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França x EUA: no quesito serviço a mesa, qual você prefere?

 

Antes vamos entender: serviço a francesa é aquele em que, uma vez acomodados ao redor da mesa, os convidados servem-se das travessas apresentadas por copeiras ou garçons conforme a ordem pré determinada dos pratos. A bebida é servida conforme pedem a outros profissionais que chegam em seguida a quem serve a comida.

No serviço americano, a comida estará toda disposta em um bufê ou sobre a mesa principal, pilhas de pratos e talheres idem, assim como os guardanapos.

Copos e taças ficam em outro aparador com a bebida.

mesa clássica de uma família inglesa - do seriado Downton Abbey - os homens usando casacas pretas e as mulheres usando vestidos longos. Ao centro dois candelabros de cinco velas acesas.

DOWNTON ABBEY S Photographer: NICK BRIGGS

Abaixo algumas das alegadas vantagens do Serviço Americano:

Economia no serviço – com apenas uma pessoa ajudando é possível atender a pelo menos 20 pessoas. Embora, dessa forma, a dona da casa tenha que se desdobrar orientando não apenas a pessoa contratada, mas também seus convidados quanto a onde está o gelo, onde estão guardados mais guardanapos, o saca-rolhas extra onde fica etc.

A informalidade ajuda – com tudo sobre mesa e aparadores, a dona da casa pode aproveitar a festa. Será mesmo? Como disse, ela precisará estar o tempo todo a disposição para orientar um e outro, ver se é preciso reposição dessa ou daquela travessa etc

Sempre cabe mais um – cada um se acomoda como dá e por isso mesmo é preciso disponibilizar pufes, cadeiras e banquinhos da cozinha e/ou varanda, abrir espaços em superfícies para apoiar pratos e copos.

As pequenas falhas não aparecem tanto – com a turma espalhada pela casa, ninguém presta muita atenção a decoração de mesa, apresentação da comida, etc.

Na real? Acho um horror. Para quem recebe, claro. Pois, para os convidados, como dizia minha avó, basta pendurar um bom presunto na porta que todo mundo se diverte e come bem…

Mas, para quem abre a casa, é apagar incêndios o tempo todo. Ora, passada a reunião, em vez de uma casa relativamente ajeitada no dia seguinte, o mais provável é que se encontrem resquícios da festa na varanda ou mesmo no escritório, depois de uma semana…

São taças largadas meio cheias, guardanapos que somem entre as almofadas do sofá, papeizinhos amassados pelos cantos… um pesadelo!

O trabalho é muuuuuuito maior depois…

Quanto a aproveitar a festa, no serviço a francesa, com todos reunidos ao mesmo tempo em volta da mesa, a conversa flui melhor, todos podem compartilhar ao mesmo tempo tanto do que se fala quanto do que se come – e existe um controle muito maior e melhor.

Definitivamente, no quesito qualidade e requinte de refeição – tanto nas receitas quanto no serviço, fico com os franceses.

Banquete Oficial com uma mesa retangular enorme com 50 pessoas de cada lado, a maioria homens de terno, e ao centro da mesa temos muitas pequenas velas acesas. e alguns candelabros maiores com velas acesas e com as bases floridas.




Como fazer para não invadir o espaço alheio

Se você tem intimidade com alguém não há problema em se aproximar – até porquê a pessoa pode se afastar, se quiser – e tem liberdade para isso. Mas, mesmo para amigos ou colegas mais íntimos, em situações normais, a distância recomendável é não mais perto do 60 centímetros. Experimente e verá que nem é tanto assim…

Já, em uma situação pessoal com colegas, conhecidos e gente com quem estamos mantendo uma conversa – seja ela formal ou informal, a distância de 1.20mts é reconhecida no mundo todo como confortável. Essas medidas foram pesquisadas em vários estudos internacionais, pelo cerimonialista Mario Ameni, assim como a ilustração para facilitar .

Finalmente, o espaço de 3 metros é aquela distância que, num mundo ideal, mantemos de pessoas que não conhecemos e nem precisamos e/ou desejamos manter qualquer tipo de contato. É claro que em grandes centros esse espaço, nas ruas movimentadas e em empresas, em locais mais apinhados nem sempre é mantido. Mas é o que se considera ideal sem que se invada o espaço “pessoal ” do outro. E também não vale para festas, baladas, etc. Mas repare como em restaurantes, quando há menos espaço do que isso, sentimos que estamos participando da refeição da mesa ao lado…

É importante lembrar disso justamente porque em uma era em que todos trabalhamos em espaços comuns e abertos, muitas vezes não fica fácil atentar para isso. E o resultado é a sensação de falta de privacidade e invasão do outro. Pense nisso. Afinal, para chegar perto, há sempre tempo e é mais simples do que desfazer uma sensação desagradável de imposição de presença. Ou não?




Festa de confraternização… sabe pra que serve ?

Sim, parece a mesma coisa mas não é… E se você é avesso a muitas festas repense.  A ideia das confraternizações que acontecem o ano todo vai  muito além da obrigação de ficar aqueles 15 minutos interagindo com os funcionários no Natal – como pensam alguns patrões e chefes da velha guarda. A Festa de fim de ano da empresa é organizada pela empresa e em geral acontece mesmo só por ocasião do Natal.

Já as reuniões de confraternização acontecem periodicamente e variam de lugar e horário – sendo quase sempre no horário de Happy Hour, mas não necessariamente. Pode se semanal, mensal e até bimensal, mas é importante e todos sabem que devem se esforçar para comparecer pois acaba  criando laços entre todos os membros para que eles formem um verdadeiro time.

Ora, a essa altura todos sabemos que o sucesso de toda empresa depende diretamente da integração de todas as equipes, e quanto mais seus profissionais se conhecerem,  melhor podem  colaborar uns com os outros para alcançar os objetivos propostos.

Muitos já perceberam que as confraternizações são tendência, e em ritmo acelerado. E que a razão por detrás disso não é só divertimento (por parte dos funcionários ou ser apreciado e se tornar popular no caso de ser chefe).

Uma festa no escritório é um botão de escape após um certo período de trabalho muito  focado (pode ser uma semana, um mês etc) e promover esse tipo de festa mostra aos seus funcionários o quão essencial eles são  e o quanto a empresa e chefia respeita o capital e potencial humano.

Ter um tempo descontraído com colegas e outros profissionais ligados a sua atividade e conectar-se a eles positivamente, torna o tempo passado no escritório mais agradável. E mais; naturalmente que um ambiente prazeroso e positivo pode trazer um desempenho superior.

Aposte sim na sua confraternização! E procure , sempre que der , separar um tempinho para falar sobre: gratidão, novas idéias, equipes…

E claro,  não esqueça de parabeniza-los – em particular  e para os outros – isso é essencial e muito mais importante  do que parece.




Como fazer um casamento acessível – e mais divertido para todos

Algumas medidas e adaptações são fundamentais e permitem que seus convidados aproveitem muito mais o evento! E acessibilidade não é um bicho de 7 cabeças, apenas é preciso mais atenção e foco em outro tipo de necessidade que vai  muito alem da decoração do docinho ou da cor da lembrancinha. Mas com boa vontade e mente aberta um casamento acessível a todos também fica muito mais interessante para todos!

Local – é essencial (e básico mas muita gente esquece) que o local da cerimônia e da festa, tenham alternativas como rampas e elevadores.… e esqueça  escada no altar se os noivos ou mesmo um dos padrinhos é cadeirante certo? A pessoa com necessidades especiais precisa ter um mínimo de independência e autonomia em seu período de permanência no local e ainda mais exposta a todos. O lugar precisa atender as suas necessidades e de seus convidados.

Acesso – recomendo a visita aos locais, simulando o caminho por onde o convidado irá passar e observe tudo com muita cautela. Em caso de dúvida, questione o cerimonial (contrate um, em festas assim é mais  importante!). Se puder e tiver intimidade  leve com você o convidado com deficiência ou consulte-o detalhadamente para prever as limitações e/ou providencias.

Banheiros – devem estar instalados de forma adequada, com acesso sem degraus, com barras de apoio e área de aproximação adequada.

Decoração – oriente o decorador sobre a presença do convidado em especial, para evitar transtornos, como obstrução de passagens, e eventuais  “armadilhas”. Não tenham vergonha! Questione, simule as situações que possam ocorrer, veja se os arranjos que o decorador pretende colocar estão num lugar adequado (melhor não ter nenhum no chão), se algum tapete será colocado em algum local inadequado, se os corredores terão a largura suficiente. Melhor ser taxado de chato pelos seus fornecedores do que passar por uma situação constrangedora no dia em questão.

Cerimonial – tudo o que acontecerá na festa precisa ser informado ao cerimonial, inclusive a presença de pessoas com deficiência. Nesse caso, o cerimonialista irá observar o acesso aos locais da festa e providenciará a reserva de um local mais confortável para acomodar o convidado como,  por exemplo, bancos da igreja em corredores mais amplos, mesas próximas dos corredores, pista de dança e banheiros… Além disso, o cerimonial poderá ajudar na tomada de decisões e na orientação dos fornecedores.

Pergunte mesmo – converse com o convidado, pois, com isso, podem ser obtidas orientações sobre o que é necessário e o que é dispensável. Afinal, pode acontecer de os donos da festa se preocuparem excessivamente com alguns detalhes menos importantes e, de repente se esquecerem de outros que comprometam de verdade a diversão e mobilidade de seus amigos.

É preciso ter atenção e alguns cuidados para que todos os convidados se sintam acolhidos e aproveitem o melhor da festa… Nos casamos com uma pessoa, mas comemoramos com muitas!




Claudia Matarazzo e Meseiras do Brasil –