Hiperhidrose: como lidar com a transpiração excessiva?
A hiperhidrose é definida como uma produção excessiva de suor. Pode atingir o corpo todo ou apenas palmas, plantas e axilas.
Por que isso acontece? Na grande maioria dos casos não há uma doença associada, mas, uma atividade exagerada das glândulas, chamada hiperhidrose primária. Nos chamados casos secundários, existe um fator responsável sendo os mais comuns: hipertireoidismo, obesidade, menopausa, uso de alguns anti-depressivos e até tumores.
Importante: Nos casos de hiperhidrose secundária o tratamento sempre deve começar com a correção da causa.
Tratamentos – atualmente dispomos de ótimas opções terapêuticas para a hiperhidrose primária:
Desodorantes ou cremes anti-transpirantes – esses produtos funcionam apenas para casos leves.
Iontoforese: é uma tecnologia mais antiga, mas ainda útil, especialmente para palmas e plantas.
Botox: isso mesmo! Na minha opinião, é atualmente a melhor opção terapêutica para a transpiração excessiva nas axilas. Diferentemente do uso para rugas quando a aplicação é feita no músculo, aqui as injeções são feitas na pele e a toxina age bloqueando o estímulo das terminações nervosas para as glândulas de suor. Os efeitos duram cerca de 8 a 10 meses.
Miradry: aparelho de lançamento recente e que promete resultados excelentes para as axilas. Ele emite microondas que são absorvidas preferencialmente pelas glândulas sudoríparas e causam uma destruição dessas glândulas pelo calor. Após 1 sessão já se nota grande redução da sudorese mas após 1 mês pode ser necessária nova aplicação. A área tratada costuma ficar inchada, dolorida e sensível por alguns dias.
Simpatectomia: é um procedimento cirúrgico realizado com anestesia geral no qual é destruída a inervação responsável pela transpiração exagerada. Os resultados são muitos bons especialmente para mãos e axilas mas, cerca de 50% dos pacientes desenvolvem uma transpiração compensatória em outra área como nas costas.
Já em casos generalizados podem ser necessárias medicações orais, mas, que podem trazer efeitos colaterais desagradáveis como boca seca e obstipação intestinal.
Consulte sempre um dermatologista!
Um abraço Dra Juliana Macéa