Lá fui eu com os dois pequenos para o Royal Palm Plaza em Campinas.

Posso falar? Foi o máximo!! O hotel é maravilhoso e os funcionários super prestativos.

Recreação – Valentina com 8 anos e Antonio, com 6, adoram ficar com os monitores. E a diversão começava as 8h00 e ia até as 22h00. Até as refeições eles queriam fazer com os “tios”.

Eu, que de boba não tenho nada, aproveitei para descansar muito, ler bastante e curtir o hotel com toda calma do mundo.

Miniville –  espaço super bacana para as crianças, com parquinho e várias atividades.

O hotel tem um aplicativo para o celular com todas as atividades e lá ia a mamãe aqui conseguir um tchauzinho e um beijinho no meio das brincadeiras deles. Porque se dependesse dos pequenos, só os veria a noite.

Muito bom viajar só com os filhos. E valeu a pena! No começo fiquei meio insegura, já que meu marido não ia, mas foi super tranquilo. No fim, até gostei de almoçar e jantar sozinha e não ter que pedir para ninguém tirar o cotovelo da mesa ou comer de boca fechada. Afinal, mãe também é gente e pode –e deve ter férias das crianças.

Banheiro – dá para ir ao banheiro sem plateia. Quando eles crescem, não tem mais tanta graça ficar te olhando fazer suas necessidades.

Sono, seu lindo! – e não é que existe noite ininterrupta? Daquelas de acordar com o corpo relaxado e a cara amassada…E ainda corre o risco de acordar antes deles.

Banho – já para o banho! E eles vão!! Tá certo que de vez em quando tem que checar porque muitas vezes o banho é sem sabonete. Mas né? Já é alguma coisa.

Cortar comida – chega a pizza quientinha e até cortar os pedacinhos para os filhotes, o seu já esfriou. O problema agora é que eles podem ter vontades bem específicas tipo pizza de frango com milho e anchovas. Mas o que é abrir mão da sua mussarela de búfala com tomate cereja se você vai poder comer quente?

Manhãs de domingo – acho que essa foi minha maior alegria depois que eles cresceram – os dois acordam, preparam o café e vão brincar ou assistir tv. E eu durmo sem culpa.

Festinhas – e agora que você não é mais convidada para as festinhas (afinal, “é só para  as amigas, mããããe”)? Comemore!!!! O máximo que dá para fazer é entrar para o parabéns quando for buscar. Conclusão: quatro horas de dolce far niente.

Jogar dominó de igual para igual – nada de colher de chá porque eles são pequenos. Jogue com raça! (provavelmente, você vai perder mesmo.)

Piscina – tão bom quando eles já sabem nadar. Porque eu era daquelas que não conseguia dormir a noite imaginado que eles pudessem sair do berço, descer as escadas , abrir o portão de proteção e cair em uma piscina. O alívio é enorme.

Roupas duram mais tempo – sensacional! Chega uma fase em que eles não perdem tanto. Tá certo que se antes perdiam pelo tamanho, agora vão perder porque as roupas ficam um trapo. Mas aí vem a outra coisa deliciosa dos maiores: eles querem usar SÓ uma roupa. Ou seja, nem adianta gastar dinheiro comprando várias coisas lindinhas porque eles só vão usar o que querem.

Viajar com menos tralha – carrinho, banheirinha, mamadeiras, fraldas, baba eletrônica, esterilizador, berço portátil, etc, etc, etc. Agora é uma malinha para cada um e pronto! Se isso não for liberdade, não sei o que é.

Em Colodi, terra natal do criador do personagem  Pinocchio,  quem pensou e projetou esse parque, teve respeito pela inteligência e senso estético das crianças – como se fossem todas estudantes de artes plásticas e arquitetura. E o resultado é um parque recheado belezas surpreendentes sem perder a aventura e o estímulo a imaginação – que encanta  e faz bem a todos.

Logo na entrada, os jardins que no acolhem dão uma idéia do que nos espera. E apesar da aparência majestosa, uma grande farra para os olhos, o paladar e o espírito nos aguarda!

Esculturas estrategicamente colocadas de personagens da história de Pinocchio nos recebem e nos lembram que estamos ali para os divertir. E nada de fibra de vidro ou plástico ; tudo ali é feito com materiais nobres e para durar …

A boca da famosa baleia (na foto abaixo)  é um dos pontos altos! Impossível resistir e entrei várias vezes, percorrendo o caminho entre os entes com minha filha que custou a se convencer que podia entrar ali.

Reparem no entanto na beleza do mosaico da sua superfície e na “crista”delicadamente esculpida com pedras e musgos…

A Beleza do parque de Colodi é a sutileza que te surpreende em tudo. Essa casinha que você vê abaixo é para obrigatória  e faz filas e filas! É a casa da Fadinha azul. Nada  de entrar. As crianças espiam por essa mini janelinha e  ficam longos minutos pregadas ali pois, estrategicamente colocado lá dentro está um jogo de espelho completamente mágico que faz mil efeitos de luzes e movimento como um caleidoscópio gigante onde no centro está a figura onírica e delicada da Fadinha…

Gostou da idéia? E só melhora. Parque tem restaurantes de lanchonetes com tudo de bom que a comida italiana nos oferece: nada de fast food – apenas very good food. E os banheiros!

Ah os banheiros são moderníssimos – um verdadeiro contraste  com os jardins renascentistas e as esculturas atemporais – e nos oferecem ( e também às crianças) muito conforto para troca de fraldas etc.

Colodi fica perto de Pisa – a cidade da famosa torre torta, mas na verdade, na Itália , tudo é perto não é mesmo? E, acredite: você e seus filhos  não vão esquecer essa experiência!!

Dá para piorar ? Dá ….

Em casa – Abri a porta de casa para o zelador e conversei seriamente sobre o vazamento do banheiro. Só depois percebi que estava usando uma tiara com antenas pisca – pisca para distrair meus filhos enquanto almoçavam

No carro– Levei as crianças para a escola ouvindo a Galinha Pintadinha e, logicamente, cantando junto – a plenos pulmões. Assim que eles desembarcaram do carro, continuei a cantoria, de vidros abertos, até perceber a cara de assustada da senhora no carro ao lado.

No dentista – Estava com um dos meus filhos, não vou dizer qual, (imagina eles lendo isso daqui uns anos) no dentista. Eu lá de boca aberta quando a criança soltou um sonoro pum e com a maior cara de pau falou “foi você né mãe?” E eu lá com um motorzinho na boca sem poder me defender.

No elevador – Entramos no elevador e tinha uma mulher muito feia. Minha filha, mais do que depressa agarrou a minha perna e perguntou se a coitada era assim mesmo ou estava de máscara.

Na festa – Imagine a cena: festa infantil, mães e pais reunidos conversando felizes no meio do salão. Aí aparece um maloqueiro – meu filho – e achando que meu lindo vestido parecia um cabana, entra embaixo, levantando bastante para facilitar o acesso. Preciso dizer que metade da festa viu minha calcinha?

E você, já passou por micos assim? Adoraria saber sua estória, assim vou me sentir um pouquinho melhor!

Ora,o tal peso ideal – com todas os seus números, medidas e correspondências em massa muscular, corpórea etc – é simplesmente impossível de alcançar.

Não passa de uma invenção da indústria da beleza para que as pessoas , consumam, gastem, iludam-se, mas, principalmente, continuem a persegui-lo gastando e consumindo cada vez mais.

Há quem pense que anorexia é doença de rico. Na verdade ela acontece muito mais hoje em decorrência dos costumes do que de classe social. Por imposição de um padrão de beleza irreal e perigoso ditado pela mídia – poderosíssima.

Meninas de seis anos dizendo que vão comer só salada porque estão gordas? E as mães que  não podem ver sua filha saboreando um chocolate e vão logo dizendo que vão engordar?

Recentemente as autoridades na França resolveram que as modelos terão que ter um peso mínimo que atenda a um padrão de saúde mais seguro. Os organizadores de desfiles terão que pesar as moças e pagar multas pesadas caso o peso delas não alcance esse padrão.

Não sem tempo! Hoje há uma completa e assustadora distorção de valores! É preciso refletir seriamente e tomar providências drásticas e rápidas no sentido de reverter esse processo. E isso, apenas as mães e pais de toda essa geração de meninas pode fazer. Daí a enorme responsabilidade.

Nem tudo pela foto – que garotas sem preparo ou em idade super vulneráveis caiam nesse tipo de armadilha conceitual é até compreensível – embora trágico. Mas que pais e mães dêem força e atropelem a infância das meninas para que, aos doze anos comecem a passar fome para manter a forma, é criminoso.

Hoje temos muito mais informação sobre alimentação saudável, aprendemos a ler os rótulos das embalagens, mas, temos que usar isso  – e ensinar as meninas a usar – em busca de saúde e não do corpo perfeito.

Além do fato de que boa forma nenhuma paga o sofrimento atroz de ver um filho minguar aos poucos até morrer, não por falta de víveres, mas de informação e consciência – deles e de quem os criou.