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Como servir Pizza com capricho

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É hora de corrigir esse erro, uma vez que é perfeitamente possível manter a simplicidade das receitas e ainda acrescentar um certo requinte a uma reunião, ainda que sirvamos apenas as nossas redondas preferidas.

Quer apostar? Para começar, comece por prestar atenção a quantos sabores e combinações acabam fazendo da pizza um dos alimentos mais completos e, por incrível que pareça, muitas vezes menos calórico do que parece.

Se der vontade, peça a sua variação preferida e não vá se afogar em culpa apenas porque, secretamente, deseja pedir a califórnia com pêssego em calda quente ou a de perú defumadao com catupiry.

Acredite: todo mundo vai querer experimentar a novidade. Em tempo: até quatro pessoas, calcule, meia pizza para cada um, a partir daí, uma para cada três pessoa já deveria bastar.

Capricho na apresentação – em vez de empilhar pratos e talheres a americana, deixe os lugares colocados na mesa. Dá um ar muito mais arrumado, a comida fica até mais saborosa.

E pode comer com a mão? Até pode mas é preciso saber: dobrando o pedaço em dois e, claro, evitando fazer isso com as de recheio muito cremoso ou picado que fatalmente desintegrarão antes de chegar a boca.

Deixe todo material a mão – principalmente cortadores e espátulas. É preciso realmente ter um para cada uma, para que, na hora todos possam se servir sem ter que esperar e, consequentemente deixar a massa esfriar.

Para não esfriar – evite deixá-las destampadas ou perto de janelas abertas . O ideal mesmo é colocá-las sobre placas térmicas que são esquentadas no micro ondas e mantém o calor por até duas horas. Se tiver esse tipo de ferramenta não tenha preguiça de usar pois faz a maior diferença!

E para beber? – esqueça essa estória de que pizza com guaraná é que é uma delícia. Até é. Com Coca Cola e água com gás também. Porém nada impede que você tome também um bom vinho tinto acompanhando a sua. Experimente e veja como a refeição adquire outra categoria.

E já que estamos falando em acompanhamentos, não precisa servir pizza com outros pratos. Embora, no verão, uma salada de folhas e tomate com um azeite e vinagre balsâmico tenha um efeito pra lá de refrescante e é um ótimo contraponto para tanta massa e eventuais misturas de temperos.

Precisa sobremesa? – se o dia é domingo e você está querendo simplificar esqueça sobremesa. Inclusive o sorvete que vai exigir taças especiais etc. Mas uma bandeja para servir um ótimo cafezinho precisa estar montada. E, de quebra, uma lata com biscoitos doces ou chocolates comprados na sua padaria preferida pela manhã. Afinal de contas, é fundamental adoçar a boca e o início da semana – concorda?




Talheres – para cima ou para baixo?

 

Esse detalhe de etiqueta depende de quem é o anfitrião. Os talheres da foto, além de estarem virados para baixo, possuem iniciais – e alguns, além das iniciais, trazem o brasão que ficam mais a vista colocados dessa forma.

 Lugares colocados com os talheres virados para baixo dão o que falar: ninguém entende bem qual é o modo certo.

CM Blog Mesa Dior

Aí vai: os talheres virados para baixo eram usados por famílias que descendentes de nobres ou pela nobreza atuante que, vamos combinar, está cada vez mais em minoria no mundo.

Usá-los virados para baixo sem que se tenha um detalhe como esse para exibir, pode ser uma atitude considerada no mínimo pernóstica. De modo que, atenção gente: para cima, tá?

Salvar

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Como aprender amar a si próprio

 

 Vidro de conservas transparente com algumas borboletas sai voando.

Chega de priorizar família: você é mais importante, sabe por quê? Porque em algum momento da vida, quando quiser sentir o toque de carinho, de proximidade de afeto desapegado que só os que amam de verdade podem doar, vai ser difícil encontrar algum filho/a, neto ou mesmo amante dedicado que te acuda.

Túnel do tempo – eu tinha 20 anos e meu namorado Elcio, mais maduro aos 36, explicou que, a cada dois sábados estaria por conta dos avós, que moravam em outra cidade pois, segundo ele, era importante passar um tempo lá, beijando, massageando as pernas da avó, “tocando” os velhos.

“Já reparou que ninguém toca com frequência as pessoas mais velhas? Elas sentem falta…”  Perplexa e chocada, entendi e jamais esqueci aquilo.

Alguns anos mais tarde, entrevistei Dercy Gonçalves na TV, no dia em que comemorou 86 anos e ela explicou que seu ritual matinal consistia em ficar cerca de 2 horas se auto massageando. E tascou:

“Se você não se tocar ninguém vai fazer isso do jeitinho que você gosta ou precisa! Então passo creme, depois óleos, escolho os aromas, esfrego nos pés, no peito, mãos… Eu me amo” completou ela.

Sábia Dercy. Viveria mais vinte anos e ainda desfilaria de seios a mostra com um invejável colo liso aos mais de 90 anos em carro alegórico.

pote cheio de azeite de oliva e uma garrafa despeja mais azeite, ao lado duas azeitonas verdes e do outro lado ramos de oliveira.

Por que estou falando isso? Porque nessa pandemia, vejo muitas pessoas – as privilegiadas claro – reclamando de angústias da pandemia e do isolamento e do quanto faz falta o “toque”.

Faz, claro. Mas, falando em pós pandemia e no momento da velhice que é inexorável e chega resolvi encarar o assunto hoje!

Passando mais tempo dentro de casa (e com muito mais tarefas) me obriguei a uma rotina rigorosa de pausas. Para tudo: café, regar as plantas, pensar e, claro, cuidar de mim mesma. E vai além do banho, tingir cabelos etc.

Pausa como Remédio – sim e de uma hora ou mais. E me regozijo por estar viva. Agradeço e me reenergizo.

Nesse momento, estou me amando. De uma maneira que apenas eu saberia fazer.  E olha que, sinto-me suficientemente amada na vida em geral. Mas, sem essa pausa, esses cuidados, estaria abandonada a uma permanente carência que, fatalmente, acabaria me fazendo mal.

Amadurecer (e envelhecer) dá trabalho. Se a gente não exercitar isso dia a dia, deteriora. Sim a palavra é essa – temos que encarar. De modo que, arrume tempo. Ame-se mais do que a filhos, marido, companheiros, amigos. Vale para homens e mulheres: pense nisso.




Um Futuro nem tão ambicioso

Acredito que, você como eu, queira um futuro pacífico, seguro e saudável – para você e claro, para toda família e amigos queridos. Para o País enfim, nossa Pátria amada de gente cordial, corajosa e guerreira.

Penso em um futuro ideal: onde os jovens da nova geração tenham chances iguais e acesso ao estudo para escolher entre empreender ou trabalhar em uma empresa de gente solidária, com horários e honorários decentes.

Onde a única escolha não seja “arriscar ou morrer” para levar comida para casa. Onde as pessoas nas quais votamos (e aquelas nas quais não votamos) tenham dignidade e noção suficiente para, diante de 90 mil mortes, não dizer algo como “está com medo de que? Tem que encarar!”

Um futuro onde nossos líderes não fossem gente que escolhe aliados desqualificados ou covardes que fogem de avião ao menor sinal de tempestade.

Um futuro onde, entre a economia e a saúde, salva-se ambas – com esforço e exemplos inspiradores e concretos – e não as afundar com polêmicas menores e declarações aberrantes que envergonham a Nação diante do mundo.  E de quebra, arriscam ainda mais nossas já frágeis parcerias comerciais.

Um futuro onde, todos encarassem os projetos sociais com um olhar de prioridade e de direito inerente – e não de caridade e esmola dada de má vontade.

Um futuro onde não se concederiam medalhas e honrarias a presos. Onde ficassem presos – e não soltos por serem amigos de gente poderosa.

Fact or Fake concept, change wooden cube

Um futuro onde não fossemos obrigados a diariamente ter que digerir ódio, fake news, pedidos de cínicas (e ineficazes) desculpas e ataques violentos a toda e qualquer tentativa de diálogo.

Um futuro onde as forças armadas voltassem a ser o braço forte em defesa da Nação e não ficassem divididas, expostas e a mercê de um grupo interno, fechado com não se sabe bem qual projeto de poder.

Um futuro sem tantas certezas raivosas, mas, com muitas dúvidas bem intencionadas. Com menos polarização e mais interação. Com menos pregação e mais compaixão. Com mais empatia, cidadania e – pensando no que nós brasileiros sempre refletimos e exportamos – um futuro com muito, muito mais simpatia!!

 

 




Dicas para desfrutar um bom vinho

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1- Harmonizar – é mais fácil que parece: basicamente você toma vinho tinto com carnes vermelhas e pratos condimentados e os brancos com carnes brancas e peixes. Mas não é tãaaaaaooo rigoroso assim. Até porque há os versáteis e leves rosés...

2- Perguntar não ofende – não se atrapalhe por pouco: peça ajuda ao maître – que está lá para tirar todas as dúvidas.

3- Experimente o gole de prova na taça sem medo. E se achar que “pegou na boca” diga isso antes de aceitar que sirvam os outros da mesa. Homem ou mulher, quem escolhe e pede é que prova o vinho.

4- Sem coreografia – não gire a taça de encontro a luz – isso é coisa de neófitos para mostrar que entendem de vinho. Já girar a taça sobre a mesa para que “solte o perfume “ é aceitável…

French actor Depardieu tastes his sparkling wine edition in Berlin

5– Sem comentários – não precisa comentar nada depois de provar. Nada de “bouquet amadeirado” “ou notas de orvalho da manhã”…

6- Se abrir outra garrafa peça para trocar a taça.

7- Vinho branco – valeWine-White-claudiamatarazzo a pena esperar um pouco mais para que gele bem. É melhor do que tomar fora da temperatura.

8 – Pecado – nem pense em colocar uma pedrinha de gelo para gelar melhor o vinho branco.

9- Dose certa – se estiver sozinho, sem dinheiro ou quiser beber pouco peça vinho em taça sem medo de ser feliz.

10- Brindes – pode brindar com alegria mas sem estardalhaço: não precisa bater as taças – basta ergue-las levemente. E sempre espere para dar o primeiro gole depois de feito o brinde.