Vivemos numa realidade na qual o distanciamento físico foi imposto. Era preciso que houvesse um espaço para preservar e cuidar das pessoas, principalmente das idosas e com outras doenças (comodidades).
As pessoas começaram a vivenciar um medo muito forte e eminente de que pudessem contrair este Vírus e desta forma correr o risco de morte. Ou talvez de levar está doença a pessoas queridas e amadas
Começou a haver além do distanciamento físico também um afastamento emocional. Ou seja, não estar junto ao neto; deixar de dar aquele abraço ou comer aquele alimento de amor e sabores especiais, ficou proibido.
Está situação tem gerado além da falta física do beijo do abraço, da proximidade que todos sabemos ser fonte de vida e transmissão de amor!
O que ficou? Um grande vazio e para alguns idosos, uma certa dor misturada de mágoas de um tempo de incertezas.
De um tempo no qual os dias perderam suas características e suas identidades.
O sábado dia de estar com avós; momento de encontros e trocas – teve que ficar num certo vazio. Quem sabe inventar uma forma de um outro encontro, enviar fotos, enviar mensagens ou cozinhar pelo vídeo.
Tudo e possível. E sabemos que passa.
Mas também sabemos que nada substitui a presença ou será que a gente consegue com nossa força e resiliência virar o jogo???
Podemos mais que imaginamos, somos criativos, mas a saudade e a falta fazem parte deste processo de elaboração da realidade.
Colaboração: Dorli Kamkhagi
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