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Pobreza Menstrual: do que se trata (e ideias para Cerimonialistas)

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Se você é Homem fica difícil imaginar o quanto isso impacta a vida de tanta gente. Mas imagine que, por algum motivo, de repente, você (e apenas você) fosse acometido por um tipo misterioso de incontinência que se manifestaria durante alguns dias do mês, em seu ambiente de trabalho ou quando você estivesse em lugares públicos.

Fácil: com um suprimento de fraldas descartáveis, supereficientes, sempre a mão, bingo! O incômodo estaria reduzido a uma inconveniência com a qual você se acostumaria.

Mas… por um motivo misterioso, quando chegasse perto desse maravilhoso acessório que pode trazer conforto, segurança e dignidade, ele se autodestruiria: para você, estaria fora de alcance.

Você passaria esses dias em casa. Improvisando para “secar” os líquidos e disfarçar eventuais odores. Sonhando com o momento de voltar a conviver, trabalhar e viver sem aflições de causar quaisquer inconvenientes.

Se você é mulher, deve estar com o coração apertado, imaginando os milhões de meninas que perdem meses de aulas por ano, mulheres impedidas de comparecer a entrevistas de emprego ou aos próprios empregos por esse tipo de necessidade. Que constantemente colocam a saúde em risco (e adoecem) por usar jornal, como absorvente.

Falar e agir – andei pensando muito no “como ajudar” – já que não existem políticas públicas para essa urgência. É claro que não vai resolver o problema do país, mas pode começar a dar ideias e a melhorar enormemente a vida de mulheres e meninas do seu bairro, cidade, estado…

Troque ideias com outras – qual a melhor maneira de ajudar? Ora, mulheres de classe média e as mais privilegiadas sabem: independente do método que usam para se proteger no período menstrual, compra-se  sempre um (ou mais) pacotes para deixar na bolsa, estocar em casa, deixar no carro… pois é: talvez ajudasse comprar esse extra todos os meses e montar uma rede de apoio e/ou distribuição no condomínio para a escola do bairro, a paróquia a comunidade….

Pense no quanto esse “eu me cuido e cuido de mais 1” (ou 2 ou 3 ou muitas) pode alcançar, se for bem-organizado…

Chá de bebê e lembrancinhas – noivas e madrinhas gastam uma nota no chá de cozinha e de bebê. E se todas trouxessem um ou mais pacotes de absorventes nessas comemorações? Multiplique isso por casamentos que acontecem aos montes… que tal montar uma cestas de doação nas festas? 300 convidados – 300 pacotes no mínimo. E sim, o fato de a pessoa chegar com um pacotinho na mão dá visibilidade ao problema. Faça diferença!!

Alô Cerimonial – ao lado da bandeja de bem-casados, que tal uma bandeja simbólica com uma pirâmide de absorventes? Enfeitem como quiser, mas, antes de rejeitar a ideia, pensem no bem e na diferença que um mutirão como esse pode fazer!

 

 

 

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