Viajei? Pois preste mais atenção: e embora não seja o caso de comprar briga o tempo todo, reaja sim e responda se der vontade – no mínimo para mostrar que elas não são engraçadas nem inteligentes. Apenas boçais.
Abaixo uma seleção delas, algumas publicadas no jornal espanhol El Pais. Fiz questão de dividir por categorias para deixar claro o quanto não há limites para a hipocrisia.
Os distraídos
– “Mas, como posso ser machista, se adoro as mulheres!”.
– “Não posso ser machista, se nasci de uma mulher!”
– “Não sou machista, mas acontece que o feminismo…”.
Os justos e igualitários
– “Nem machista nem feminista, igualitário”.
– “Deveríamos chamar de humanismo, porque é mais inclusivo.”
– “Apoio o feminismo, mas quando você pede a igualdade, está dando postos imerecidos a inúteis apenas porque são mulheres”.
Os cínicos espertinhos
– “Sou a favor do feminismo, mas alguém deveria falar dos homens que foram mortos por suas esposas no ano passado”.
– “Sou a favor do feminismo, e não das feminazis“.
– “Se vocês querem a igualdade, por que não reclamam que entram de graça nas discotecas?”.
Os Fofos ignorantes
– “Eu ajudo em casa”.
– “Como posso ser machista, se minhas melhores amigas são mulheres?.
– “Não sou machista, mas prefiro ter colegas de trabalho homens – porque nos entendemos melhor”.
Os pseudo intelectuais
– “Não sou machista nem feminista. Nenhum ismo é bom”.
– “Se você fosse realmente uma feminista, reclamaria da violência, e não de bobeiras”.
– “Machista, eu? Machistas são aqueles do islã, que colocam véu sobre as mulheres”.
-“Como homem feminista, não entendo por que deve haver espaços mistos onde não posso entrar. Vocês precisam de nós para a luta”.
Os brucutús sem noção
– “Em minha casa não há machismo, minha mãe é quem manda”.
– “Não sou machista. Nunca bati em uma mulher”
Essa última uma pérola não? E demonstra claramente o grau de condescendência e boçalidade que aturamos fazendo carinha boa. Não faça mais. Não faça nunca. Não compactue.
E comece a pensar em responder. Sem briga, sem barraco – mas se preciso for, com muito alarde! E com firmeza e propriedade – que é como sempre conquistamos nosso espaço. E quem sabe as próximas gerações entenderão que igualdade não se trata de competir e sim de respeitar o outro – independente de gênero.
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