Não estamos falando de um restaurante mais formal ou de refeições protocolares, mas daquela parada que a gente faz no nosso boteco preferido onde, a maior parte das pessoas se conhece – dali mesmo – e se reúne para petiscar, tomar um gole da cerveja preferida ou simplesmente respirar em uma bem-vinda pausa.
Justamente por esse caráter informal e familiar, a tendência é que as pessoas abusem de quem lá trabalha e até mesmo do direito de se achar em casa. Embora a gente se sinta assim, não estamos em casa. É preciso lembrar que:
- para o dono aquilo é seu ganha pão (bastante prejudicado em tempos de pandemia).
- para o garçom, o que para você é um momento de diversão e lazer para ele é trabalho duro – que começou de madrugada pegando uma condução com quase zero de pausas durante o dia.
- ali você é cliente – por mais que se considere amigo. Portanto, um mínimo de atenção para manter a boa convivência em um espaço, em geral, reduzido, é necessário e faz diferença.
Detalhes, sempre fazendo diferença… Vamos a eles!
Chame o garçom pelo nome – não é “chefia”, nem “amigo.” Ouvir nosso nome, saber que somos reconhecidos é muito mais gratificante – e eficiente.
Olhe nos olhos – desligue qualquer chamada que esteja em curso e pare de teclar enquanto faz o pedido. Respeite quem está a sua frente e parou tudo para aguardar seus desejos. Em geral ele tem todos os outros para atender sozinho – e a sua atenção e clareza nesse momento ajudam e refrescam a rotina dele imensamente. Ponha-se no seu lugar. Em tempo: parece bobagem, mas muita gente faz isso e é pra lá de inconveniente: não segure ou puxe o garçom para a sua mesa para apressar o atendimento…
Sem batucada – sim, sabemos que é uma cultura nacional bater no balcão e começar ali mesmo uma roda de samba. Mas, convenhamos, dependendo do horário e do público presente, esse tipo de show particular é desnecessário e invasivo… só funciona com os verdadeiros talentos que, se estiverem presentes, merecem nossos ouvidos atentos e não um coro desafinado….
Não tem chapelaria – boteco, por definição não tem muito espaço e, atrás do balcão menos ainda. Assim, evite pedir para que guardem mochilas, maletas etc. enquanto você está lá. Atrapalha e muito!
Ainda o balcão – ou mesa se for o caso: se estiver mascando chiclete, não cole debaixo do tampo!! Use o guardanapo de papel e jogue fora. Ou vai reciclar?! Ecaaaaa…
Por favor e obrigado –mesmo que você vá lá todos os dias, custa falar? E peça licença para tudo: inclusive para puxar a cadeira da mesa ao lado…
Saideira – hoje existe um horário com motivos concretos para o fechamento do lugar e pra servir, de modo que evite pedir qualquer coisa após dar o horário de encerramento.
A conta – conferir não em problema, mas discutir e alterar a voz é inadmissível – até porque, em botecos, dificilmente será o garçom quem exagerou na bebida…
1 Comentário
Juracy
14/04/2021 as 07:01Olá, Cláudia.
Só uma correçãozinha. O chiclete pode e deve ser engolido por ser um alimento como outro qualquer. Se não fosse assim, não seria permitido pra crianças.
Abraço!