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Onde há gelo há esperança!

Marina mora em um apartamento moderno com o marido e um casal de filhos gêmeos. É inevitável que a turma acabe se expandindo de modo que, transformaram a mesa da sala de jantar em um bufê e, reformaram ou compraram móveis funcionais: são pufes e bancos móveis, sofás que permitem que sentemos de ambos os lados (dobrando assim a capacidade da lotação do living) e mesinhas auxiliares estrategicamente colocadas para que todos possam apoiar copos e pratos ao se servir.

O  formato que com móveis comuns permitiria até 12 pessoas sentadas com conforto, dessa maneira já chegou a acolher 45 sentando pelo menos 30! Espertos, eles também decoraram tudo  de forma a não ter cantinhos onde o convidado se isole, pois gostam de curtir o encontro e fazem o possível para potencializar a interação.

Lição das nonnas como, neta caçula – bem novinha – sentava ao lado de Nonna Tica nos almoços de sábado em sua casa e observava como cuidava dos detalhes: sentia o timing do serviço, e foi filtrando esse aprendizado.

A outra avó Lulla, ensinou receitas italianas e a importância da gentileza para gerar empatia com as pessoas que estão trabalhando. Aprendeu que isso é essencial para o serviço fluir com excelência – e para maior satisfação de todos.

As duas tinham um senso de humor diferente, porém acentuado; daí Marina ter aprendido a transitar pela vida – e em festas com um delicioso e contagiante humor e a leveza!

Bandeja Café – ela gosta de servir um bom café coado – é um carinho para os  convidados e, como é cada vez mais raro, acaba surpreendendo e agradando. Além de mais organizado para o serviço, fica mais elegante: servido em um bule de prata inglesa que ganhou de casamento em copinhos engraçados que coleciona  –  tudo colabora para que o fecho da refeição se torne um momento divertido…

Garimpando em casa – Marina acha importante a gente usar o que tem, mesmo que seja um baixela de prata ou porcelanas mais delicadas: os amigos merecem, mas, mais do que isso, é um exercício de constante garimpar pelos armários e gavetas da casa.

Ao fazer isso, ela acredita que temos a oportunidade de limpar o que está guardado, tratar o que precisa de cuidados e resgatar esses objetos, não apenas para a vida útil mas, também fluir a energia contida nesses “guardados”. Existem recordações e um motivo para aquilo estar ali. Ou, as vezes trata-se simplesmente de reorganizar a casa – e as ideias, arejando literalmente tudo: espaços pensamentos!

Finalmente, Marina dá a receita para que o encontro seja sempre lembrado com prazer: abusar da generosidade na quantidade: de tudo, inclusive afeto!