E foram tantas reuniões com a coordenação, planos e técnicas de aprendizado… E agora?
Depois do primeiro impacto, depois de perder o chão, depois de chorar e achar que tudo está perdido e que o mundo vai acabar, é hora de colocar a cabeça no lugar, aceitar a realidade e – principalmente – tentar entender o que aconteceu.
Garanto que apesar de parecer, não é o fim do mundo. A “reprovação” está, na maioria das vezes, ligada à dificuldades que o aluno foi acumulando ao longo do processo de aprendizado e que dificultam a passagem para o ano seguinte.
Não é um fator isolado e precisa ser encarado como a necessidade do aluno parar e refazer o seu percurso escolar – para seguir em frente de maneira mais segura e confiante.
Pulo do gato – a forma como a reprovação é conduzida tanto pela escola quanto por nós, pais, é fundamental para que a criança (ou adolescente) compreenda a importância da decisão e, apesar de frustrada, sinta-se apoiada.
Uma conversa franca para que todos entendam o que aconteceu, sem brigas,, acusações, gritos ou busca de culpados é o ponto de partida. E acredite: ele sabe e reconhece mais do que você imagina onde falhou por dificuldade e onde foi pura vagabundagem.
Sei que é difícil manter a calma nesse momento. Mas seja firme, carinhosa e tenha certeza de que algumas perdas trazem ganhos importantes na formação do caráter de nossos filhos.
Até porque o mundo não acaba É apenas uma fase. E passa. Eu sei que passa, pois enfrentei essa experiência, levantei, sacudi a poeira e dei a volta por cima.
Por: Maura Marzocchi, pedagoga, mestre em educação pela PUC -Rio e professora há 30 anos com foco em inovação pedagógica
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