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Etiqueta de Boteco

Não estamos falando de um restaurante mais formal ou de refeições protocolares, mas daquela parada que a gente faz no nosso boteco preferido onde, a maior parte das pessoas se conhece – dali mesmo – e se reúne para petiscar, tomar um gole da cerveja preferida ou simplesmente respirar em uma bem-vinda pausa.

Justamente por esse caráter informal e familiar, a tendência é que as pessoas abusem de quem lá trabalha e até mesmo do direito de se achar em casa. Embora a gente se sinta assim, não estamos em casa.  É preciso lembrar que:

  1. para o dono aquilo é seu ganha pão (bastante prejudicado em tempos de pandemia).
  2. para o garçom, o que para você é um momento de diversão e lazer para ele é trabalho duro – que começou de madrugada pegando uma condução com quase zero de pausas durante o dia.
  3. ali você é cliente – por mais que se considere amigo. Portanto, um mínimo de atenção para manter a boa convivência em um espaço, em geral, reduzido, é necessário e faz diferença.

Detalhes, sempre fazendo diferença… Vamos a eles!

Chame o garçom pelo nome – não é “chefia”, nem “amigo.” Ouvir nosso nome, saber que somos reconhecidos é muito mais gratificante – e eficiente.

Olhe nos olhos – desligue qualquer chamada que esteja em curso e pare de teclar enquanto faz o pedido. Respeite quem está a sua frente e parou tudo para aguardar seus desejos. Em geral ele tem todos os outros para atender sozinho – e a sua atenção e clareza nesse momento ajudam e refrescam a rotina dele imensamente. Ponha-se no seu lugar. Em tempo: parece bobagem, mas muita gente faz isso e é pra lá de inconveniente: não segure ou puxe o garçom para a sua mesa para apressar o atendimento…

Sem batucada – sim, sabemos que é uma cultura nacional bater no balcão e começar ali mesmo uma roda de samba. Mas, convenhamos, dependendo do horário e do público presente, esse tipo de show particular é desnecessário e invasivo… só funciona com os verdadeiros talentos que, se estiverem presentes, merecem nossos ouvidos atentos e não um coro desafinado….

Não tem chapelaria – boteco, por definição não tem muito espaço e, atrás do balcão menos ainda. Assim, evite pedir para que guardem mochilas, maletas etc. enquanto você está lá. Atrapalha e muito!

Ainda o balcão – ou mesa se for o caso:  se estiver mascando chiclete, não cole debaixo do tampo!! Use o guardanapo de papel e jogue fora. Ou vai reciclar?! Ecaaaaa…

Por favor e obrigado –mesmo que você vá lá todos os dias, custa falar? E peça licença para tudo: inclusive para puxar a cadeira da mesa ao lado…

Saideira – hoje existe um horário com motivos concretos para o fechamento do lugar e pra servir, de modo que evite pedir qualquer coisa após dar o horário de encerramento.

A conta – conferir não em problema, mas discutir e alterar a voz é inadmissível – até porque, em botecos, dificilmente será o garçom quem exagerou na bebida…




Supremo luxo: Brindar ao ar Livre!

Num jardim, bandeja artesanal, com seis taças de cristal, dentro delas sorvetes coloridos, e está sendo servido champanhe nas taças.

Mesmo com pouco espaço, recorra a todas as alternativas: um pequeno terraço, a varanda do apartamento e até mesmo o quintal de sua casa podem se tornar cenários apropriados para reunir a família e os amigos, principalmente nas noites mais quentes e até mesmo em dias de clima ameno. E por ser  recomendados atualmente para os “encontros”, já que são lugares “aberto”.

Assim que eleger o local é preciso transformá-lo para abrigar a turma.

Mesas e cadeiras – se você não tiver mesas específicas para essa finalidade, facilite e recorra a uma tábua com dois cavaletes. Basta cobri-la com uma bonita e alegre toalha

Poltronas de plástico empilháveis – são mais confortáveis do que se imagina, fáceis de guardar, laváveis e resistentes a sol e chuva.

Mas atenção: escolha poltronas mesmo e não cadeirinhas sem braços: a prioridade é o conforto dos seus convidados!

Detalhes– em uma refeição ao ar livre a atmosfera costuma ser de praticidade e despojamento. Siga a linha da simplicidade: guardanapos de papel são perfeitamente corretos.

Se receber durante o dia, providencie um guarda-sol e coloque em local estratégico (ou mais se tiver). Um grande do tipo “ombrellone” é ideal. mas nem sempre possível.

Louça de qualidade – nesse quesito e na toalha não abra mão de muito capricho! Afinal, esta é a graça: transportar para perto da natureza um pouco do charme e requinte da sala de jantar.

Use uma toalha com um forro atoalhado para “acolchoar” a dureza da tábua e não use pratos de plástico. Lembre que nada substitui a textura e o peso de um prato tradicional.

Num fundo todo amarelo ouro, temos um Balde de gelo, em forma de dobradura triangular, na cor amarelo ouro, classico da Champanhe Veuve Clicquot. Dentro dele um garrafa da champanhe fechada e muito gelo.

 Perto da Natureza – acrescente plantas para compor o cenário: organize seus vasos na área próxima, coloque flores do campo em um vaso ou jarra, e deite e role com referências campestres!

Cardápio – no caso de refeições completas, escolha cardápios cujas estrelas sejam saladas e pratos leves que não derretam com o calor.

Prefira as folhas mais duras e resistentes ao – alface americana, repolho roxo, almeirão…

Champignons, tomate e muçarela são um trio que funciona bem em cardápios tropicais, assim como saladas de berinjela e pimentão no azeite ou pepinos em conserva.

Temperos refrescantes – hortelã, manjericão e alecrim frescos dão um toque de leveza especial nas carnes e saladas. Assim como o salsão e erva doce, crocantes e frescos, fazem sucesso no aperitivo e durante a refeição.

Para finalizar, sirva bolos e tortas geladas e,  inove dando um upgrade nos picolés, mergulhando-os em…champanhe!

Champanhe – porque vocês merecem! Surpreenda seus convidados: em meio a descontração e leveza perto da natureza, nada melhor do que um brinde com um vinho de qualidade e milhares de borbulhas efervescentes para comemorar o momento.

O contraste da simplicidade geral com a sofisticação de belas taças e um champanhe super gelado vai deixar todos com a certeza de que, além de muito bem vindos, eles estão, tanto quanto possível, bem pertinho do céu!

mesa com jogo 6 lugares , com americano vermelho e guardanapos vermelhos, pratos com filetes em tom de ouro. ao centro pequenos vasos com folhagens, junto aos pratos os copos de água e de champanhe.

Porcelanas Schmidt Filete ouro

 

 

 




8 Dicas Top para não se tornar um convidado mala

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Não se atrase – uma tolerância de quinze minutos de atraso é o máximo permitido se você quiser ser educado e não deixar seus amigos ansiosos.

Não chegue antes da hora – é quase pior do que chegar atrasado. As pessoas estão se organizando e preparando a casa de acordo com um um planejamento – chegar antes vai atropelar tudo e você ainda corre o risco de pegar a dona da casa de toalha.

Não peça para estacionar na vaga – nem pergunte se é fácil: informe-se de outra maneira e não crie mais um problema para seu amigo nesse momento. (como estacionar costuma ser um caos, é simpático que o anfitrião avise se existe algum estacionamento por perto).

Não fale de dieta – nenhuma, por mais sensacional e na moda. Aliás, faça o contrário: elogie sempre e coma de tudo.

Não exagere na bebida – parece óbvio mas muita gente vai ficando animada, passa para o alegrinho e, daí, para a inconveniência e constrangimento patético é um pulo. Beba sempre bem menos do que você gostaria…

Não faça selfies – pelo menos não seja o primeiro a ter essa idéia. Se perceber que seus amigos estão registrando tudo, vá em frente. Mas com moderação: em geral esse tipo de coisa interrompe o ritmo de quem está planejando o encontro.

Não fale demais sobre – trabalho, crise, falta de segurança e outros assuntos que podem pesar o ambiente. Que tal esportes, arte, viagens, lazer em geral?

Não fique demais – Pois é, o papo está bom, a comida ótima, mas não espere o anfitrião começar a bocejar para ir embora.

Essas dicas são bem legais… mas como estamos na pandemia ainda, não se esquecer nunca dos cuidados básicos: lavar as mãos ou passar álcool em gel, distanciamento e sem aglomerações, ok?

 




Aglomerar com elegância – segundo filósofos e pensadores

Durante a pandemia estive imersa na confecção de dois livros, um dos quais sobre Acolhimento e Bem Receber onde, em meio as pesquisas acabei encontrando citações sobre o tema feitas pelos mais variados e renomados Filósofos – desde a antiguidade até os dias de hoje.

Vale a pena refletir sobre o que eles preconizam – e tem tudo a ver com o momento que estamos vivendo e com algumas mudanças/transformações que podem ser bem vindas…

Leonardo da Vinci: “A Simplicidade é o grau máximo da Sofisticação.” Tanto é verdade que, em épocas diferentes, outros expoentes de outras áreas disseram o mesmo em ouras palavras olha só…

Christian Dior: “A verdadeira elegância está por toda parte. Especialmente nas coisas que não aparecem.” E, antes dele, Coco Chanel: que eternizou o conceito,  já dizia que  “A simplicidade é a chave da verdadeira elegância”.

Elegância acessível: é do que estamos falando aqui. Um  pouco adiante na linha do tempo, Giorgio Armani,  famoso por sua  marca de luxo ousada e moderna que tornou mais acessível  através do seu “Empório Armani” diria que: “A elegância não está em chamar a atenção de alguém mas sim ficar na memória de alguém!”

É isso gente: não mais ostentação e aglomeração gratuita  -vamos nos ater a essência, ao que realmente importa e nos gratifica. Se você ainda tem dúvidas, veja o que dizia Leon Tolstoi – que, em geral, associamos a política e ideias radicais: “A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família.”

Na real, temos que aprender a pensar um pouco menor e mais perto. Mega eventos? Se no momento não rola, que tal o evento de conteúdo e satisfação mais compacta e intensa? Afinal, a busca da felicidade perene, induzida por efeitos especiais e prazeres ininterruptos provou-se falsa. Além de perigosa, estressante e inútil…

Cesare Pavese, pensador italiano morto nos anos 50 dizia: “Não nos lembramos de dias, lembramos de momentos.” E os momentos, caros leitores, são átimos de vida, faíscas de felicidade – dificilmente se estendem em mega momentos. A beleza está em saber reconhece-los e captura-los ainda acesos com a chama da paixão – seja ela qual for – que nos aquece  e ilumina a alma em puro êxtase.

Para provar que não estou delirando, vejam a frase sobre a felicidade do gigante Mahatma Ghandi: “A arte da vida consiste em fazer dela uma obra de arte.”

Ok, podemos não ser geniais artistas mas temos o dever de aprender, se não a desenhar, pelo menos a segurar o lápis com elegância e respeito a página que se nos apresenta em branco e renovada, todos os dias ao amanhecer




O básico da etiqueta à mesa

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  1. Guardanapo no colo – o de pano, porque o de papel fica sobre a mesa.
  2.  Ordem dos talheres – não se desespere! Se tiver mais do que um, comece de fora para dentro.
  3. Mastigar de boca fechada – nem é tão difícil: mastigue de boca aberta em frente ao espelho e perceba o mico.
  4. Não comece a comer antes da dona da casa – a não ser que ela peça.
  5. Não encher muito o prato – e nem misturar a comida fazendo aquela gororoba.
  6. Saiba dizer não – não fale que não gosta, que está de dieta ou faça cara de nojo. Apenas sirva-se de pouco e dê uma disfarçada.
  7. Evite frases como – “estou cheio”, “estufado”, “comi feito um boi”. Não dá, né?
  8. Cotovelos à mesa – não pode e pronto.
  9. Talheres em paralelo – com os cabos virados para você.
  10. Palito – comida ficou presa no dente? Nao dá para tirar com mão, língua ou palito. Ainda que que palito esteja te tentando, pegue discretamente e leve ao banheiro.