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Tecnologia x Crianças: não entregue essa luta

E falo isso por experiência própria, observo meus afilhados e filhos de amigos. É assustador…

Academia Americana de Pediatria, em 2014, recomendou limites para o uso de tecnologias de qualquer tipo. Até os 5 anos, as crianças só deveriam ficar no máximo 1 hora diante das telas, 2 horas para crianças de 6 a 12 anos e para 3 horas a partir dos 13 anos. Acho justo… crianças dessas idades precisam brincar na rua (quintal, playground dos condomínios…) e aprender a se socializar.

 

Vejo muitos pais que não se preocupam com isso, deixando as crianças livres para usar os equipamentos da forma como quiserem.

Conversar e fazer brincadeiras em que eles participem é uma das formas para que não se tornem dependentes dessas tecnologias todas. Sei que estaremos cansados, estressados, mas eles não têm a ver com isso, então vamos nos ater a isso, ok?

Os Perigos –  diagnósticos de TDAH, autismo, distúrbios de coordenação, atrasos no desenvolvimento e fala, dificuldades de aprendizagem, transtorno do processamento sensorial, ansiedade, depressão, sobrepeso, tendinite e distúrbios do sono estão cada vez mais, associados ao uso excessivo da tecnologia. Os pequenos também estão deixando de desenvolver a empatia, instrumento fundamental para a construção de amizades e confiança.

As crianças repetem os que os adultos fazem – isso é um fato… então – e eu sei o quanto é difícil – vamos pelo menos tentar não ficar grudados na tela do celular quando estamos perto deles.

Não nego a tecnologia – amo o que ela pode nos proporcionar (conhecimento, comunicação, entre tantos outros pontos positivos) mas, como adultos,  ainda conseguimos discernir o que  é certo e errado o que faz mal as crianças e o que pode desenvolver suas potencialidades…. Nossos pequenos não conhecem os perigos da internet, principalmente, que existem pessoas más, com intenções malévolas e que pode sim, fazer mal a eles.

Então, vamos incorporar uma atitude mais alerta, menos exausta e passiva e tomar mais cuidado, está bem?




Para poucos – quando qualidade independe de riqueza

Sala espaçosa aberta para a área da cozinha. As paredes são pintadas de bege claro com efeito de iluminar o ambiente e contrastam com o piso e a bancada da cozinha que são em madeira escura. As cadeiras da mesa da sala de jantar a esquerda da foto e as banquetas da bancada a da cozinha a direita são estofadas em tecidos crú aumentando a sensação de simplicidade e aconchego. Em uma das paredes ao fundo quatro quadros colocados geometricamente em um quadrado dão um toque moderno. Ao fundo do ambiente percebe-se um corrimão branco em sintonia com os armários brancos em madeira da cozinha que revestem o ambiente de serviço . No teto, luzes embutidas clareiam ainda mais o espaço.

Sempre respiro aliviada quando percebo que, em um mundo onde imperam palavras como “globalização” e “massificação” ainda há gente que gosta de pensar e se manifestar de maneira individual e singular.

Quando se pensa  em “para poucos” não necessariamente estamos falando em dinheiro ou na qualidade do que é caro, mas sim, na graça e na delícia de que possa desfrutar de algo mais íntimo.

Ok,  mas antes de mais nada é preciso entender na prática  as palavras  – exclusividade e privacidade – cada vez mais difíceis de ser percebidas como conceito. Como produto de consumo, talvez. Mas não como atitude ou conceitos a manter vivos.

Para facilitar, veja alguns exemplos onde o “para poucos” é sempre melhor vivido do que para muitos:

 Supermercados – já reparou que não há mais supermercado normal? Só hipermercados. São imensos, cansativos e nem sempre mais baratos do que um mercado de bairro.

grupo de pessoas estão numa fila de supermercado aguardando para realizarem o pagamento de suas compras, todos estão segurando uma cesta com diversos produtos

Nas raras vezes  em que vou a um desses, constato que nem sempre as coisas feitas para mais de mil pessoas funcionam tão lindamente para o que foram planejadas e ainda atender bem aos clientes.

Tanto é verdade que agora as grandes redes estão abrindo centenas de lojas menorzinhas com a marca “express”…

Boates e baladas – Ricardo Amaral é que sabia das coisas. Suas casas como Hippopotamus e Papagaio’s, em São Paulo, ou outras que abriu pelo Brasil eram todas na medida certa. Dava para ir da mesa até o banheiro em menos de cinco minutos. Da pista, era possível sinalizar para o DJ que, por sua vez, “sentia” muito mais o queria a galera, pois o espaço era mais mais reduzido. Hoje as baladas são enoooooormes,  com fila no banheiro, glamour zero e falar com o DJ, nem pensar…

Bufês Infantis – cada vez maiores, mais barulhentos e feitos para acomodar de bebês a adolescentes e até coquetéis para adultos. São lugares insuportáveis, de onde tanto crianças quanto adultos saem zonzos. É como se os pais preferissem acostumar os filhos desde cedo as hordas.

Os hotéis – não há mais hotéis, só resorts. Raros são os que realmente prestam um serviço de lazer e entretenimento sem massacrar o hóspede com bufês de comida medíocre, longuíssimas distâncias entre seu “bangalô” e o corpo principal do hotel ou mesmo da praia. Desconfio demais dos resorts. Mas adoro hotéis.

Detalhe da piscina do Hotel Lara, Aquiraz, Ceará, onde temos duas cadeiras de descanso, em madeira, ao fundo um lindo jardim com palmáceas.

Hotel LARA. Prainha Aquiraz Ceara. Brasil 03/2015 © david atlan

Restaurantes – é fato:  pequenos restaurante onde os donos atendem os clientes quase sempre são deliciosos e a comida divina. Por mais que falem tanto das grandes churrascarias brasileiras (e algumas são realmente ótimas) o espaço é totalmente impessoal e é muito difícil de conversar com os amigos, pois são super barulhentas.

Festas em bares – pensando como dona de casa, a única coisa que justifica fazer uma festa em um bar é poder convidar mais gente e não sujar a casa. Mas uma festa em casa, para poucos é muito mais divertida –  confira e me conte!

Pois é: “para poucos” é um estilo de vida para alguns privilegiados. Não necessariamente ricos privilegiados, mas apenas aqueles que entendem que tamanho não é documento e que qualidade, nada tem a ver com quantidade.

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A diferença entre Chefe e Líder

Venerável Dalai Lama, líder religioso do Tibet, num ambiente escuro, usa as túnicas marsala, símbolos dos monges tibetanos, as mãos unidas em mantra de oração. Ele tem o sorriso da compaixão. Ele é careca e usa óculos.

Ser um bom gestor não significa ser o grande amigo da turma ou o linha dura da equipe, mas aquele que consegue manter seus comandados sempre motivados e trazendo os resultados necessários.

Há vários fatores que desanimam funcionários e minam o trabalho da equipe. Veja os principais motivos para os pedidos de demissão…

Liderança sem referência – um exemplo de líder é aquele que costuma participar de atividades fundamentais e decisões estratégicas. É aquele que inspira e traz bons exemplos ao seu time. A ausência de liderança é sentida pela maior parte do time. Ele é a figura a quem todos recorrem em ocasiões mais delicadas. Se isso não acontece, ele perde conexão com as pessoas e pode se tornar dispensável em atividades futuras.

Falta de feedback-  cada um quer se sentir parte integrante do sucesso. E para isso acontecer é mais do que necessário que o líder da equipe converse frequentemente com seus subordinados.

Não treinar – um dos aspectos mais importantes para o seu sucesso é a integração profissional que um funcionário deve ser submetido ao ser contratado. E parte fundamental é o treinamento.

Delargar X Delegar – quando você delega algo é necessário orientar, acompanhar, cobrar se necessário e receber feedback. Se isso não acontece, é porque o gestor passou uma tarefa e a eliminou de seu radar. Quem age assim, acaba perdendo o comando do time.

Excesso de reuniões – o chefe que gosta de fazer muitos encontros não percebe que essa prática pode comprometer o resultado do time.

Quem disse que era fácil? Mas acredito que ajude muito cultivar pelo menos a metade das seguintes qualidades: inteligência emocional, bom senso de organização, empatia, carisma e, acima de tudo, respeito pelas pessoas que o cercam. Vale tentar,23 não acha?




Nem sempre é chique presentear

Explico: quando era criança, as pessoas ganhavam presentes de aniversário e no Natal. E, eventualmente, quando íamos visitar alguém, levávamos “lembranças” e/ou  “mimos”  como chocolates, flores ou um bolo feito em casa.

Nos casamentos, distribuía-se na saída amêndoas confeitadas (costume europeu incorporado aqui) e/ou bem-casados. As famílias mais abastadas distribuíam pequenos objetos de prata com o monograma dos noivos gravado (vacas gordas e lembremos que os casamentos eram menores).

O tempo passou e as lembrancinhas de prata acabaram se transformando pela indústria do casamento e pelo setor de eventos, em quinquilharias mais acessíveis.

Beleza. Nem todos podem pagar e alguns itens são até que criativos e bonitinhos (embora sejam exceção e normalmente as pessoas jogam fora ou passam pra frente a lembrancinha)…

Alguém tem que ganhar mais – a lembrancinha em si, podia até render, mas não tanto quanto queriam os empreendedores, mais ávidos. Então inventaram que era “Chique presentear.” Algum consultor desavisado (talvez até bem-intencionado) resolveu criar os “presentes para padrinhos de casamento”. Oiii?!  Então vamos entender…

Presentes para padrinhos – padrinhos de casamento é que presenteiam os noivos. Não tem essa de distribuir bandejas de prata ou outros eventuais mimos para os padrinhos. Pura ostentação. Eu hein…

Lembrancinhas para amigas – as senhoras fazem almoços e distribuem na saída um cupcake. Mas não é um simples bolinho: é quase uma joia, cujo valor, somado em uma mesa de 10 amigas, por exemplo compraria facilmente a tal joia.  Acho mais emocionante rifar na hora e doar – para quem precisa.

Anfitrião não presenteia – a exceção são lembrancinhas de festas infantis! E não é obrigação, tá? No mais, abrir a casa, dedicar tempo, escolher e privilegiar alguns amigos com seus preparativos e acolhimento – tudo isso é um grande presente!

Ora, as pessoas parecem esquecer que o intuito do presente não é mostrar status, poder ou riqueza – e sim demonstrar afeto, atenção ao que a pessoa gosta, vontade de agradar.

E isso, não tem preço. Não se distribui igualmente na saída ou na entrada de eventos fortuitos. São sensações construídas com cada pequeno gesto, com olhares, com mínimas atenções muito específicas dirigidas conforme a necessidade e preferência de cada um.

Feito por mim – não se acanhe de dar um presente feito por você mesma. Pode ser um cachecol, um bolo, uma pulseira… A energia e o valor de algo feito pela pessoa que presenteia é uma das coisas que fazem o presente ser mais apreciado ainda. E se não for, é porque a pessoa não entende nada de nada – e não te merece. Simples assim também!

É urgente resgatar a empatia – palavra banalizada, mas preciosa, que merece mais atenção – o afeto, o prazer de entregar algo pessoalmente olhando nos olhos com o coração palpitando para perceber a emoção do outro.  Sim, presentear é bom, mas para que seja chique, é preciso ir além da compra…




Entrevistador chama mais atenção que candidato?

Emissoras disputando quem vai levar primeiro esse ou aquele candidato.  Aff. Mas calma. Não vamos, hoje, falar de política. E sim, de como essas entrevistas são preparadas, como as perguntas feitas pelo entrevistador são para não serem (ou parecerem) tendenciosas. E como o próprio entrevistador faz para estar bem na hora da entrevista.

 

Abaixo um resumo bem resumido do colega Ruy Castro, que deu um aula de jornalismo, na sua última coluna na Folha de São Paulo:

  1. Cara neutra – o entrevistador não pode (nem deve) fazer cara irônica;
  2. Perguntas curtas e diretas – já que essas entrevistas tem tempo, as respostas precisam ser curtas e diretas também;
  3. Saber escutar e ficar atento – se perceber que o entrevistado está enrolando, interrompa-o com firmeza e diga que ele não respondeu à pergunta;
  4. Não avisar a mudança de pauta – segue naturalmente;
  5. Uma pergunta por vez – uma pergunta que se desdobra em várias ou que tenha outras respostas, facilita a vida do candidato.

Quando um candidato mente ou não fala toda a verdade, o entrevistador pode olhar no canto do da câmera…

Qualquer semelhança com a nossa realidade é a mais pura verdade!