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Rose Benedetti

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Ela é moderna e sofisticada sem perder o toque de clássica elegância que a colocou desde sempre no patamar das referências em moda e acessórios.

Provavelmente ela nem pensou em crise quando concebeu essas peças, afinal, artista pensa mesmo em beleza, cor, sonho e harmonia.

Mas o colar de pérolas com várias voltas é perfeito para quem gosta de peças versáteis que combinem com tudo e funcionem tanto para complementar quanto para quebrar um look .

Sem falar que, a tonalidade das pérolas ligeiramente rosadas, ilumina qualquer tom de pele. E o trabalho do acabamento dourado é delicado e atemporal…

Já o conjunto de pulseira e gargantilha floral, pode ser encontrado em ouro vintage e grafiti – e o tema promete continuar por muito tempo enfeitando colos e braços. Uma grande pedida se você gosta de uma produção feminina e sutil.colar de pérolas rosadas com 3 voltas e com tamanho decrescente a medida que se aproximam da nuca. As pérolas da frente estão entremeadas com um delicado trabalho em mini folhas douradas conferindo requinte ao acabamento.

 

 

 




Dener – Do início a fama

Bordado foto - tecido de cetim de seda creme ricamente bordado com pequenas pérolas e fios de ouro. Delicadas aplicações de renda em tom chá complementam o trabalho.

Minha credencial para entrar fora uma carta escrita por minha madrinha na moda: Lucia Cúria, mais tarde Moreira Salles, dizendo que eu queria começar minha carreira de estilista com ele.

Nem imaginava que, já no dia seguinte, estaria ao seu lado no Ateliê da Alameda Jaú em São Paulo. Dois anos de convívio profissional e doze de amizade, com alguns altos e baixos, como costumam ser as amizades verdadeiras.

Dele aprendi muito mais a viver do que moda, porque os gênios não têm muita paciência com iniciantes. Mas só de vê-lo criando, provando uma roupa, ou contando suas histórias, já era um aprendizado que poucos puderam ter. Aliás, raros, se é que houve.

1978 – Dia ainda frio naquele começo de novembro. Não ouço Maria Callas, como ele tinha pedido e fico longe da família e da pequena multidão. Poucos “amigos”; aqueles que sempre estavam em sua casa bebendo às suas custas e usufruindo da sua fama não apareceram.

Me afasto. Não quis ver os últimos momentos. Muito melhor foi lembrar, na hora, da cena em que, entrando no seu quarto, me deparei com ele conversando com uma galinha que estava em sua cama. A galinha, com um nome aristocrático, “estava com frio”. Comecei a rir alto, no cemitério, assim como tinha rido no quarto. Prefiro guardar esta última imagem.

 A história

vestido longo feito em tule e chiffon muito leves em tons de verde água Ricamente bordado com fios de prata entremeados ao desenho bordado. Sem mangas, com decote em V e cai fluido em camadas pelo corpo1846: o alfaiate inglês Charles Frederick Worth, aos 21 anos, muda-se de Londres para Paris. Em pouco tempo, torna-se o primeiro costureiro com ateliê e a desfilar suas criações em modelos vivos. Vestiu rainhas e imperatrizes, foi o primeiro “fornecedor”, como eram chamados pela aristocracia os comerciantes da época, a entrar pela porta da frente e frequentar os ambientes sociais de suas clientes. Revolucionário, é considerado o pai da alta costura, aquele que deu início ao que se pode chamar de história da moda feminina ocidental.

As Coincidências
1956: o paraense de Soure, ilha de Marajó, Dener Pamplona de Abreu, desembarcava em São Paulo, vindo do Rio de Janeiro. Em 1957, aos 21 anos, monta o primeiro ateliê couture no Brasil, com o nome do próprio criador na fachada.

Dener, assim como Worth, começou a trabalhar com moda aos 13 anos. Assim como Worth, Dener foi pioneiro e, decididamente, um visionário. Original em tudo o que fazia: em moda, comportamento, maneirismos, televisão e marketing pessoal, numa época em que esse termo era desconhecido.

Numa foto preto e branco, O Estilista Dener, aos 13 anos de idade, junto a mesa do seu atelier, ao fundo, inúmeras de suas criações , e sobre a mesa, muitos tecidos.

“Dener aos 13 anos na Casa Canadá”

 

Dener foi ousado. O primeiro a usar temas, materiais e inspirações brasileiras em suas criações. Mulheres que antes só colocavam roupas de costureiros internacionais, ou cópias destas, passaram a vestir-se com um brasileiro.

Tornou-se mais chique usar Dener do que marcas importadas. Algumas até recolocavam a etiqueta em lugares onde pudessem ser vistas! Sob Dener, a combinação do verde com o amarelo deixou de ser cafona.

Pelas suas mãos, a renda do Ceará, saiu da toalha de mesa e entrou na couture. Pelas suas aquarelas, o verde-e-rosa da mangueira virou vestido de festa e bailou no corpo de milionárias e famosas.

Em dois anos, já se transformara numa lenda. Excêntrico, esnobe, irreverente e contraventor, frequentava a alta sociedade, a alta política e a alta boemia com a mesma desenvoltura. Seus amigos eram poetas, escritores, atores, pintores e também industriais, banqueiros, políticos e comerciantes poderosos.
Suas clientes? A nata da sociedade, da política e do mundo artístico. De Ângela Maria à Guiomar Novais; de Elis Regina à Cacilda Becker; de Maria Tereza Goulart à Yolanda Costa e Silva. Assim como Worth, pela primeira vez, um “fornecedor” era admitido pela porta social das mansões de suas clientes.

Pela primeira vez, levou manequins a lugares onde elas jamais entrariam sem seu aval. Pela primeira vez, misturou artistas de todos os matizes, em uma esfera social onde a palavra artista era sinônimo de prostituição. Pela primeira vez, um “fornecedor” dava festas mais extravagantes e suntuosas que suas clientes.

Pela primeira vez, um costureiro era mais importante que as mulheres que vestia. Pela primeira vez, depois do império, falou-se em uma corte: a Corte de Dener. Quem não a frequentasse, era quase um desconhecido, um nada no ambiente social que não admitia anônimos.

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M.Tereza Goulart e Yolanda Costa e Silva, ambas ao lado de Dener

Lançou modas e modismos. Foi o Papa da moda, o Rei da autopromoção, o Imperador do estilo e de um mundo de sonhos e fantasias que ele mesmo criava.

Inúmeras vezes foi capa das principais revistas e alvo dos jornais mais importantes da época. Estrela de todas as noites. Assunto de todos os dias.

Seu brilho ofuscava qualquer pretensão e qualquer possibilidade de concorrência. Milhares, na porta da igreja, aplaudiram seu casamento com Maria Stella Splendore e milhões, agora pela TV, os primeiros passos de seus filhos, Frederico Augusto e Maria Leopoldina.

Ganhou prêmios nacionais e internacionais. Levou à televisão um frenesi pessoal nunca antes visto e até hoje inigualado. Sua frase, é um luxo, virou mania nacional. Outra; maravilhoso, tornou-se uma canção nos versos de Caetano Veloso para a voz de Gal Costa.

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Dener Capa de O Cruzeiro e da Revista Manchete

Seu nome e sua marca eram colocados em inúmeros produtos que iam de meias à porcelanato. Teve loja de departamentos -a Dener-Ceprin- na rua 7 de Abril, em São Paulo. Lojas no Rio e Salvador e revendas em multimarcas do Brasil inteiro com sua linha de “prêt-à-porter” e produtos diversos como sapatos e bolsas.

Aos 42 anos, desgostoso com a vulgaridade da moda e dos costumes, morria aos poucos, como uma árvore não regada, mas plantada em um vaso feito da melhor porcelana. Consumiu-o a angústia de perceber a chegada de um novo tempo que não era o seu e o álcool, prazer que sempre o acompanhou.

Fragilíssimo, ao sair de casa em direção ao hospital, recusou a maca e os braços -que os enfermeiros lhe ofereciam- com uma frase imperativa. “As árvores morrem de pé”
Em 9 de novembro de 1978, essa árvore foi tirada de um vaso luxuoso e levada à terra. Na Avenida Paulista, o cortejo acompanhado pelo coral das sirenes, era aplaudido.

Pessoas acenavam com lenços brancos. Muitas, choravam.
Vozes ignorantes se apressaram em dizer que tinha morrido na miséria. Na época, vivia em uma mansão com mordomo e dois empregados. Cercado por móveis raros, dezenas de tapetes persas, quadros de pintores famosos, obras de arte e pratarias de valor inestimável.

O estilista Dener numa foto ampla de duas páginas matéria de revista, onde ele está sentado numa poltrona, relaxado, veste um paletó claro camisa branca e calça preta, está com o pé direito no chão e o outro sobre um barquinha, ao seu lado uma série de objetos que decoram a sala e ao lado da foto está escrito em letras grandes - "Dener"em cor vermelho e abaixo em letras brancas sobre um fundo preto está escrito "O luxo de ser único"

O estilista Dener numa matéria de revista

Que estranho conceito tem o significado da palavra “miséria” para certos balconistas de notícias!
Regada por lembranças e homenagens que sempre se apresentam, renasce a árvore, mesmo que seja por alguns dias. E renascerá sempre, porque, os gênios, apenas fingem que morrem.

Querem saber mais? Dois Livros: “Dener o Luxo” e “O Bordado da Fama, uma biografia de Dener” .

Não perca em São Paulo até 29/09:

Exposição “Dener Pamplona de Abreu”
Local: Tassì Galeria
Endereço: Rua Tupi, 816 – Pacaembu
Data: de 23 a 29 de setembro de 2015

Palestra com José Gayegos:
Data: 29 de setembro de 2015
Vagas: limitadas
Inscrições: até o dia 27 de setembro pelo e-mail contato@tassibrasil.com




Como fazer para usar Top Knot + Barba

imagem lateral do rosto de um homem, usando camisa social, cor branca. Ele usa barba e bigode e cabelos presos em coque no alto da cabeça.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Combinar a barba com um belo coque não é para qualquer um: será que você segura?

Para se adotar este visual o a barba devera ser cheia e o cabelo bem tratado, senão o que era para ser cool se transforma em show de horrores.

O top knot não é popular entre o publico masculino. Mas pode sim ser uma produção que se adeque ao seu estilo de vida, personalidade e fique atraente.

É bom lembrar aos homens que não tem tempo de cuidar das madeixas ou aparar a barba que este visual não lhe pertence.

Profissões formais –  juízes ou presidentes de grandes corporações devem se ater  a dica de adotar apenas uma barba bem feita e constantemente aparada em vez do coque.

Cabelo ruim – se ele não é bacana e a sua barba não é cheia esqueça essa produção :ela não é feita para você. Afinal,  cabelo desgrenhado e barba rala não fica bem nem em ator de hollywood  – pra que arriscar?

Confesso que não sei se aprovaria o meu namorando usando barba e coque, além de dividir comigo produtos para o cabelo na hora do banho ou usando um terno com coquinho e barba.

Em contrapartida há homens que ficam muito bem e mulheres que desejam ver seus amados mais descolados usando o top knot com barba. E você o que acha?

Por Maria Augusta Ribeiro do blog Belicosa

Um homem de frente, usando calça cor preta, camisa social, cor branca, com mangas cumpridas. Tem sobre o ombro direito o paletó. Ele usa barba e bigode e cabelos presos em coque no alto da cabeça.




Flores: cor e alegria que agradam sempre

 

imagem de um canto de sala , com paredes com muitos quadros, em primeiro plano, um vaso com muitas flores coloridas, em tons: amarelo, branco, vermelho, roxo,

Carmen Rein é uma artista com plástica cujas obras – sejam em óleo sobre tela ou papel trabalhado – que prima por um bom gosto e requinte no acabamento invejáveis, como se pode ver nesses buquês.

Conheço Carmen há muito tempo e, ao longo dos anos ela foi desenvolvendo essa técnica de esculpir e recortar flores em papel tipo crepom encorpado com uma ousadia que se reflete nas formas arrojadas e cores vibrantes de suas criações

Para chegar a esse resultado o papel é prensado, recortado e moldado manualmente – e finalmente fixado em um suporte de arame.

Os tamanhos são os mais variados; desde os pequeno buquês, passando por buquês de noivas, arranjos para vasos de vários tamanhos e chegando até a versão Maxi Flor-móbile,  para grandes ambientes como saguões e hall de entrada..

É natural que o papel desbote com o passar de muitos meses,  por isso o ideal é  não colocar ao sol ou diretamente sob janela com muita claridade.

A poeira, que eventualmente se acumula, pode ser removida delicadamente com uma escova de dentes bem macia.

É uma grande pedida para vitrines – os franceses já descobriram isso, vejam que linda imagem de Paris –  e também pra ambientes comerciais como salas de espera.

vitrine de uma loja chamada Goyard Paris, onde bolsas em tons coral e preta, estão junto a três rosas enormes amarelas. Embaixo da vitrine está a inscrição: Bonne Fête des mères em letras douradas.

Tenho um vaso com  essas  flores bem  grandes,  lindas em branco e tons de bege e creme rosado na entrada de minha casa (onde não bate luz e as naturais não tem vez). E sempre que chego em casa, é como chegar a uma festa: sinto o coração se abrir de alegria!

 

Contato: carmen.barboza.rein@gmail.com ,

cel: 11- 9 8487 4868

 




Porque é chique ser brasileiro

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Viajo pelo Brasil há mais de 30 anos e várias vezes por mês. Me orgulho de conhecer  os 4 cantos do país inclusive seu interior em cidades como Caicó e Mossoró no Seridó.

E há décadas coleciono artesanato brasileiro seja em peças de enfeite, mobiliário ou ítens para usar e vestir. E,  vejo que, mais do que nunca nosso trabalho artesanal além de elegante, criativo e bonito – agora tem um acabamento a altura do meu amor por nossos produtos.

A foto acima ( esqueçam o pescoço meia boca)  mostra os anéis que comprei em Cuiabá recentemente – em visita a minha amiga, a cerimonialista Izis Dorileo.  Pirei com o de concha rosa ( que catava na areia e que hoje está em extinção em nossas praias.)

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Confesso que não tirei do dedo o de madeira grandão.Quando me perguntam de onde  é e respondo que é um trabalho artesanal e que comprei no Senac de Cuiabá a s pessoas olham com cara de espanto. E arregalam mais os olhos quando digo que paguei R$13.00 por cada um.

E essa bolsa em palha delicadamente trançada da estilista Adriana Ribeiro? Presente de meu amigo craque em moda Estevão Soares do site Observatório Feminino de Recife. Reparem na suavidade da combinação das cores e da trama. Já posso  até ouvir gente perguntando se é de Capri. Até poderia ser – mas, yes, nós temos coisas lindas!!

Basta olhar em volta. E usar.  Sim, porque, se a gente não usar e valorizar o que temos – insistindo em investir em peças feitas na China por cadeias de lojas americanas – ninguém vai ver nunca. E ficaremos eternamente com aquele aspecto de cidadãs de segunda classe, usando a roupinha barata e sem graça das meninas de séries de TV

bolsa tipo carteira em palha de buriti cor creme lara delicadamente trançada de forma artesanal como uma renda,  combinando com desenho floral também em palha em cor turquesa.

Bolsa tipo Clutch Artesanal de Adriana Ribeiro