Com as férias de julho já aí, convites para viajar ou para ir para casa dos amigos estão rolando e nossos filhos querem ir. O ideal é que fossem sempre convidados para voltar a casa desses amigos, não é mesmo? Só que, para que isto aconteça, é preciso orientá-los de forma que sua presença na outra casa e a convivência com outra família seja a mais agradável possível.
À medida que se tornam mais independentes, é preciso estimular, mais ainda, certas noções básicas de cidadania, civilidade e – por que não dizer? – educação e elegância mesmo. Pode parecer caretice, e muitas vezes temos a impressão de que tudo que falamos não é registrado. Não importa. Crianças e jovens não nascem sabendo e, se não ouvirem de alguém em quem confiam determinadas coisas, jamais terão a chance de aprender.
Não desanime! – é claro que é chato falar, repetir e insistir. Mas o resultado vale a pena. Jamais duvide que, longe de casa, seu filho (não importa se têm 15 ou 35 anos) se lembra – e aplica – muito mais do que você imagina os seus ensinamentos. O importante é que você seja capaz de dar a orientação adequada.
Integração ao esquema – cada casa tem um. Que inclui horários de refeições, arrumação de cama, e hábitos familiares. O importante é que ele perceba logo como funciona e respeite a máximo a rotina.
Ainda que o amigo e dono da casa o estimulem a transgredir, os demais membros podem não achar a mesma graça, ainda mais quando a atitude parte de alguém que não é da família…
Banheiro: zona perigosa – esta é uma área íntima e requer cuidados especiais. Se for compartilhado, é bom não demorar demais. E, ainda que haja um só para ele, é importante deixá-lo sempre seco após o banho, sem cabelos colados à parede chuveiro nem pelos de barba na pia. É o mínimo.
As toalhas molhadas devem ser penduradas no próprio banheiro, se houver espaço, ou no local indicado pela dona da casa. Basta perguntar onde é e levá-las até o local.
Assaltar a geladeira – é uma delícia, né? Mas impensável na casa dos outros. Ou, pelo menos, faça-o com muita moderação. Não há nada pior para uma dona de casa, do que planejar um cardápio e, na hora H, descobrir que não pode executá-lo por causa da gula noturna de seus hóspedes.
Simpatia em pequenos detalhes – seu filho não pode adivinhar o quanto alguns gestos podem lhe garantir uma vaga cativa no coração de toda a família. Mas você pode dar a dica e insistir no quanto é importante:
Ajudar a tirar a mesa – é simplesmente o máximo. Afinal, a dona da casa preparou a refeição e, nesse momento, pode gozar alguns minutos de sossego, não?
Lavar a louça – é o sonho de qualquer anfitrião. E não tira pedaço, certo? Principalmente se a louça em questão for de algum lanche feito fora de hora. Nesse caso, lavar é imprescindível!
Levar o cachorro para passear – é uma ótima pedida, além de dar meia hora de privacidade ao resto da turma…
Concordo que dá um certo trabalho tornar-se um hóspede desejado. E nem adianta sair mostrando este texto ao seu filho. A melhor coisa (e muito mais difícil) é tentar dar o exemplo em casa. No começo parece quase impossível que funcione, porém com o tempo, você – e seus filhos – vão poder comprovar o quanto vale a pena.
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