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Material Escolar: do atacado ao delivery.

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De pomada para assadura a calculadora financeira – dependendo da faixa etária e do projeto pedagógico – as escolas possuem listas muito detalhadas e específicas para o desenvolvimento e aprendizado do aluno.

Algumas escolas oferecem o serviço “material escolar delivery” e entregam todo o material embalado, encapado e com etiquetas personalizadas. Outras, divulgam a lista e a compra fica por nossa conta.

De qualquer maneira, os filhos mais velhos, que já interferem na escolha do material, adoram: livros com cheirinho de novo, borrachas coloridas, lápis de cor com as novas tendências da pantone, hidrocores com tons brilhantes e opções de cadernos cujas capas, algumas vezes, parecem um exemplar de revista importada…

Se deixar, o céu é o limite.

Nossos filhos precisam de tudo isso? Como profissional da área, fico impressionada com a quantidade de material que alunos perdem, esquecem ou abandonam na escola no final do ano.

Cadernos utilizados pela metade, réguas, estojos enormes com lápis de cores (aqueles com o pantone completo, tão desejado no início do ano), calculadoras e até mesmo os livros didáticos são deixados para trás.

Provocação para refletir: em tempo de crise, com a grana curta, é importante dividir com os filhos a necessidade de conter excessos e fazer escolhas na hora da compra do material.

Compre o essencial – e necessário para que o trabalho desenvolvido na escola aconteça da melhor forma possível. Tanto faz se a caneta é importada ou não, se brilha ou não; o que vale é a qualidade do que será escrito com ela.

Serão necessários tantos cadernos? Conversem com seus filhos, discutam se é possível utilizar o que sobrou do ano anterior. Reaproveitem as folhas, façam juntos uma nova capa personalizada. Reciclar é moderno – e a natureza e o bolso agradecem.

Estimulem o respeito à utilização do livro didático, pois este pode ser utilizado por outro aluno ou funcionário como fonte de consulta de um ano para outro.

A educação consciente e cidadã, tão anunciada nos projetos pedagógicos das escolas, começa por estas pequenas atitudes – ainda dentro de casa, com exemplo dos pais – que podem fazer toda a diferença na formação de nossos filhos.

Por: Maura Marzocchi, pedagoga, mestre em educação pela PUC -Rio e professora há 30 anos com foco em inovação pedagógica.