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CASA COR – UM NOVO JEITO

Esse ano, a Casa Cor convidou o seu elenco de arquitetos, designers de interiores e paisagistas a refletirem sobre qual será o formato da casa pós-pandemia.

E como será que vai funcionar…?

CASA COR SP DIVULGAÇÃO

Bom, será na rua! Sim, pela primeira vez, a amostra ganha as ruas e promove uma exposição inclusiva, gratuita e segura, coerente com o momento que estamos vivendo hoje, SEM AGLOMERAÇÕES. As vitrines físicas serão vedadas e poderão ser vistas por quem passa diante delas… Os ambientes internos poderão ser acessados, mas somente por uma janela virtual pelo site janela casa cor São Paulo.

Casa Cor SP divulgação

Será possível navegar e explorar cada detalhe desses inovadores projetos, que estarão presentes, até dia 8 de dezembro deste ano.

Todos podem acessar, se deslumbrar e se apaixonar pelas novas tendências para o próximo ano.

Corre lá! E fique ligado nos próximos posts… vou colocar onde estarão os containers para vocês terem uma noção de como está lindo!




Para aumentar a sintonia e interação

Nesse cenário, pediram-me para escrever sobre a melhor forma de distribuir pessoas a mesa em refeições. Embora ainda não seja recomendável reunir muita gente, vamos ver o lado bom: fazer planos para quando a vacina chegar – momento que parece mais próximo.

Pois, como o diálogo anda difícil e truncado, mais que nunca é preciso atentar a detalhes – porque eles fazem sim diferença!

Antes de pensar quem vai ficar perto que quem, convide lembrando de misturar pessoas que podem ter algo a agregar a outras. Se puder, convide sempre duas ou mais que não o sejam velhos conhecidos do grupo: eles trazem um frescor novidades e/ou outros assuntos que podem ser muito bem recebidos.

Plano de mesa: tem várias vantagens e a maior delas é que você, como anfitrião, controla melhor o ritmo e a conversa. É possível dar atenção a todos e contribuir, se necessário. Além de incrementar a interação, em alguns casos é interessante como networking, propiciando bons contatos profissionais.

Com prismas? –  com poucas pessoas, não é necessário usar, mas ajuda muito o anfitrião/ã indicar, na hora de sentar quem fica onde. Simples assim.

Mas, se quiser fazer uma graça, saiba que, mesmo mesas informais podem ter os lugares marcados com prismas sim! O correto: cartões de papel (duplos, são mais fáceis de parar em pé) escritos a mão, de preferência com uma hidrográfica preta, em letra de forma para dar mais visibilidade. É um detalhe que agrada a todos, pois percebem que houve uma atenção e preparo especiais

Plano tradicional – é aquele que coloca os anfitriões no centro da mesa retangular, frente a frente e alterna homens e mulheres – colocando, a direita de quem recebe as pessoas homenageadas, mais velhas ou de mais cerimonia.

Plano Orgânico – há quem prefira deixar rolar: as pessoas vão se agrupando conforme o momento e se sentam. A desvantagem: não há muita troca e fica “nóis com nóis”.

Prismas no Centro – coloca-se o marcador apenas no lugar dos anfitriões e os demais lugares são ocupados organic amente. Há um mínimo de equilíbrio e dá para administrar o encontro.

 

Brincando com as argolas – em mesas informais, argolas de guardanapos com indicativos específicos indicam o lugar de homens e mulheres. Mas pode causar incômodo em quem não concorda com estereótipos … sim, o mundo anda chato!

Pirei? Nem tanto: você certamente lembra de algum encontro que desandou por uma discussão besta entre vizinhos de mesa – ou mesmo por um climão criado por proximidades desastrosas. Podendo evitar, por que não?




Como tomar Vinho sem se complicar

 

taça de vinho cercada pr quatro taças dispostas como se fossem cadeiras. o vinho tem o papel de mesa

No começo foram coisas singelas como abridores de garrafa mais elaborados, saca-rolhas divertidos, novos jogos de taças etc. Com o tempo a coisa começou a complicar cada vez mais.

Um bom exemplo disso é o tal do “wine cooler” – com botões, baterias e alguns com lugar para manter até duas garrafas. Ufa!

Ora, os italianos resolvem esse problema com um cilindro de cerâmica ou argila há muitos séculos – e de maneira plenamente satisfatória.

 Armadilha para neo enólogos – decididamente não vejo muita necessidade dessa engenhoca para nos complicar em um momento festivo. A não ser, claro, no caso do bebedor solitário. Mas esse, ouso dizer, não estará preocupado com esse tipo de veleidade.

Quem bebe sozinho em geral busca esquecer e nesse caso, tomará seu vinho antes que sua temperatura se altere – sem notar esse detalhe. Há também os que erguem brindes solitários em homenagem a gratas lembranças. E para estes, menos as lembranças se encarregarão de temperar-lhes a contento o momento.

Questão de conceito – quanto tempo é preciso para desfrutar bem uma garrafa de vinho? Depende do vinho que estamos tomando e, naturalmente, de quantos estão bebendo – e ninguém me tira da cabeça que duas pessoas é o mínimo para um bom brinde.

Agora me conta: em boa companhia alguém vai se lembrar de um detalhe como o cooler ? Prefiro desfrutar o momento e o vinho – e de quebra gemer de prazer.

 

 

cooler de cerâmica com uma garrafa de vinho dentro, ao lado de duas taças também em cerâmica. uma está em pé com uvas dentro e a outra está caída.




Legados da emigração – nossa riqueza imaterial

Brasil. País rico e diverso. Rico em sua paisagem, terras, costa, dimensão – tudo é exuberante aqui. Principalmente nossa vocação para festas e acolher pessoas. Não é um talento gratuito, brota porque nascemos em terras abençoadas por Deus!

Estudei em uma escola para  filhos de funcionários de empresas multinacionais de todas as origens. Convivíamos, além dos brasileiros oriundos de famílias italianas e árabes – nossas colônias mais numerosas – com chineses, suecos, ingleses, espanhóis, indianos, japoneses…

Isso me deu uma percepção abrangente do comportamento. Hoje, ao ver a onda de valorização tanto da nossa casa quanto do “Receber em Casa”, me ocorre que, a primeira recepção da qual participamos é o nosso nascimento. Somos todos oriundos de uma família que carrega valores e, por sua vez  está inserida em uma comunidade maior,  muitas vezes com culturas diversas.

Recebemos, desde o nosso nascimento, legados de nossos antepassados. Heranças emocionais e materiais  transmitidas de pais para filhos nesta cadeia Inter geracional – que acaba encontrando seu lugar.

Vejam o exemplo da historia de Susie, minha amiga desde sempre – e uma das anfitriãs mais queridas aqui de Sampa. Ela tem origem com suas avós: Isa e  Fanny, mulheres refinadas que aqui chegaram fugindo do holocausto europeu.

Já aqui, Fanny se adaptou – e fez com que  a filha, chegada ainda na primeira infância, sentisse que pertencia sim a esse novo país, acolhida por uma comunidade que, por sua vez trazia de além mar outras tradições – criando um interessante mix de rituais no novo cotidiano.

Aliás, o que é pertencer? Talvez seja, em parte, a conquista de um sentimento de identidade com nossas origens, nossa ancestralidade e nossa cultura. Alice, a mãe de Susie, guardou e passou adiante não somente as tradições do bem receber, como, sobretudo, um pouco da nostalgia que sua mãe trouxe da velha Europa, lugar de tantas lembranças.

Receber Bem vai além de colocar uma linda mesa e preparar um farto jantar: estamos falando de acolhimento, do prazer de planejar encontros e  desenvolver  vínculos duradouros de prazeres compartilhados.

Esse gesto, vai além do luxo e do refinamento – passa pela afetividade e pela criação – posto que colocamos em cada encontro um pouco de “nossa história” mostrando o quanto os nossos legados se fazem presentes na riqueza do acolher.

Mesmo um café com broa reflete a forma como dedicamos tempo e espaço para que o encontro aconteça. Daí a  importância dos legados trazidos aqui pelos imigrantes.

Aprendemos com cada relato e/ou lembrança que existe um anfitrião guardado em cada um de nós – que aflora  no momento em que abrimos além da casa, a porta do coração, liberando espaço para que caminhe com  leveza entre  nossos melhores momentos.

 




Como fazer e servir um churrasco com classe

Um espeto com 3 peças de picanha, inclinado com a ponta apoiada na mesa, ao fundo a chama ardente da churrasqueira e sobre a mesa, tomates, cebolas pimentões e alho. decoram o ambiente

 

Se você é um veterano churrasqueiro, é provável que conheça as inúmeras armadilhas de se considerar o churrasco uma forma “descomplicada” de receber amigos.

Mas, se está inaugurando a churrasqueira, atente para algumas dicas para não transformar seu convite para um churrasco em uma lembrança acalorada e insatisfatória.

Timing – é importantíssimo. É frequente, ao chegar , começarmos, a saborear deliciosas linguiças servidas com pão fresquinho como aperitivo. Uma, duas, três porções. Mais pão, mais cerveja, mais caipirinha e uma rodada de linguiça…

grelha de churrasqueira repleto com todos os tipos de carnes, linguiça, picanha, maminha. frango são 3 andares de carnes.

E a carne !? Ok, a carne demora mais a ficar pronta. Por isso mesmo o churrasqueiro deve se prevenir, preparando-a rigorosamente na hora certa.

Bebida para acompanhar o churrasco – cerveja e caipirinha são campeãs, não nego. Porém, é preciso alternativas para rebater seus efeitos. Hidratar é preciso. E para isso , nada melhor do que água. Gelada e cristalina. E jarras de sucos – coloridos e azedinhos que vão neutralizar um pouco a gordura ingerida.

Por falar em bebidas: deixe copos descartáveis acessíveis para o caso de precisar. E sempre precisa.

Sobre uma bancada, vários potes em vidro com pedaços de limões cortados, morangos cortados e outro com maracujás e coqueteleira para fazer drinks e vários copos

Acompanhamentos- a farofa e o vingrete são clássicos e deliciosos. Mas a maionese de batata derrete e desanda tá? Otimize sua grelha e prepare cebolas inteiras., pimentões, abobrinhas, e outros legumes e verduras que ficam deliciosos assados.

A própria batata, assada em papel alumínio se presta melhor do que em maionese para esta ocasião

Serviço – alguém tem que ficar atento aos detalhes certo? E não pode, nem deve ser você , que afinal de contas já está organizando tudo em frente a brasa.

Se estiver sem ajuda profissional, designe alguém- seu filho mais velho, sobrinho, filha do vizinho – não importa quem for – para essas tarefas. Pague, negocie, barganhe, permute, mas ele/a tem que ser onipresente para:

  •  esvaziar os cinzeiros
  • providenciar mais copos ou pratos
  • cuidar do gelo
  • preparar as caipirinhas
  • trazer mais cadeiras se necessário
  • lavar copos e pratos se necessário

Enfim: ficar de olho em tudo o que está faltando.

A Carne – o ideal é que chegue tenra e saborosa no máximo uma hora depois de iniciados os aperitivos. Se passar muito tempo, as pessoas estarão de pileque e empanturradas com pão e linguiça, e nem vão apreciar a sua boa vontade e talento.

Sobremesa: precisa sim! – afinal, é ou não é pra fechar com chave de ouro? Então, nada de servir um sorvete na caixa .

Capriche nas frutas – para equilibrar o paladar – e um bolo mais sequinho pra saborear com um café bem forte. O bom e velho bolo de chocolate de tabuleiro – servido crocante e quentinho na própria forma…

 

uma xícara de cafezinho de ágata branca está em primeiro plano com um bule também em ágata branco vertendo café fumegante em um coador de pano individual por onde o café passa e cai na xícara. Ao fundo percebe-se um ambiente de cozinha rústico e acolhedor com paredes pintadas de laranja .

Café fresquinho pra encerrar no capricho