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Champanhe, Espumante e Pro Secco

Champanhe é diferente de Pro Secco que é diferente de Espumante. Os dois primeiros são vinhos de diferentes regiões, fabricados de maneira diversa. Então não se compara.  E erra quem faz isso ou acredita que um é “inferior” ao outro…

Se você gosta de vinhos borbulhantes e é um amante de detalhes, veja aqui a diferença entre um e outro para entender melhor quando pedir e/ou comprar.

Onde são produzidos: para ser chamado de pro secco, o vinho dever ser produzido com 85% de uvas Glera, na região do Veneto e Friuli Veneza Giulia, na Italia.

Já o Champanhe, é produzido exclusivamente na região de Champagne, na França e tem a exclusividade do nome – é o único que pode ser chamado assim.

Método de fabricação – no caso do pro secco, depois de colhidas as uvas, elas são prensadas delicadamente, fermentadas (por cerca de 15 a 20 dias) e armazenado em cisternas com a temperatura controladas onde ficam em geral por até 3 meses até o envasamento em garrafas.

Já o champanhe, é produzido pelo método champenoise – ou clássico – onde a segunda fermentação ocorre já nas garrafas resultando em mais riqueza aromática por conta de um maior contato com as leveduras.

As uvas – diferem ligeiramente de um para outro vinho: para o pro secco são usadas em sua composição 85% da Glera podendo ter até 15% das:  Verdiso, Bianchetta Trevignana, Glera lungo, Pino Grigio, Pinot Noir, Chardonnay – separadamente ou em conjunto.

Para o Champagne são usadas a Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay.

Os espumantes – produzido com as uvas Chardonnay e Pinot Noir existem excelentes espumantes em vários países da Europa.

No Brasil, viraram uma febre – tanto pela qualidade com que conseguimos produzir aqui quanto pelo seu preço. Produzimos em maior escala no Sul do país e em Petrolina, cujo espumante Brut ganhou nada menos que 6 prêmios internacionais como o melhor do mundo…

Naturalmente existem categorias de preço e valor entre essas variedades de vinhos. No entanto, a título de curiosidade: o Pro Secco é o vinho mais vendido no mundo – o que diz muito de seu custo-benefício – enquanto que o Champagne é considerado o diamante dos vinhos, o que diz muito sobre sua qualidade.




Taças de Vinho: Evolução e História

As taças de vinho, como conhecemos hoje, passaram por séculos de evolução e refletem muito da história das civilizações que apreciavam essa bebida.

Na antiguidade, civilizações como os egípcios, gregos e romanos já usavam recipientes próprios para beber vinho. Na Grécia, por exemplo, eles usavam o “kylix”, uma taça mais rasa com alças laterais, muito usada em encontros sociais. Já os romanos, sempre preocupados com o status, adoravam usar taças feitas de vidro ou metal para mostrar sofisticação.

Durante a Idade Média, o design das taças era bem variado. As pessoas usavam desde cálices de metal até copos de madeira. Mas foi nesse período que os primeiros copos de vidro começaram a se popularizar, especialmente em Veneza, onde a arte de produzir vidro era uma tradição forte e respeitada.

Foi apenas séculos XV e XVI, em pleno Renascimento,  que as taças começaram a tomar uma forma mais parecida com a que conhecemos hoje. Veneza, com sua habilidade incrível na fabricação de vidro, ajudou a popularizar as taças entre as classes mais altas. Já no século XVII, a produção de vidro se espalhou por países como Inglaterra e França, e o design das taças foi ficando cada vez mais refinado, com a base, o corpo alongado e uma borda fina.

Nos séculos XVIII e XIX, elas continuaram a evoluir, ganhando novos formatos até mesmo diferenciando tipos de taças para cada tipo de vinho. Havia uma atenção maior aos detalhes dos sabores e aromas que cada formato de taça podia destacar.

No século XX, empresas como a Riedel, da Áustria, inovaram ao criar taças com formatos específicos para diferentes vinhos, criando a impressionante variedade de mais de 50 formatos, consolidando a ideia de que isso realmente influencia na degustação e paladar.

A taça de vinho que usamos hoje é o resultado de uma longa jornada histórica. Desde as versões mais simples da antiguidade até os sofisticados designs de cristal dos dias atuais, a taça de vinho vai além de simples recipiente – é um símbolo de cultura, bom gosto e apreciação da bebida.




Tavernas e estalagens: as ancestrais dos restaurante

Antes de se popularizarem como os conhecemos hoje, os restaurantes não eram lugares para comer fora e sim, estabelecimentos onde os viajantes poderiam dar água e alimento aos cavalos e, eventualmente passar a noite antes de seguir viagem. Eram as estalagens, rústicas e cm um canto reservado para as refeições – quase sempre comunitárias.

Esses estabelecimentos eram muito diferentes dos restaurantes modernos e certamente menos confortáveis, mas ainda assim, um ponto de encontro importante onde muitas informações podiam ser trocadas.

As mesas eram grandes e comunitárias, muitas vezes feitas de madeira robusta. O ambiente era simples e a iluminação vinha de velas ou lâmpadas a óleo, criava uma atmosfera meio intimista, mas bem longe do conforto que temos hoje. As tavernas eram conhecidas por serem lugares barulhentos, cheios de conversas animadas e, claro, com muita bebida rolando.

O cardápio tinha poucas opções: os pratos eram simples como ensopados, pães, carnes assadas e vegetais da estação. Nas tavernas, o foco não era exatamente a comida — as bebidas, principalmente a cerveja e o vinho, eram a estrela do show.

Já nas estalagens, que também ofereciam hospedagem, o cardápio podia ser um pouco mais variado, mas a comida ainda era rústica, feita com os ingredientes que estavam à mão, principalmente nas regiões rurais. E tanto tavernas quanto estalagens tinham uma clientela bem variada.

Viajantes e comerciantes: eram o destino preferido de quem estava viajando, seja para descansar ou se alimentar. Comerciantes, mensageiros e peregrinos faziam parte do público regular.

Habitantes locais e trabalhadores: tavernas eram super populares entre a população local e os trabalhadores. Era o lugar onde as pessoas se reuniam para uma refeição rápida e uma bebida, sem grandes cerimônias. A versão antiga dos pubs ingleses ou dos botequins por aqui…

Nobreza em viagem: Embora mais raramente, até os nobres frequentavam as estalagens (escolhiam as de maior prestígio) quando estavam na estrada. Nelas, podiam esperar um pouco mais de conforto e refeições mais refinadas.

As tavernas e estalagens reinaram por séculos, com registros desses estabelecimentos que remontam à Grécia e Roma antigas. Na Europa medieval, eles continuaram a ser os principais pontos de alimentação fora de casa até o século XVIII. Foi só com o surgimento dos primeiros restaurantes, especialmente em cidades como Paris, que o conceito de comer fora começou a ficar mais sofisticado, e as tavernas acabaram perdendo seu papel central.




Serviço Empratado ou À La Russe

Em 1810, o Principe Aleksandr Kurakin, embaixador russo na França, introduziu no país o serviço à la russe (serviço empratado), o que revolucionou a maneira como os alimentos eram servidos durante os banquetes e jantares formais.

Neste serviço, os pratos são preparados na cozinha e servidos individualmente a cada convidado, já montados. E em sequência:

  • Aperitivos;
  • Sopas;
  • Pratos principais;
  • Sobremesas

E como é um prato seguido do outro, sendo que prato quente é servido quente e prato frio segue a mesma lógica, isso permite muito mais controle sobre a temperatura e apresentação dos alimentos.

No início do século XX, grandes chefs franceses adotaram o serviço empratado e Auguste Escoffier foi um dos que ajudou a padronizar e a popularizar esse método em restaurantes de luxo em Paris e Londres.

O serviço comida empretada permitiu uma maior atenção à apresentação e à estética dos pratos, que se tornou um elemento central na alta gastronomia. A prática de servir os alimentos já empratados permitiu aos chefs mais controle sobre a composição visual e a experiência geral do jantar.

Com o tempo, o serviço à la russe tornou-se o padrão em todo o mundo ocidental, especialmente em restaurantes e eventos formais, onde a apresentação dos pratos e a experiência do cliente são fundamentais. E permanece até hoje.




Receber com ritmo – o truque dos bons anfitriões

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Antes de mais nada, é preciso estar pronto para receber as pessoas – e não dar um ar de que foi pego no meio da confusão.

Por exemplo: os aperitivos tem que estar prontos para ser servidos rigorosamente 10 minutos depois do primeiro convidado chegar. Ou seja: é bom estar pronto assim que ele tocar a campainha – pois depois disso você vai ter que dar atenção a ele.

Vale servir desde cumbucas prontas com mix de nozes até canapés mais elaborados, mas é preciso ter algo a oferecer…

O jantar (no caso de jantar) não pode atrasar – se você convidou para as 9 da noite, as 10 horas tem que servir. No máximo! A ideia é que a noite se prolongue também depois do jantar e não que fiquem todos famintos até as 11 e meia e saiam correndo assim que for servido…

Cafézinho – acredite: ser você servir logo depois da sobremesa, todos despertam e ficam muito mais animados. Afinal, ele não deve marcar o final da refeição, mas o início dos melhores momentos da reunião.