Cheguei na Europa no dia do voto Reino Unido pela sua saída ou permanência na União Europeia. Voto sofrido, cuja apuração foi tão demorada quanto cuidadosa.
E o resultado pela saída surpreendeu e constrangeu boa parte da população do continente, além dos próprios ingleses que continuam divididos. Inconformado, o Primeiro Ministro David Cameron renunciou no mesmo dia.
A Rainha Elizabeth II, manteve sua majestosa discrição e jamais saberemos o que ela pensa de fato.
Em três dias não se fala em outra coisa, afinal ao Brexit, pode suceder-se um Frexit, a saída da França e já se fala nisso abertamente. De repente uma Europa unida e forte pode rápido se esfacelar transformando-se em um continente fragmentado e frágil.
Muito se tem falado e você pode até achar que isso não é problema nosso, afinal vivemos no Brasil tropical e distante. Mas, em um mundo globalizado tudo se reflete em todos, certo?
Para você ter uma ideia de como a coisa é, dou um exemplo bem fácil de entender, resumindo o comentário de um radialista italiano, pró permanência do Reino Unido na UE.
Depois de comentar todas as dificuldades de mercado, logística e mesmo de relacionamento que o novo status traria aos britânicos ele arrematou, com a seguinte pergunta: “Na Copa Europa com quem vai jogar a seleção ou eles vão apenas assistir?”.
Não é a toa que David Beckham, ainda um dos maiores astros do futebol britânico tenha votado para ficar. Mas perdeu essa e só o tempo dirá quem tinha razão.
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