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Porque servir e valorizar a Caipirinha

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Notando meu espanto ela emendou: “Não sabia que tinha caipirinha, senão teria pedido uma. Agora já estou tomando vinho, mas detesto tomar vinho assim, em pé…”

A frase ficou na minha cabeça, pois nunca havia parado para pensar… Mas a verdade é que o vinho é uma bebida para ser servida com calma, conforto e em boa companhia. Jamais precariamente, em pé.

Nada contra os vinhos servidos em coquetéis e casamentos, mas esses são espumantes para brindar e degustar rapidamente. Já a caipirinha…

E no Brasil, as noites, durante seis meses do ano, são quentes e aceitam muitíssimo bem a refrescante caipirinha – que é um sucesso sempre: entre gringos e locais.

Sem falar que é muito versátil: pode ser feita com uma infinidade das nossas muitas e ricas frutas. As misturas são as mais variadas e seu colorido – seja em copos longos ou curtos – com muito gelo sempre enfeitam o bar e a bandeja.

É fato: um bar de caipirinhas pode ser um sucesso em sua festa, pois permite mais interação entre os convidados. Ainda mais se você tiver alguns rótulos de boas cachaças.

Se estiver dando uma festa ou reunião maior pense nisso: você até pode ter também um pouco de vinho passando, mas como servirá menos vinho, poderá investir mais e caprichar no rótulo…

Para montar o Bar em casa – é mais fácil do que parece: os copos podem ser altos ou baixos, e você deve ter pelo menos três conjuntos do kit básico: pilão e amassador, tábua para cortar, misturador e os ingredientes da bebida.

Sem falar no charme especial de se oferecer para fazer pessoalmente e ao gosto do seu convidado …

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Salada de Arroz Thai

Além de servir como prato único, ela também atende aos vegetarianos e fica melhor ainda quando saboreamos no dia seguinte, ou seja: podemos fazer de véspera e deixar pronto para o fim de semana ou qualquer reunião.

Ingredientes:

1 xícara de arroz branco ou 7 grãos;

Meia xícara de chá de alho poró fatiafo bem fino;

1 xícara de cenoura ralada fina;

Meia cebola roxa picada;

Uva passa a gosto (ou doce de cajú picado pequeno a gosto);

Pimenta do reino e sal a gusto;

Azeite;

Creme de limão cravo ou reduçao de vinagre balsâmico a gosto;

Opcional – salsinha picada e 1 tomate picado para dar mais cor e sabor.

Modo de fazer:

Cozinhe o arroz e deixe esfriar.

Misture todos os ingredientes – e o azeite por último, leve a geladeira e saboreie gelado ou na temperatura ambiente.




Restaurantes: não pague mico e descomplique

Diagrama de linguagem de sinais para restaurantes em desenho de vários pratos brancos sobre fundo marrom com os talheres colocados em várias posições: cruzados com as pontas se tocando em V cruzados formando um T, paralelos na horizontal, paralelos na vertical com cabos voltados para o cliente e cruzados com as pontas quase se tocando.

Pra que tanta!? Xô regrinhas inúteis!

Antes de mais nada, ela complica em vez de simplificar. Depois, porque em todas as buscas que fizemos – Mário, meu sócio, que não deixa passar nada – em sites internacionais de comportamento e etiqueta e mesa, não há nada nem remotamente parecido.

Vamos combinar, pode até ser criativo, mas na prática é uma grande bobagem…

Você acha que algum garçom, em meio ao serviço vai perceber a sutil diferença entre um talher apoiado no prato de “pausa” e outro cruzado quase igual – mas que significa “não gostei do serviço?”

Ora, nesse diagrama, só vale a do “estou satisfeito” – e por motivo prático: o garçom retira os pratos por trás da cadeira e, com os talher paralelos, com cabo voltado para o cliente é mais fácil para ele firmar a mão e não derrubar os mesmos.

Acredite: de nada adianta tanta regrinha! Se o serviço é ruim não será melhorado em curso, durante a refeição.

Ao cliente, cabe reclamar com a gerencia e não iniciar um bate boca por sinais de talheres.

O segundo prato só chegará quando estiver pronto – de nada adianta sinalizar que está esperando.

Se achar excelente, basta dizer isso ao vivo quando receber a conta – e gratificar o funcionário à altura.

Portanto, esqueçam essa tabelinha pseudo esperta, Lembre que, salvo impedimento de fala ou audição, nada substitui o olho no olho e uma troca de palavras gentis para se comunicar.

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Chá a Brasileira

Com isso a comunidade de meseiras passou a montar também mesas de chá e, claro, como não podia deixar de ser, adaptaram algumas coisas do seu ritual. Dou a maior força em ajustes – afinal não somos ingleses e podemos muito bem “abrasileirar” o serviço de Chá.

Mas adaptar o serviço e alguns ingredientes é uma coisa – já o comportamento e o ritual a mesa devem ser respeitados.

Xicara – elas devem ser delicadas e não canecas imensas. E idealmente enchemos apenas três quartos dela para facilitar o manuseio uma vez que é sorvida quente.

Ao beber, o olhar deve estar focado para baixo, na bebida e não sobre a borda da xícara, em outra pessoa. Finalmente, parece óbvio, mas muita gente toma chá com a colher dentro da xícara. Isso é coisa de quem usa caneca e não tem pires para apoiar a colher. Em um serviço de chá minimamente correto, isso não rola.

Sem dedinho – há quem, até hoje use o dedinho esticado ao tomar café ou chá. Ao contrário do que se imagina, não é elegante.

Prato Cheio – sabemos que prato cheio demais é feio. Como nós usamos pratinhos de sobremesa e com vários elementos para saborear, acontece de encher demais, pois o prato é menor. Use apenas dois terços do prato e repita quantas vezes quiser.

A Brasileira – vamos pensar em um Chá das cinco, que na Inglaterra começa as 16h. Digo isso porque é muita pretensão querer reproduzir no Brasil, país tropical e muito jovem em tradições, um ritual igual ao inglês – além de não ter sentido seria como falsear a identidade…

De modo que, mantemos a bebida (e seus vários sabores) e a ordem de entrada dos petiscos – mini sanduiches, bolinhos e broas com creme e geleias e os docinhos no final. Mas é possível agregar itens de nossa paixão nacional.

Não tem a receita dos scones e creme azedo? Que tal um pão de queijo com nosso requeijão? E um Biju de tapioca com geleia? E com quais chás combinar o nosso Bolo de rolo?

Podemos, em estados muito quentes ou mesmo agora, com esse calor que está fazendo, servir Chá gelado em copos altos com os mesmos acompanhamentos em uma bonita mesa.

O ritual permanece, mas não há nada demais em agregar com nossas receitas locais – melhor do que errar as originais, pagar mico e ainda parecer que estamos forçando uma barra não acham?




Como fazer o pedido sem levar susto com o prato


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Hoje já existe até aplicativos para ajudar na questão da pronúncia. Beleza! Mas, é bom também saber como e com que degustar essas iguarias. Afinal, cada prato tem uma origem diferente e um jeito muito próprio de se saborear. Até mesmo Jamie Oliver, o chef que simplifica, concordaria que, além de apreciar um bom prato, saber o que estamos pedindo é fundamental.

Aqui vão alguns dos exemplos mais comuns de pratos internacionais – com dicas de como pedir e saborear. Bom Apetite!

Bruschetta_2_claudiamatarazzoBruschetta (brusque ta) – pão italiano em fatias torrado, com azeite de oliva, alho, orégano, tomate e em alguns casos, queijo. No Brasil, as bruschettas vem altas e com presunto, beringela, pesto… Verdadeiros sanduíches abertos que podem ser uma armadilha – uma vez que a tendência é comer com a mão.

Não faça isso: garfo e faca ajudam. Além de mais elegante, sua bruschetta renderá muito mais do que se quebrar e soltar os ingredientes na hora em que você morder.

2 Xícaras de café, saindo fumaça ao lado de um croissant, espécie pão folhado e enrolado, servido rechedado ou não.Croissant (croassã) – pãozinho de massa folhada, especialidade francesa e deliciosamente calórica: a base de muita manteiga, é super macio e combina tanto com recheios doces quanto salgados. E também é uma delicia puro.

vagem japonesa, chamada edamame, muito usado em aperitivos.Edamame (eda mame) – grãos de soja servidos dentro da própria vagem. Em geral vem como aperitivo em restaurantes japoneses e é preciso saber “chupar” a vagem dando uma ligeira mordida para liberar os grãos. A vagem não deve ser comida, pois é fibrosa. Deixa-se as já mordidas em um pratinho separado para isso.

Babaghanoush_claudiamatarazzoBabaghanouche (babarranúsh) – prato da culinária árabe que consiste em uma pasta de beringela com molho a base de óleo de gergelim. Muito saborosa, pode ser saboreada como entrada, com pães e torradas ou acompanhando folhas e quibe.

KRT FOOD STORY SLUGGED: DINNERTONIGHT KRT PHOTOGRAPH BY BOB FILA/CHICAGO TRIBUNE (May 17) A little bit of time invested on chopping vegetables yields dividends as these shrimp fajitas cook and assemble very quickly. (nk) 2004

KRT FOOD STORY SLUGGED: DINNERTONIGHT KRT PHOTOGRAPH BY BOB FILA/CHICAGO TRIBUNE (May 17)

Fajitas (farritas) – original da culinária mexicana, é uma tortilha de farinha recheada de carne, frango ou camarão, também acompanha alguns vegetais e temperos típicos. Come-se com as mãos, mas não se acanhe de usar garfo e faca, pois para comer com as mãos devemos comer assim que chegam – senão o recheio acaba amolecendo a massa – complicando a vida de quem quer parecer minimamente elegante.

Gnhocci-italiana_claudiamatarazzoGnocchi (nhóque) – massa feita de batata e farinha de trigo, na maioria das vezes acompanhada com molho bolonhesa. Mas há variações de molhos: ao sugo, ao molho branco, na manteiga… É uma ótima pedida para quem não sabe enrolar o espaguete e quer sossego saboreando um bom prato de massa.

Tournedos_claudiamatarazzoTournedos (turnedôs) – carne bovina bem alta e redonda. É um crime pedir bem passada. Se gostar assim, peça outro tipo de carne, como o Paillard.

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Paillard (paiár) – carne bovina trabalhada de modo a ficar bem fininha e baixa quase acompanhando o desenho do prato. Nesse caso, está a milanesa e não tão fina quanto geralmente vem. Pode ser pedida ao ponto, pois vem sempre bem passada por ser fina.

paella_valenciana_claudiamatarazzoPaella (paeja) – espécie de risoto de origem espanhola que mistura ao arroz vários frutos do mar e, em alguns casos também, frango. Deve ser compartilhada e é um prato único e consistente.

Ratatouille (ratatuii) – seleção de legumes picados com polpa e caldo de tomate. Pode vir com mais caldo – como uma sopa de inverno ou bem apurado como acompanhamento de carne. É ótimo para quem não quer engordar e gosta de variar sabores.