Ainda bem e não era sem tempo afinal, segundo o IBGE, nada menos que 60% da população brasileira está acima do peso.
E vamos combinar: as mulheres brasileiras com mais de 13 anos e meio nunca se enquadraram nos padrões esqueléticos dos editoriais de moda!
A cantora Ludmila e Gaby Amarantos- só para dar alguns exemplos de pessoas conhecidas exuberantes e bem sucedidas – são a prova disso.
Existem vantagens concretas de nos entregarmos sem culpa ao peso ideal para conforto e satisfação dos sentidos – e não aquele ilusório, eternamente perseguido e jamais alcançado.
A primeira delas é o conforto. Não mais aquela perene sensação de fome e a ideia fixa de saber quando poderemos comer mais uma vez – e o quê.
Sem patrulha por favor – não é apologia a gordura, apenas a constatação de que uma alimentação equilibrada onde um ou outro exagero é perfeitamente acomodado é infinitamente mais saudável – de todas as maneiras – e melhor do que a privação de basicamente todo e qualquer prazer do paladar. Pronto falei.
Pessoas mais cheinhas tem aspecto mais saudável . Pronto falei de novo. E, se souberem trabalhar o visual corretamente, adquirem um aspecto assertivo e exuberante – não pode ser tão ruim, certo?
A maior parte das etiquetas vende por e-commerce pois , além da comodidade e praticidade, esse público ainda prefere assim para não se submeter a frustração de experimentar ao vivo e não conseguir vestir um modelo pelo qual se apaixonou.
Pois é: ainda temos um longo caminho a percorrer quando em um shopping com 200 lojas apenas duas sao dedicadas a tamanhos Plus size.
Mas muita gente ainda resiste a entrar em uma loja “Plus” e prefere se apertar em modelos ridiculamente pequenos e apertados – no lugar de assumir uma roupa feita especialmente para elas.
E olha que hoje há uma grande variedade de etiquetas especializadas como a Xtra, Maria Abacaxita, Rainha Nagô, Xtra e Ênfase – muito mais interessantes do que várias grifes tradicionais de nomes conhecidíssimos e disputadas.
Esqueça os números – e aprenda a encher a boca para pedir um 44 e até um 46 se achar que lhe fica mais confortável – até porque certamente o caimento será mais elegante do que algo que lhe faz saltar os excessos.
E se começar a bater a culpa e você achar que engordou uns quilinhos, lembre-se que agora pode, é socialmente aceito. Quando acontece comigo, lembro de meu tio Washington, um libanês que sabia das coisas, que inconformado com as filhas sempre em dieta bradava pela casa: “larguem disso meninas, gordura é formosura!!”
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