Algumas soluções – as óbvias – adotei há tempo. Outras, sinto-me obrigada a experimentar com cautela. E outras ainda a questionar.
Guardanapos de papel para todos! – leio que alguns restaurantes da cidade de São Paulo que sabemos prima pela imensa oferta em gastronomia – não usam mais guardanapos de pano.
Com isso, o proprietário de um estabelecimento de porte médio declarou que economizou a lavagem de nada menos que 2.000 guardanapos por mês!!
Beleza. Economizou água e substituiu os mesmos pelos de papel. Vários outros donos de restaurantes fizeram o mesmo. O que me levou a pensar se não é o caso de adotar isso em casa.
Aí li adiante que, esse mesmo proprietário, agora dispensou 3 funcionários da lavanderia do estabelecimento – pois as toalhas também foram substituídas por jogos americanos sintéticos que podem ser limpos “passando um paninho”…
Vale! No amor na guerra vale tudo – e estamos em guerra contra a estiagem. E nem vou entrar no mérito de quantos funcionários podem ser demitidos pelas mesmas razões ou similares.
Conta altíssima – agora, conta pra mim: se economizamos a lavagem de 2000 mil guardanapos por mês em um estabelecimento médio, estamos gastando pelo menos 6.000 guardanapos de papel /mês . (Considerando que usa-se sempre mais de um ou 2 )
Multiplique esses 6000 por pelo menos 18 mil – numero aproximado de bares e restaurantes que abriram em todo o Brasil desde 2013 – e teremos espantosos 108.000.000 guardanapos de papel sendo consumidos por mês !!!
Defendendo a natureza – pois nesse caso, como ficam as árvores e desmatamento só para atender a demanda desses consumidores? Deixamos de consumir água mas aumentamos o desmatamento?
Sem falar nas árvores que caem por falta de cuidado – que na cidade de São Paulo chegaram a mais de mil apenas no começo do ano…
Pirei. E fiquei imaginando que talvez seja o caso de diminuir o tamanho dos guardanapos de papel: fabricar quadradinhos com apenas uma folha e com a quarta parte do tamanho…
Isso nos obrigaria a rever hábitos alimentares e de educação: reaprender a comer sem sujar tanto a mãos e lábios. Talvez fosse instrutivo.
Retrocesso – será que que voltaríamos a semi barbárie da idade média quando as pessoas – inclusive reis – comiam com as mãos e as limpavam nos pelos dos cachorros que circulavam livremente pelos salões?
Tá, avisei que ando entre o delírio e a consciência. Tento me manter racional mas, dadas as circunstâncias, delírio e realidade se sobrepõe.
E impera o surrealismo nessa crise tão grave – que continua a ser tratada pelas autoridades competentes com se fosse passageira e leve.
Oxalá.
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