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Roupa para Trabalhar – e brilhar!

Brinco Turquesa

Cultive a cor: aquela que realça seus olhos, tom de pele e brilho nos cabelos. E, para entender quais são, nada como experimentar muito e analisar – sempre com tecidos lisos perto do rosto. Sem essa de se esconder atrás de “pretinhos básicos” e “marinhos clássicos”.

Curingas que funcionam sempre :

Pantalona escura – usada com sapatos altos e baixos e camisas clássicas e mais esportivas.

Camisa clara (branca ou creme, dependendo do tom de sua pele) – quebra o maior galho e enfeita sem exagero.

Vestido envelope (em jérsei seda, seda ou microfibra) – é um clássico que deixa qualquer mulher feminina com a vantagem de ser ajustável ao corpo resistindo a oscilações de peso.

Pode ser usado com sapatos mais delicados de salto ou confortáveis escarpins – dependendo do momento.

Blazer, tailleur ou terninho escuro (dependendo do seu estilo e preferência). Prefira um em tecido médio para usar tanto com sandália no verão quanto com meias de fio médio para grosso inverno. E vai te permitir muita variação entre camisas, camisetas em tecido fino e casaquinhos ou echarpes para usar com a saia ou calça avulsa.

Acessórios que fazem diferença: brincos, broches, echarpes e lenços, cintos descolados… vale tudo e depende de como você trabalha. Se você digita demais é claro que não vai usar pulseiras em profusão.

Broches: originais e enfeitam – na lapela, fechando a gola ou para segurar lenços e pashminas são fáceis de por e tirar: se precisar, pode tirar aquele super esportivo usado de dia por um mais sofisticado adequando o visual para a noite.

Brincos vistosos – em materiais que iluminam o rosto são sempre bem vindos: desde as clássicas pérolas, passando por aqueles confeccionados em pasta de turquesa (mais leves) e até mesmo os de de marfim ecológico em sua versátil tonalidade creme.

Estar elegante no trabalho não significa estar na última moda nem vestida de forma sensual. Mas sim, confortável, adequada e, claro, muito preparada e feminina .




Uniforme para cerimonial com visual bonito e funcional: é possível!

Muito já se falou de uniformes para quem faz Cerimonial – inclusive causei uma enorme polêmica por ter  dito que o uniforme não pode ser confundido com a roupa de convidadas quando o evento é mais festivo, como casamentos e outros eventos sociais. Continuo a afirmar isso: quem já trabalhou em grandes eventos internacionais e públicos sabe que não há lugar para esse tipo de confusão quando você é responsável por todo o andamento de um evento que está na mídia para o mundo inteiro ver.

Mas voltando ao uniforme: como fazer (principalmente as mulheres) para usar uma roupa que seja confortável, elegante e clássica ?

(Sim, tem que ser clássica. Não se muda o uniforme a cada evento, ele deve ser como uma marca registrada daquela empresa ou grupo).

Não é fácil. Nesse post vão algumas sugestões, depois de uma pesquisa onde inclusive foram testados alguns modelos onde saíram ganhando esses que escolhemos com carinho.

Acima dois modelos para eventos mais sociais. Adoro o da esquerda porque é versátil, e permite que se coloque e tire o casaquinho  conforme o clima. A parte de cima do vestido e em tecido leve e lavável e o tom em creme, super elegante iluminando e valorizando pele e olhos de todas as cores. O tom de cor de rosa da direita é super feminino mas o corte reto e a combinação com o preto dá a ele uma sobriedade leve. Sem falar que as mangas são no ponto para não esquentar e deixar os ombros discretamente cobertos…

Acima dois modelos em preto e branco que não erro: o modelo sem manga para regiões mais quentes é estruturado o suficiente para dar um caimento chique e continuar fresquinho. E o da direita é a versão super clássica do rosa e preto…

Esses modelos estão super dentro das “tendências” de moda, mas permitem que sejam usados sapatos com saltos médios ou mais grossos (sim, a gente anda muito e ninguém aguenta salto fino e alto durante todo um evento de muitas horas)…

E, mais importante: não tem excessos de fendas, decotes, laços, franjas como alguns que muitas vezes vemos serem adotados em eventos sociais. Nesse ponto sou ultrapassada sim,  como uma colega indignada reclamou nas redes sociais. Prefiro ser ultrapassada a comprometer o trabalho (sem falar na postura e movimentação) da minha equipe ou o meu, administrando lacinhos e babados fora do lugar ou puxando sainhas curtas para baixo. Menos é mais. Sempre.

Serviço – modelos da PA Concept.

www.paconcept.com.br




Como trazer o sol para sua casa

O amarelo Primrose em português já teve vários nomes: amarelo gema, amarelo ouro, canarinho e até amarelo mostarda. Mas nenhum tão delicado quanto o Primrose… O tom é esse que vemos acima e tem a qualidade de trazer luz e alegria a qualquer ambiente – e olha que nem é preciso muito.

Na cozinha, uma faixa amarela ou uma  parede amarelas trazem calor e dão o toque de luminosidade tão necessário nesse cômodo da casa.

Na foto ao lado, acima veja como a manta do sofá amarela quebra a monotonia do bege- gelo…

Mas no verão nada de mantas: jogue almofadas amarelas e aproveite para trocar as capas fazendo novas combinações com vermelho, cinza, azul marinho….

Ok. você não quer gastar – e o momento nem está pra isso mesmo. Mas repare como apenas um ítem amarelo tem o poder de transformar o visual de qualquer cantinho: seja o jogo americano (amo  – esse é da Charme em papel), um bule simplesinho ou apenas algumas flores jogadas em uma xícara antiga servindo como vaso…

Experimente dourar sua casa e vai ver como de quebra, a alegria vai entrando em raios luminosos em sua vida.




Como fazer sucesso com “Marsala”

O vinho Marsala é licoroso e doce – próprio para harmonizar com sobremesas. Sua cor intensa é diferente: a uva pende para o marrom sem ser escura, vibrando em nuances de fogo mas ao mesmo tempo que passa longe do ferrugem ou terra.

Atenção Ruivas – marsala combina e contrasta bem com todos os tons de cabelos. Mas, se os seus forem muito vermelhos, apenas cuide para quebrar com um acessório tipo echarpe ou mesmo um top ou malha preta – ou clara – junto ao rosto para realçar traços, cabelos e pele.

O mesmo vale para quem tem pele negra ou muito morena. A linda Beyoncé, errou duplamente, como se vê: a cor não faz nada por sua ele tom chocolate e ainda por cima escolheu um modelo que revela pernas e pele sem acrescentar nada….

Curinga fácil – você pode usar Marsala com preto, bege e branco. Mas isso é o óbvio e muito fácil. Se quiser um toque de sofisticação os verdes – em todas as suas tonalidades – ficam lindos. Ou mesmo o rosa claro e algumas peças nude de coleções passadas.

E num dia que estiver pronta para ousar mesmo, pode arriscar com pink ou azul Bic – que você, espertamente ainda tem no guarda roupa.

Avisei que era uma cor corajosa. E a graça está no fato de que é possível usá-la dominando toda a produção, ou apenas em um acessório elegante, deixando o visual mais leve.

Há quem use essa cor com estampas e texturas. Pessoalmente sou pelo liso que sempre impacta com mais força ainda mais em uma tonalidade vibrante e profunda como essa.

Em tempo: sou contra as “cores da estação” e sempre aconselho fortemente que, analise e questione se te favorecem – antes de aderir a qualquer um destes tons que subitamente invadem as capas de revistas, vitrines e, como num passe de mágica, nossas casas.

Porém dessa vez, devo dizer que já há algumas temporadas, devolvemos  cor a indústria da Moda (lembram quantos anos ficamos entre pretos e crus?) e largamos de lado os espantosos cítricos e verdes- lagarto nos oferecendo tons que nos trazem suavidade, vibração e alegria: pink, coral, nude, azul Bic, marsala…

Assim seguiremos as cartilhas fashionistas e de quebra nossa vida, sem perceber ganha mais alegria. Viva a Cor!

Foto com duas mulheres em pé junto a uma parede na cor marsala. A mulher da esquerda de cabelos castanho claro, usa blusa de gola alta, manga cumprida e calça , na cor marsala. Ao seu lado uma mulher com cabelos castanhos escuro, usa blusa sem ombros e sobre ela uma blusa de malha na cor marsala, a saia brilhante em tipo de couro , na cor marsala mais escura. Na mão esquerda ela segura uma bolsa grande em couro, na cor marsala.




Sustentabilidade, qualidade e liberdade!!!

Os almoços de Domingo são sobre toalhas de minha avó Camilla: italianas em linho bordado, com mais de 80 anos, pois eram do seu enxoval. Vou substituir por quê – e pôr o que? Uma vez por semana vão para a máquina e um dia vão acabar, tendo cumprido a missão…

Meu marido tem lindas gravatas de seda de meu tio avô Costabile que o presenteou com uma caixa delas (hoje já não se usa tanto, mas são lindas).

No alto verão uso camisolas de renda e seda pura do enxoval de minha mãe (mais de 60 anos) maravilhosas – que cortei e fazem sucesso usadas como regatas, à noite.

Uma seguidora me perguntou se eu não repito roupa: percebi que na verdade repito sim, e muito: massss…. tenho um estilo clássico que “enfeito” e vario com acessórios desses, que herdei e guardo há décadas.

Tenho brincos e cintos de mais de 30 anos – e super atuais – da Rose Benedetti – a primeira designer de bijuterias do Brasil. Desses não desapego… Daí a impressão de que nunca repito nada.

Roupa nova é coisa do passado – o fast fashion trouxe o excesso, e a conscientização de que 10% da emissão de gás carbônico é gerado pelo mundo da moda, levou a priorizar a sustentabilidade e tentar o equilíbrio de todo esse excesso.

O objetivo agora é aumentar o ciclo de vida das roupas.

Na pandemia percebeu-se como a qualidade é importante. Já era um processo que vinha ocorrendo, mas foi acelerado em vários setores.

Barreiras conceituais e preconceitos em comprar roupa usada foram derrubadas. Brechós aumentaram e começam a pagar melhor pela sua roupa usada. Cultura do desapego cresceu.

Pensamento jovem – consumidores de 18 a 25 anos querem consumir marcas que tenham compromisso social, sustentabilidade, responsabilidade e transparência. É o Lowsumerism (baixo consumo). Há um esforço para valorizar o conserto de roupas e a durabilidade das peças.

Aluguel de peças. Paga-se uma assinatura/mensalidade e o cliente pode usar por um tempo produtos de marcas/objeto do desejo. O cliente fica um mês com a peça (ou 3 ou 4) montando looks diferentes e depois troca por outro conjunto de itens. Várias amigas que aderiram a esse Closet virtual estão amando, pois misturam com peças xodós que tem em casa e variam muito mais…

A geração Z viviam angústias enormes, pois não poderiam aparecer com roupa repetidas. A geração pensava que o bom é o novo. Hoje, essa nova geração, o desafio é usar as mesmas peças por uma semana ou várias vezes e ver o que acontece.

Comecei a pensar e não é que é divertido? Experimente: a experiência permite aprendizado e evolução. E liberta muuuuito!