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Detalhes importam- outros nem tanto…

Com a pandemia, as vendas online desses itens – de toalhas e lugares americanos a copos, talheres e argolas de guardanapo explodiu. Todos descobriram que, a comida e até mesmo a conversa ficam mais agradáveis com uma mesa arrumada e harmoniosa.

Os ingleses, meseiras e profissionais de eventos levam isso muito a sério (e devem mesmo) e, frequentemente chegam-me perguntas sobre detalhes que nunca havia atentado. Mas que, para quem ama o belo e repara em equilíbrio e simetria, faz muita diferença.

Aqui coloco alguns mais comuns, e que espero:

Regra geral –  só vai a mesa o acessório que for ser usado. Ou seja: se eu servir 2 tipos de vinho, coloco as taças correspondentes. Senão nada de taças sobrando. Apenas 1 guardanapo por pessoa; ninguém tem duas bocas e é ostentação dispensável usar dois apenas porque “decora a mesa.” Isso vale para talheres, pratinhos de pão (há que se ter pão) etc.

Lugar e ordem das taças – a ordem é da esquerda para a direita (água, vinho tinto , vinho branco e, se houver, licor). Elas ficam centralizadas, alinhadas acima do prato ou a partir da direita. O importante é que tenham um alinhamento simétrico de um lugar para outro. Mas não há uma regra rigorosa “terminando na faca” ou coisa similar. Isso é criado apenas para que fiquem todas por igual.

Talheres – são dispostos de fora para dentro conforme a ordem dos pratos. Ou seja: se for servida uma entrada os talheres de entrada (menores, ou os mesmos usados para sobremesa) estarão ali, e rente ao prato, os talheres maiores, do prato principal.

Entradas – dependendo do que servir, pode ser uma salada num prato de sobremesa sobre o raso ou numa cumbuca (sempre sobre um prato de sobremesa que fica sobre o raso maior).  Ou uma tacinha com ceviche, ou ainda um creme quente em uma cumbuca…

Onde apoio a colher de sopa? Se a entrada for ou sopa/caldo, os talheres ficam na posição de descanso apoiados sempre no prato raso que estará embaixo.

E quando no nosso faqueiro não tem os talheres de entrada? Use os de sobremesa na posição entrada. O que rege é o tamanho do talher. Pode até misturar modelos (que combinem) que sejam do tamanho correto.

A mesa, posso usar porta copos?  Não é ideal. Na mesa posta não colocamos porta copos: o correto é que o lugar americano generoso em tamanho onde caibam os copos – ou toalha. E se não couber o copo e este não for do modelo taça,  melhor não servir água gelada para não manchar o tampo, caso seja de madeira.

Existe um sem-fim de detalhes, mas esses, são os básicos, com os quais qualquer mesa adquire um ar organizado e elegante. De resto, comida saborosa e conversa fluida com muita alegria! E vamos conviver e viver melhor!




Redes Sociais para 50 Mais

Em 2008, quando começou o boom das redes sociais e blogs era Chefe do Cerimonial do governo do Estado de São Paulo e mal tinha tempo de tomar banho.

Em 2013, ao deixar o Governo, levei um susto: todos os colegas haviam migrado para blogs, sites e possuíam contas em várias redes por onde se expressavam, trabalhavam e postavam fotos de família. Não demorou e me dei conta que teria que me ajustar. Sou uma comunicadora: já fiz rádio, TV, trabalhei em jornais, revistas e como palestrante. Se os veículos impressos estavam se tornando virtuais e a TV se pautava nas agilíssimas redes sociais, teria que correr atrás  do prejuízo e aprender. E rápido.

Não foi fácil pois, pão dura e autodidata, aprendi com erros e acertos, aos soluços e, hoje posso dizer que me viro bem. Tenho um blog, um site de cursos EAD e trabalho diariamente com o Instagram. Até que, há 1 ano, comecei aulas com uma Coach de redes sociais. Foi a melhor coisa que me  aconteceu profissionalmente!

Em questão de meses, adquiri muito mais destreza para lidar com aplicativos e entender a linguagem, “escalei em números” e aumentou muito a receita de clientes e patrocínios nos posts.

Já posso imaginar você pensando “Agora é tarde para aprender” lembre-se do ditado que reza que “nunca é tarde” – ainda mais se você tem um negócio e acha que poderia se beneficiar de uma maior presença sua ou de seu produto nas redes, anime-se: as vantagens são muitas, e abrem – se novas janelas de relacionamentos e oportunidades na vida…

Não é lição de Casa – pense nisso, não como  uma dificuldade, mas como uma bem vinda novidade que pode te ajudar a se expressar melhor, trabalhar e expor melhor seu produto. Além de expandir seus horizontes e relacionamentos – tanto profissionais quanto afetivos, estreitar vínculos familiares e de amizade.

Aprender sem pirar –  muita gente desanima logo pois não tem paciência, sente que não consegue aprender etc. Calma! Como tudo na vida, não dá para aprender tudo de uma vez. Priorize o que realmente te importa, converse com algum profissional para que te ajude a traçar um plano de ação e comece sem expectativas. Um dia por vez.

Não compare – uma vez aprendendo, é claro que haverá dias em que você vai querer que sua conta tenha muitos seguidores e que o mundo conheça suas ideias e/ou produto. Beleza, mas não compare sua conta com a dos outros. Use  as outras como referência e inspiração. Não compare para não entrar em desespero. Tenha paciência, se ocupe aprendendo e, quando menos esperar, estará se divertindo, crescendo e conhecendo uma infinidade de alternativas que antes sequer sonhara.

Sem escravidão – é importantíssimo insistir que você tem que ter o controle de suas redes – e não o contrário. Não se deixe levar pelo algoritmo. Confie no seu taco e no seu feeling. Eventualmente discuta com ele. Faço isso e, muitas vezes perco. Mas tenho o gostinho de fazer as coisas (não todas) do meu jeito!

Tente – e me conte.

 




9 Presentes Curingas de Ano Novo

Muita gente acaba “devendo” um presente para alguém que lhe deu uma lembrança e ela não teve como retribuir. Ou mesmo “esqueceu” de alguém que gostaria de presentear. E, claro, tem aqueles casos em que simplesmente não deu tempo de comprar lembranças para todos da lista e baixa uma culpa…

Sem culpa, galera! Está sempre em tempo de presentear e ninguém vai achar ruim receber um presente fora de hora. Aliás, fora de hora não: será um presente acompanhado de um cartão dizendo que é “para começar bem o ano” ou algo similar.

Veja quantas alternativas e escolha a que mais se adequa ao temperamento ou estilo da pessoa e pode dar sem medo: presente e cafuné, não tem hora para ganhar!

 

 

Temperos –  pimentas  especiais – da mais suave a mais picante (kit de 2 ou 3 são uma boa pedida) molhos diferentes, sais aromatizados ou simplesmente a “flor de sal” que é o suprassumo do requinte.

Bombons – de chocolate e não muito elaborados. Trabalhados na forma, mas sem grandes recheios – pois tem mais chances de agradar ao paladar de todos da família e aos olhos.  Chocolates estão diretamente ligados ao prazer.

 

 

Flores – no vaso, claro. Para homens, plantas como bonsais ou outras mais exóticas e duráveis,  mas, independentemente de para quem vai dar, sempre com uma orientação de como cuidar – facilita e mostra um cuidado extra.

Pinga rara – (ou boa) ou um vinho ou qualquer bebida que saiba que ele/a aprecia. Temos pingas e garapas preciosas… por que não presentear?

Azeites – não os de todo dia, mas aqueles que hoje adquiriram um status alto de iguaria. Quem não gosta de uma embalagem bacana e um trio de garrafinhas  com um delicioso líquido dourado?

Velas – existem as aromáticas e as decorativas – e aquelas que são as duas coisas. E as duas categorias tem muita escolha. Não tem como achar ruim e fazem sucesso com os mais contemplativos que usam para rituais de relaxamento e, claro os festeiros quando abrem a casa,

Geleias especiais – geleias podem acompanhar pães, torradas, harmonizar com queijos no momento do aperitivo. E é o tipo da coisa que adoramos ganhar, mas nunca lembramos de pesquisar…

Sachês – perfumados, eles vêm em saquinhos de tecido, decorados com rendas ou mesmo em esferas de madeira com o aroma líquido para acoplar e ser renovado de tempos em tempos. Esses últimos são bacanas para presentear os homens que são menos afeitos a rendinhas e babados – tenho um amigo que usa as esferas sobre a mesa do escritório e o perfume é uma delícia – além de decorativas.

O seu tempo – experimente: convide a pessoa para uma tarde inteira fazendo… quase nada: tome sorvete, conversem, tomem um café, uma cerveja, conversem mais, passeiem, contemplem a vista, vejam álbuns de retratos antigos – o que ela quiser – e vocês curtirem juntos. Não tem preço e acaba sendo um presente para ambos…




Bancando as bancadas

Pediram me que falasse de refeições e receber amigos usando bancadas. O fato me chamou atenção pois, vício de profissão, estou sempre questionando e de olho em mudanças de hábitos.

Aos poucos, bancadas e cozinha mudaram de status: modernizadas, ganharam novos materiais, foram sendo incorporadas a sala de jantar,  algumas são as vedetes da casa – seja como suporte da “ilha” do chef  ou para a refeição dos adultos.

Rainhas do lar – um dos principais motivos desse protagonismo, é o fato de serem super versáteis, uma vez que,  mais estreitas que as mesas convencionais, podem ser embutidas ou dobradas economizando um espaço considerável sem deixar de atender as necessidades da casa.

E quais são essas necessidades? Hoje, praticamente todas! Com a aceleração do home office, as pessoas tiveram que inventar  superfícies para trabalhar, apoiar material, estudar, continuar cozinhando e apoiando compras e… fazendo as refeições em conjunto!

Não à toa, o leitor me pediu o para detalhar o tema. Então vamos lá:

Elimine supérfluos – como já disse, esses são móveis mais estreitos e, muitas vezes ajustáveis portanto, no dia a dia devem conter  mínimo possível de elementos decorativos,  apenas o funcional. Facilita muito quando for usar para receber amigos ou mesmo para a refeição familiar.

A “Mesaposta” nesse caso também tem que ser simplificada. Nada de 2 sousplat ou 2 guardanapos (que já são uma bobagem mesmo em mesas convencionais). Guardanapos imensos e enfeitinhos devem ser descartados. A prioridade é conforto e funcionalidade.

Crie outros espaços de apoio –  com a bancada está ocupada com os comensais você  terá  que criar superfícies alternativas para o serviço – terceirizado ou não. Analise quais elementos e acessórios podem ser encaixados  em prateleiras/armários de cozinha  e esses, por sua vez, precisam ter  paredes para ser instalados. Se puder, use sua área de serviço – para esse tipo de apoio. Forre mesa de passar e não  hesite em usar  tampo de máquina de lavar roupas etc.- tudo ajuda!

Serviço ajustado – da panela para a bancada – empratado pelo próprio dono da casa  para evitar o trânsito de gente pela cozinha – exceto no caso de bancadas integradas a casa, quando o espaço é maior. Nesse caso é possível montar um apoio de bufê para as travessas em um canto.

Flores? – na cozinha não fazem o menor sentido – além do espaço que ocupam. Um vaso pequeno com temperos e pimentas em um canto em que não atrapalhe pode ser uma boa pedida.  Isso vale para velas em castiçais e candelabros. Exceto uma ou duas, baixas e compactas.

Assentos e banquetas- muitas vezes as banquetas de bancadas não tem encosto ou apenas encostos baixinhos. Se for esse o caso, não alongue demais o papo e convite a turma para tomar café  na sala – assim todos aproveitam  mais e o final ganha  mais conforto!




As crianças da Família Real

Quem nunca pensou em crescer como príncipes e princesas? Crescer podendo mandar nos outros? Pois  ninguém pode dizer à realeza o que fazer, certo? Errado! Na verdade,  o privilégio de ser considerado nobre traz junto uma série  de regras – algumas bem  malucas que eles precisam seguir…  Algumas são até interessantes e fazem sentidos, mas, outras, para quem é apenas uma criança, deve ser uma tortura…

Sem papinha de bebês – todas as refeições, desde o momento em que acabam de ser amamentados, são preparadas pelos Chefs Reais. Parece uma ótima ideia, desde que, não seja um Chef inglês, pois na Inglaterra a comida, até  em bons restaurantes, é sofrível. Imagine o que prepara os “menus infantis”… sei não…

Sem Banco Imobiliário no Palácio – por conta  da agressividade gerada pelo jogo, os monarcas acreditam que jogar, criaria muita competição direta e animosidade entre os seus próprios jogadores. Sim, nisso eles estão certos.  Afinal, é quase uma guerra quando nos reunimos para jogar e os pequenos terão que lidar com esse tipo de coisa na realidade – de modo que serão  devidamente instruídos mais tarde, como matéria escolar e não como lazer.

Vovó? – seus pais apesar de  príncipes e princesas, duques e duquesas, para eles, são mamãe e papai. No entanto, as crianças são orientadas a não chamar a avó de “Rainha”.  Pelo menos em público. Na privacidade do palácio, ela sempre será a vovó Lilibet. (No caso de Elizabeth II da Inglaterra)

Voar com outro herdeiro está fora de questão –  os pequenos reais,  como toda criança, devem amar andar de avião em férias de família. Mas, depois dos doze anos, voam separadamente, irmãos ou pai e mãe em um mesmo voo, está  fora de questão: se houver um acidente de qualquer tipo em um dos voos, sempre haverá um sucessor da coroa.

Sem Calças compridas – Não é para ter um melhor movimento para correr e brincar.  Na verdade, é porque a tradição inglesa exige que os meninos da classe alta nunca usem calças, apenas shorts. É considerado inferior à classe usar calças antes dos sete ou oito anos.

Acenos – cada pessoa tem o seu jeito pessoal de cumprimentar ou se despedir de alguém e isso vem desde criança. As crianças já sabem qual o jeito real desde pequenas também e nunca mudam, é lei. Afinal, é um ‘aceno’ da Família Real Britânica.

Código De Vestimenta Rigoroso –  hoje, as mães não  separam mais as roupas dos filhos e, no dia a dia é comum  vê-los desfilando com  fantasias ou roupas de filmes. Incluindo perucas, varinhas magicas etc.  Mas não haverá fantasias de Batman usadas em público por nenhuma dessas crianças, exceto no Halloween.

Pois é: sempre que achar  que a vida dos príncipes e princesas é como nos livros de contos de fadas, lembre-se disso, e agradeça por ter nascido normalzinho,  plebeu e… livre!