Pois é: podem ser de pano, de papel, grandes ou enormes, colocados a direita ou a esquerda do prato, no colo ou em situações informais preso a gola …
Serve para proteger a roupa, limpar as mãos e os lábios, enfim: seu uso é relativamente democrático e seu uso foi introduzido a mesa por ninguém menos que o genial Leonardo da Vinci.
Que, como homem requintado que era deve estar se virando no túmulo até agora desde que viu o ex-governador Sergio Cabral e seus secretários de estado do Rio de Janeiro, ostentando guardanapos de linho branco em sua cabeça desgrenhada por muitos goles de vinho a mais. E – ultraje supremo – em um restaurante em Paris, a cidade do bom gosto …
Sim, prefiro falar dele a comentar Eike Batista, ex-bilionário amigo do rei que jamais deveria ter sido…
Na época, como muitas pessoas, me escandalizei, achei o fim do mundo mas, acabei colocando esse acinte de comportamento na conta de (eles existem certo?) políticos despreparados e mal educados.
E como o Rio de Janeiro e o Brasil também deixaram passar, quem era eu – para insistir que, fosse no Japão, um político flagrado com esse tipo de comportamento e usando dinheiro público, se não renunciasse espontaneamente, seria obrigado a tal.
Pois anos depois, percebemos o motivo do rigor oriental: está tudo encadeado e, quando uma imagem daquele calibre de mau gosto (e má fé) é reproduzida a exaustão é preciso cortar o mal pela raiz – e não achar graça e postar memes nas redes.
Compostura não é frescura (com o perdão da rima) . E se, segundo pesquisas, 70% das demissões da iniciativa privada acontecem por má postura ou atitudes inadequadas, no setor público não deveria ser diferente.
E o Ex-Governador Sergio Cabral estaria demitido desde então. Tivesse o povo se rebelado, gritado e exigido sua renúncia – sim, renúncia, pois nada justifica esse comportamento em uma pessoa pública – e hoje o buraco seria muuuuito menor no estado do Rio– e nos cofres do Brasil.
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