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Como fazer uma Massa Parafuso Deliciosa

Não sei se esse é o nome correto, mas é assim que minha mãe chama, conheça o Parafuso Delícia!

1/2 Pacote de macarrão parafuso

1/2 linguiça calabresa defumada em fatias bem fininhas

1/2 pacote de bacon em fatias (bacon, bacon, bacon…)

01 cebola picada

01 pacote de molho de tomate pronto

01 copo de requeijão

01 caixa de creme de leite

Azeite

Água fervente

Alho picado e Salsinha a gosto (no meu caso, muito alho)

Muçarela ralada (o quanto desejar)

Com todos os ingredientes à mão, vamos ao preparo.

Frite em 3 colheres de azeite, a calabresa e o bacon (imagine o cheiro bom), só não pode deixar queimar! Depois acrescente a cebola. Deixe dourar.

Agora é a hora do alho, o molho de tomate e o macarrão. Misture tudo muito bem.

Acrescente a água fervente até cobrir toda a mistura, tampe e deixe cozinhar.

Por último, coloque o requeijão e o creme de leite. Misture tudo de novo e muito bom e coloque um pouco de muçarela (não tudo!) e a salsinha.

Depois de pronto, acrescente o restante da muçarela e aproveite.

Eu garanto que é muito bom… façam e me contem depois.

 

 

 

 

 

 




Jackie era gente como as pessoas

A morte do marido, assassinado a tiros ao seu lado enquanto passavam de carro aberto por Dallas foi um momento inesquecível na história moderna – e que marcou profundas mudanças em protocolos de segurança .

Anos depois, ela escandalizaria o mundo ao casar-se com o bilionário armador grego Aristóteles Onassis, no que, por muitos americanos foi considerado uma traição. Seu carisma sobreviveu a isso e,  ao morrer com mais de 70 anos, Jackie continuava a ditar tendência. Sua elegância tornou-a uma referência até hoje – foi uma poderosa “influencer” muito antes de surgir o termo.

Há alguns anos, o jornalista Morgan Greenwald, publicou uma lista de detalhes cuidadosamente preservados durante sua vida dos quais, apenas os mais íntimos tinham conhecimento. Compartilho aqui não como fofoca mas, para mostrar que, ao contrário  do que pregam as redes sociais – exigindo uma perfeição constante e sempre exposta, ninguém é perfeito. Nem mesmo Jackie.

Jackie mancava – ligeiramente e, claro, ela evitava que se percebesse isso acrescentando em todos os seus sapatos alguns centímetros de salto de forma a igualar a altura. Sua assistente pessoal, Kathy McKeon afirma no entanto que era tão disciplinada que, mesmo descalça  não se percebia isso em sua postura sempre ereta.

Era uma jornalista de mão cheia – em 1951,em seu primeiro emprego, no Washington Post, ela precisou entrevistar Richard Nixon (antes de se eleger presidente). O que fez com a mesma desenvoltura com que cobriu a coroação da Rainha Elizabeth II, da Inglaterra. Estamos falando aqui de uma jovem de 20 anos…

Odiou (e não  pode escolher) seu vestido de noiva – cercada por assessores, (Kennedy já estava eleito) não conseguiu mudar o modelo que, segundo ela, “acentuava a sua falta de seios e fazia com que se parecesse com um abajur”.  Ora, o dito vestido nela  ficou maravilhoso e, até  hoje é uma referência  de simplicidade aliada a glamour. Foi provavelmente a última vez que não pode opinar sobre uma roupa…

O famoso Tailleur  pink  Chanel era fake – a imagem correu o mundo: Jackie de tailleur pink. debruçada sobre a carroceria do carro aberto desesperada,  recolhendo pedaços  do cérebro do marido. Era um modelo Chanel, mas, segundo declaração de 2012 de Karl Lagerfeld, estilista da Maison, aquele era um cópia. Pode até ser: naquela época mandar copiar não era pecado como hoje. E quem nunca?!

Depois do divórcio com Onassis, apesar de não precisar, Jackie retomou  sua carreira de jornalista e fotógrafa e tinha um comportamento pra lá de pé no chão.  Se era “gente como a gente” não  sei, mas tinha uma  personalidade incomparável e, principalmente  uma disciplina férrea para alcançar suas metas – que nunca foram simplesinhas…




Você já ouviu falar em Etarismo? Sabe o que é???

Que triste. Aliás, tristíssimo. Como qualquer tipo de preconceito.  Mas, ele existe e infelizmente está bem presente na sociedade brasileira.

E não apenas contra pessoas de “idade avançada“, mas cada vez mais contra qualquer um que ultrapasse os 30, 40 anos.

Eu fico me perguntando: que sociedade é essa, que despreza (conscientemente ou não) a vivência, a sobrevivência, a experiência, a sabedoria. Só pode ser uma sociedade doente.

Tudo bem, é maravilhoso ser jovem, o viço, a força, a alegria de viver. Tudo isso é delicioso e encantador. Mas, também há o outro lado da moeda. A falta de  experiência, maturidade e independência, normalmente presentes na juventude. E está tudo bem, tudo certo. Elas virão com o tempo.

Todos nós já fomos jovens e nos lembramos, na maioria das vezes, com saudades de nossa juventude.

A juventude é maravilhosa, assim como a maturidade! A maturidade dos 40, 50, 60 e poucos anos.

Não há demérito algum em não ser mais jovem. Aliás, querer a juventude eterna é utopia. Que na prática, muitas vezes leva aos exageros e ridículos da vida.

A vida passa e nós envelhecemos com tudo a que temos “direito”.

Nos tornamos mais calmos, mais sábios, mais tolerantes. Ou não! Vai depender também dos aprendizados individuais.

Mas, há grande chance de isso acontecer para a maioria. Tomara…

Nós precisamos urgentemente repensar essa postura social generalizada, horrorosa e injusta, de Etarismo.

Precisamos aprender a enxergar as realidades da vida e mudar nossos próprios conceitos.

Tenhamos como exemplo a sociedade japonesa, que honra e valoriza seus não jovens. Que os mantém inseridos em seus contextos familiares e sociais, fazendo uso de suas competências adquiridas com a vivência. Quantas diferenças em relação a nossa doente sociedade brasileira.

Nós que já passamos dos 40, 50 (quando tantos e tantos morrem antes), precisamos aprender que somos sobreviventes de valor e experiência. Não há necessidade alguma em omitir ou mentir a idade.

Pintar os cabelos brancos? Apenas se for mesmo uma questão de estilo e nunca para os esconder.

Vamos pensar sobre isso? Tenha orgulho da sua idade. Da sua vida. É libertador

Eu sou Astrid Beatriz, tenho 52 anos e cabelos prateados. Me orgulho muito da senhora em que me tornei. Me acho o máximo!!!

 

Escrito pela Professora Astrid Beatriz Bodstein




Iguarias Genéricas – e boas!!

Aquela pasta verde com a qual “temperamos” nossos sushis e sashimis em restaurantes japoneses – não é “wasabi” e sim um preparado similar à base de raiz forte – muito mais em conta e também mais fácil de encontrar.

Ora, ninguém nos ditos restaurantes, jamais se preocupou em explicar para a tonta aqui que wasabi não é wasabi – e me senti enganada, já que sempre pedi minha porção extra, enchendo a boca para mostrar que, pelo menos algumas palavras em japonês,  eu falo. E descubro que não era nada disso?!

Magoei. Mas, passado um tempo, comecei a pensar nos muitos alimentos que são considerados iguarias caras, muitas vezes raras e que tem um similar, um primo pobre mas, igualmente eficiente e/ou saboroso…

Ok, se falar com algum chef, um gourmand ou novo rico, a exigência (por motivos diversos) será sempre pelo produto “original”. Mas, acredite, há “substitutos” que, além de saborosos, são mais fáceis de encontrar, mais acessíveis e até mesmo mais sustentáveis.

Dried saffron spice and flower

 

Zafferano – vendido por peso, quase sempre em gramas, pois é caro, trata-se de um pó avermelhado que empresta cor e muito sabor  a risotos, carnes e massas na Italia. No Brasil é o açafrão da terra – uma raiz, também conhecida como cúrcuma e tem a mesma cor alaranjada do zafferano italiano. Como sabor, não agrega muito embora embeleze a apresentação dos pratos.

Palmito – o coração da palmeira, tenro e saboroso tem sido cada vez mais substituído pelo “palmito pupunha”. Menos tenro, embora mais durável,  política e sustentavelmente correto. Sem falar que, muito mais em conta…

Caviar –  o negro e pequeno é o raro e saborosíssimo: ovas de esturjão para saborear com as delicadas “blinis” minipanquecas adocicadas, torradinhas ou mesmo as colheradas, como fazem alguns felizardos. Os similares são muuuito mais baratos e extremamente saborosos: ovas de merluza, ovas de tainha seca (super popular conhecida como “Bottarga”, na Italia) e há quem “fabrique” o falso caviar com sagu bem cozido e marinado por horas em molho de soja…

 

Tartufo – em português chamamos de trufas. Existem as brancas raras, sazonais e caríssimas  que, usadas para temperar carnes e massas custam, meras 100 gramas, o  equivalente a duas diárias em um hotel de luxo. Mas existem as trufas negras, mais em conta embora não tão perfumadas. E, claro, as manteigas e azeites a base de trufas que embora menos elegantes, emprestam sim sabor e exotismo ao paladar.

Wasabi –  ok aprendi que, aquela explosão de sabor em nossas papilas, se deve ao preparado a base de raiz forte. E que o verdadeiro wasabi é o “Eutrema japonicum” produzido agora  em Pilar do Sul (SP) embora apenas 4 quilos por mês. É feito com o rizoma, retirado do caule das folhas quando atingem 20 centímetros de cumprimento. O sabor? Deve ser parecido com o que experimentei até hoje, sempre com muito deleite.

Ou não?! Talvez “estranhe” o verdadeiro, e para alegria de meu bolso continuarei a desfrutar o genérico – feliz da vida!




Volta às aulas e novas lições

Mas desta vez não será da mesma forma como quando retornavam das férias. Temos agora uma nova lição a ser praticada e que, do contrário, poderá lhes custar a vida.

Em 2021, as crianças e jovens não eram alvos do coronavírus, mas hoje são considerados a população mais vulnerável. Mais uma vez temos um grande desafio: o que poderia ser uma oportunidade para diferentes debates e argumentos sobre a complexidade do tema, se torna uma intempestividade na decisão em retornar à escola presencialmente mesmo com a cobertura vacinal dos alunos incompleta. Essa volta, de acordo com os gestores, deve ser tão rápida quanto a velocidade de contaminação da Ômicron.

Cuidar do emocional é nossa grande prova – são os antivacinas que vão marcar de forma letal esse grupo de pessoas. O que temos é uma sociedade mergulhada no caos, uma pandemia interminável, individualismo e um momento em que a conversa entre as pessoas, valores, respeito e compaixão, parece, foram perdidos, esquecidos durante esse tempo.

A volta às aulas, sem a vacinação das crianças ou exigência de medidas para conter a contaminação, é uma violência e uma desintegração social, pois a escola não é somente a transmissão de conhecimento. Infelizmente, as ações pedagógicas educacionais não encontram espaço para investir positivamente nas potencialidades das crianças e jovens.

Precisamos falar das crianças com deficiência são tantos os enfrentamentos que a educação precisa fazer, que tarefas imprescindíveis são postas de lado. Por exemplo, estudantes com deficiência. Dar conta de tudo e todos é colocar na pauta que, se por um lado o isolamento e o distanciamento social marcam de forma incontestável a vida, os estudantes com deficiência continuam suas atividades reforçadas pela invisibilidade na educação inclusiva. Desta vez vai ser preciso driblar a Ômicron e a falta de prioridade no programa vacinal. Acolher o sentimento da exclusão em não poder estar na escola e vacinado parece ser tarefa que os gestores públicos querem manter isolada.

É urgente reaprender a ensinar  – mesmo em circunstâncias normais, as pessoas com deficiências têm, historicamente, menos acesso à educação, a assistência médica, a oportunidades de trabalho e à participação nas suas comunidades. Porém, a pandemia agravou as desigualdades e gera novas ameaças, uma vez que, as pessoas com deficiências estão entre as mais afetadas por esta crise.

Adequar o aprendizado, desenvolver habilidades afetivas, reorganizar as matérias, e reordenar os objetivos, todo esse planejamento deve ser pensado, incluindo e não escolhendo quem estará sentado na carteira.

Minha torcida é para que a volta às aulas traga sentimento de segurança, e que todos possam criar estratégias para a recuperação da vida e da aprendizagem. Que todas as crianças estejam vacinadas, que disponibilizem meios tecnológicos e continuem seguindo em direção ao encontro dos recursos que complementam esse processo sem esquecer que a convivência com a diversidade, com diálogo, trará muitas respostas.

A beleza da vida está na presença dos amigos, no reencontro, nas brincadeiras na hora do recreio. Encarar e frear o vírus que tantas vidas nos tirou são ações coletivas, ao passo que devemos compreender que negar a vacina para crianças é soprar contra a liberdade e o bom senso. Além de jogar pra longe os laços de amizade e saudade. Vacina no braço e mochila nas costas. Boa aula!