No começo foram coisas singelas como abridores de garrafa mais elaborados, saca-rolhas divertidos, novos jogos de taças etc. Com o tempo a coisa começou a complicar cada vez mais.
Um bom exemplo disso é o tal do “wine cooler” – com botões, baterias e alguns com lugar para manter até duas garrafas. Ufa!
Ora, os italianos resolvem esse problema com um cilindro de cerâmica ou argila há muitos séculos – e de maneira plenamente satisfatória.
Armadilha para neo enólogos – decididamente não vejo muita necessidade dessa engenhoca para nos complicar em um momento festivo. A não ser, claro, no caso do bebedor solitário. Mas esse, ouso dizer, não estará preocupado com esse tipo de veleidade.
Quem bebe sozinho em geral busca esquecer e nesse caso, tomará seu vinho antes que sua temperatura se altere – sem notar esse detalhe. Há também os que erguem brindes solitários em homenagem a gratas lembranças. E para estes, menos as lembranças se encarregarão de temperar-lhes a contento o momento.
Questão de conceito – quanto tempo é preciso para desfrutar bem uma garrafa de vinho? Depende do vinho que estamos tomando e, naturalmente, de quantos estão bebendo – e ninguém me tira da cabeça que duas pessoas é o mínimo para um bom brinde.
Agora me conta: em boa companhia alguém vai se lembrar de um detalhe como o cooler ? Prefiro desfrutar o momento e o vinho – e de quebra gemer de prazer.
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