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Conflito de Gerações!

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Um dia desses joguei um jogo chamado Perfil e jogamos em trio: cada um era uma geração. E sim, deu confusão. E daquelas. Fiquei pensando depois, por quê? Porque cada geração pensou diferente para chegar na mesma resposta, mas não queriam aceitar o caminho de cada um.

Quando falamos sobre gerações, fica claro que cada uma tem sua própria visão de mundo, e, claro, sobre as outras também. Seja o Baby Boomer achando que os mais novos não sabem o que é trabalhar de verdade ou o “Gen Z” achando que todo mundo mais velho está “por fora” e tem eu, a “Millennial” no meio, que sei todas as respostas!

Percepções geracionais têm seus altos e baixos. Vamos dar uma olhada em como cada geração se vê e como enxerga as outras  – talvez ajude a médio e longo prazo a nos relacionar de maneira mais fácil e fluida…

Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964) – a geração dos meus pais e da maioria dos pais dos amigos. Eles cresceram num período de grande otimismo pós-guerra. Para eles, a vida era sobre construir uma carreira sólida, ter uma casa e “vencer na vida” com trabalho duro. Eles se veem como uma geração que construiu o mundo moderno, e errados não estão.

Mas como eles veem as gerações mais jovens?  São vistos como impacientes e pouco resilientes. Acham que as gerações atuais querem sucesso rápido, sem ter que “ralar”. Além disso, os Boomers podem ter dificuldade em entender o valor que os jovens dão à saúde mental e ao equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Geração X (nascidos entre 1965 e 1980) – a famosa “geração esquecida”, pois cresceram entre a rigidez dos Boomers e a explosão digital dos Millennials. Eles se veem como independentes, resilientes e, muitas vezes, como os que precisaram se virar sozinhos. São a geração do “faça você mesmo”.  Eles tendem a enxergar os Boomers como um pouco antiquados e rígidos demais, ainda presos a um modelo de vida que nem sempre funciona no mundo moderno.  Já sobre os Millennials e Gen Z, embora tenham respeito pelos mais novos e suas ideias inovadoras, às vezes acham que essas gerações são um pouco mimadas e reclamam demais. Contudo, admiram a forma como os mais jovens abraçam a tecnologia.

Millennials (nascidos entre 1981 e 1996) – a geração que cresceu com o boom da internet e com a crença de que poderiam ser “tudo o que quisessem”. Eles se veem como uma geração criativa, adaptável e disposta a buscar mudanças. Para eles, qualidade de vida importa tanto quanto (ou mais que) sucesso profissional.  Acham que os Boomers não entendem a realidade atual. E sentem que foram forçados a viver em um sistema que não se aplica mais, onde conseguir um emprego e ter uma casa não são tão fáceis quanto eram antes.  Há respeito pela Geração X, especialmente pela independência que eles demonstram. Mas também acham que podem ser um pouco cínicos e acomodados. Têm uma relação meio de “amor e ódio” com a Geração Z. Por um lado, admiram o ativismo social e a fluidez que eles têm com o mundo digital. Por outro, sentem que eles expectativas irreais e que são ainda mais imediatistas.

Geração Z (nascidos entre 1997 e 2012) – nativos digitais, os Gen Zers não conheceram um mundo sem smartphones e redes sociais. Eles se veem como uma geração que desafia normas e abraça a diversidade e a mudança. Eles são ativistas naturais e estão sempre prontos para questionar o status quo. Sobre os Boomers e Gen X, para eles, essas gerações muitas vezes parecem desatualizadas. Eles sentem que os mais velhos têm dificuldade em entender questões modernas, como identidade de gênero, mudanças climáticas e o impacto da tecnologia.  Já os Millennials são como os irmãos mais velhos que abriram muitas portas, mas ao mesmo tempo, acham que os Millennials são um pouco dramáticos e nostálgicos demais (afinal, quem ainda fala tanto dos anos 90?).

Ora, cada geração tem seus pontos fortes e fracos e é natural que, às vezes, uma não entenda a outra. Mas o segredo para uma convivência melhor está no respeito e na empatia. As gerações anteriores podem ensinar muito sobre resiliência e trabalho duro, enquanto as mais novas trazem inovação, diversidade e novas formas de ver o mundo. Afinal, todos estamos aprendendo uns com os outros — e isso é o que realmente importa, só gostaria que a Geração Z entendesse a importância de ouvir as histórias que os Baby Boomers têm para contar. E a falta que vai fazer quanto eles não estiverem mais aqui.

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