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Mãe!

Mãe não acerta sempre, mas é incansável nas tentativas.

Erra – claro, mas pouco. E não tem medo de tentar de novamente – e novos caminhos.

Mãe não tem receita- mas tem um remédio infalível: colo amoroso.

Obrigada, Mami Poderosa!




A Felicidade é analógica

O professor Derrick Wirtz, da UBC Okanaga, examinou a relação entre a rede social e a satisfação com a vida que não é quando, mas como usamos a rede social que cria negativamente um impacto em nossa sensação de felicidade.

Bilhões de pessoas interagem nas redes sociais todos os dias, no entanto, o uso exagerado está deixando as pessoas insatisfeitas. Mas por quê?

  1. Ponto de vista comparativo: sempre tem alguém mais bonito, melhor, mais rico que você;
  2. Auto isolamento: ao menor desconforto viramos nosso olhar para a tela e somos confinados em nossa bolha digital.

Sim, as interações cara a cara são associadas à satisfação e ao contentamento, mas a maioria de nós prefere buscar a ideia de felicidade nas redes sociais dos outros. E em vez de ficar feliz, vamos nos deprimindo naturalmente.

Quantos estudos mais as pessoas mais as pessoas precisam para se convencer de que rede social tende a nos deixar infelizes???




Hóspede: valorize a honraria concedida

Para não escorregar em nossa “espontaneidade” é bom entender que um convite – qualquer que seja ele, implica em, no mínimo a obrigação de ser gentil, não ser espaçoso (ultimamente uma praga) e atentar para alguns fatores.

Nos últimos anos, tornamo-nos mais ciosos de nossas casas e muito mais seletivos na hora de convidar alguém: seja para algumas horas em uma reunião, ou para passar alguns dias.

Em retribuição ao conforto e acolhimento de ser incluídos como hóspedes privilegiados, é bom atentar para alguns fatores,  ser sempre bem-vindos.

Sim, pois com a crescente informalidade nas relações, muita gente acha que, por ser amigo e hóspede, tudo pode. Não pode. E as pessoas reparam, ficam chateadas e, pensarão bastante antes de repetir o convite. Veja alguns dos pecados a evitar, pois, desde sempre são atitudes que geram desconforto à toa…

Esquecer de Confirmar – ou deixar para última hora. O convite em si já é um  enorme privilégio. Confirmar imediatamente seria ideal. Caso dependa de agenda de outros, trabalho etc, é essencial dar o retorno em pouco  tempo, e até mesmo dizer quando: “fulano, vou checar com x ou z mas até dia tal te confirmo.”  E confirme mesmo!

Em tempo: se perceber que não vai dar ou mesmo se não quiser/puder ir, justifique logo: agradeça delicadamente, e libere-o para que o convide outra pessoa. Não faça pouco de um convite assim.

Jamais pergunte – se pode trazer mais um. Seja como convidado a se hospedar (impensável) ou como um a mais naquele almoço/reunião que o anfitrião está organizando. Se ele/a quiser que você  ajude a agregar mais gente, vai lhe falar explicitamente.

Caso tenha uma grande intimidade, confira – sempre antes de convidar – se seu anfitrião conhece a pessoa, simpatiza com ela e, mais importante, se é possível  e não atrapalha.

Chegar de mãos vazias – parece uma bobagem e muita gente que ache esse detalhe frescura. Oi?! Vamos combinar, o mínimo que podemos – e devemos fazer – a  alguém que nos agracia com um convite completo de hospedagem é um agrado em forma de mimo. Tamanho e valor variam dependendo da intimidade e bolso de cada um. Uma cesta com delícias, um enfeite para a casa, uma bebida diferente, flores…

E, em algum momento, convide os donos da casa para comer fora retribuindo, em parte,  a hospitalidade.

Vestir-se de qualquer jeito – férias são férias. Mas, na casa dos outros, é diferente da “roupa de ficar em casa”. Não é preciso “se vestir para jantar” mas, em casas de praia, um banho e camiseta (limpa) são o básico – sem essa nada de continuar de roupa de banho noite afora…

Acha um trampo? Frescura? Veja quanto custa (e se consegue)  vaga naquela pousada pé na areia para passar pelo menos 3 dias. Acrescente ao custo o valor do carinho por terem lembrado de você e te escolhido. E repense! Um ótimo início de  ano para todos!




A quem agradeço

Mas o balanço é essencial: como uma limpeza do ano velho para dar espaço ao novo ano para que seja novo de fato. Pedidos extrapolam e, na última hora engarrafam os caminhos do paraíso.

Ok, sei que você já agradeceu as bençãos alcançadas – até mesmo as que não pedimos, mas que a vida nos presenteou como saúde, amigos, um teto, etc. Por essa razão, esse ano, fiz antecipadamente um exercício diferente, que compartilho:

Relembre quem te inspirou – aqueles que marcaram sua vida, de quem você lembra com saudades. De cuja presença, mesmo dos que ainda são vivos, você jamais se cansa e sempre acha que poderia se encontrar mais vezes.

Faça uma lista por ordem cronológica e coloque os motivos pelos quais essa pessoa é /foi tão importante.

Vovó Wahibe – pense em uma mulher formidável e feminista sem nem mesmo saber que era. Intrépida, ficava meses com os 4 netos na fazenda no interior de São Paulo onde arrebanhava os filhos dos colonos, nossos amigos, e partia dirigindo uma charrete onde cabiam tecnicamente 4 pessoas com pelo menos 9 – empoleirados sobre as rodas, na traseira e onde coubesse.

Esses passeios duravam horas, e ela pilhava os cavalos a toda velocidade fazendo curvas em duas rodas. Ensinou-me (desde antes de entrar na escola) o senso de aventura e a interação com as pessoas.

Dona Latife – professora do primário, que, em plena ditadora militar, dava aulas de “Moral e Cívica” desafiando os padrões/chavões da época. Cada aula era um flash com frases que nos faziam pensar e com ela aprendi a questionar o que parecia certo.

Barbara Gancia – amiga de toda vida, hoje jornalista polêmica, sempre foi genial e muito, sincera. Juntas, gargalhávamos mergulhadas nas delícias das descobertas e absurdos do aprendizado da infância. Se tivesse que escolher alguém para levar para a famosa ilha deserta, iria com Barbara – sem piscar.

Mr. Mitchell – professor de literatura escocês e gay em uma época em que ninguém saia do armário e que homossexualismo ainda era crime no Reino Unido: mix de delicadeza ao me ensinar tudo sobre as Divas do Cinema – mas era brutal ao me mandar a real quando achava que eu me excedia em meu próprio “Divismo.”

Susie e Maura – juntas desde o segundo grau, permanecemos unidas em nossos laços de sonhos, casamentos, filhos, netos, dores e reclamações em meio a muito riso e crescimento. Nossos encontros são frequentes – mas nunca suficientes. Minha infalível rede de apoio vida fora.

Dorli – amiga da maturidade – essa foi presente do destino. Sabe aquela irmã mais irmã que as outras duas de sangue? (que jamais lerão isso) … É ela. Iluminada, propositiva, com um senso de humor super alinhado para cada momento precioso que compartilhamos.

Recomendo a vocês fazerem uma lista similar – além da oportunidade de agradecer aos que ainda estão conosco, percebemos a beleza dos vínculos que constroem nossa vida – dia após dia, ano após ano. Que venha 2023!!




Como pedir favor com sucesso

Se você é dessas pessoas que prefere morrer a pedir um favor a um amigo, talvez seja o caso de continuar a ler. Já, se você é daqueles que não pensa duas vezes e vive acessando conhecidos e familiares para uma “ajudinha…”, beleza. Masssss… talvez reduzir um pouco os pedidos e melhorar a abordagem melhore muito sua popularidade e sucesso no objetivo final.

Existem vários perfis dos que pedem favores: tem o que implora, o que fala brincando, o folgado, o que já infere que você vai atender, o super formal e o que não pede mesmo quase morrendo de necessidade – entre outros.

Não é pecado – sim. Pedir favor não é pecado: faz parte do relacionamento entre pessoas que se conhecem (mais ou menos, socialmente ou apenas no trabalho) e acredite: se for algo possível, e colocado da maneira certa, ninguém vai se incomodar tanto assim e ajudar pode ser muito gratificante.

Fico sem graça – só você? A maioria das pessoas não ama reconhecer que precisa de um favor – maior ou menor não importa. O que é uma grande bobagem – afinal, a vida é longa e, principalmente você sempre poderá retribuir o que te fizeram. E não, não precisa ser imediatamente. Você pode, no futuro, retribuir quando e como puder.

Abaixo algumas dicas para otimizar esse momento:

Seja educado e direto/a –  ajuda muito e se possível, já faça uma oferta irresistível “preciso ir ao supermercado, você se incomodaria de ficar com a bebê por 1 hora – posso aproveitar e fazer alguma compra que você precise lá”.

Sem aumentar a urgência – não faça parecer algo que vai pesar. Por exemplo, não adianta falar “sei que você está super ocupado/a, mas será que consegue um tempo em sua agenda para me ajudar  a entender esse projeto? É que é urgente”… Muito melhor:  “estou finalizando o projeto x e como você é um craque nisso, queria que você desse uma olhada antes de entregar para saber sua opinião”.

Se foi você quem fez favores – jamais discuta ou comente o que já fez para alguém. Nem para íntimos. É deselegante, para dizer o mínimo e faz parecer que você espera algo em troca.

Não abuse – é muito frequente com amigos de médicos ou de funcionários públicos. Uma coisa é fazer duas perguntas sobre sua saúde – outra, muito diferente é acessar a pessoa como seu médico particular sem jamais pagar uma consulta. Nunca peça de graça algo que a outra pessoa “vende” para sobreviver. Desconto de amigo é uma coisa, cara de pau é outra.

No caso dos funcionários públicos: sei por irritante experiência que as pessoas esperam que você resolva os mais variados problemas apenas por “estar no governo.” De convites para show a audiências, acham que você pode tudo. Aprendi a dizer não de cara – ou encaminhava pelos trâmites de praxe.  Se reclamavam respondia que não podia fazer nada. O que, aliás é verdade.

Ofereça uma saída – meio que assim:  “nem esquente a cabeça se não der, super entendo”

Aceite “Não” – e lembre que não é pessoal, muitas vezes a pessoa simplesmente não tem como te atender.