos como um privilégio – o mesmo que provavelmente causou essa reação.