Muita calma nessa hora: poder pode mesmo. Mas, levando em conta que as empresas – e as pessoas – levam um certo tempo para se ajustar a novas referências e resistem mesmo a tudo que é muito novo, aconselho aos loucos por moda, antes de aderir a qualquer top novidade, entender melhor o que significa essa tendência da moda masculina totalmente colorida, desconstruída e solta…
Ok, quando gigantes da moda internacional como Ermenegildo Zegna e Louis Vuitton, que sempre tiveram seus nomes ligados a peças clássicas e de qualidade resolvem botar o bloco na rua para defender cor, fluidez e liberdade para os homens é um claro sinal de que a moda, literalmente, já pegou!
O motivo desse movimento é compreensível: os consumidores mudaram – muito e rapidamente;
Público mais jovem– hoje, os jovens tem mais poder aquisitivo mais cedo e consomem mais moda como uma forma de identidade e estilo e não apenas para vestir e mostrar aos outros.
Consumidor sempre em movimento– como muitos não batem mais ponto pois viajam mais e trabalham em casa em função da portabilidade, as roupas tem que ser pensadas para dar mais liberdade e serem mais funcionais.
Estilo próprio – como já disse, esse consumidor ao contrário da geração dos pais não segue a cartilha do mercado mas a sua própria. O que requer dos criadores que entendam seus anseios.
Daí os desfiles coloridos, com camisas de por do sol, tecidos fluidos, e pouca alfaiataria no sentido a que estamos acostumados a ver.
Foi um sucesso e a moda já pegou. Mas pegou nas passarelas, editoriais de moda, locais mais descolados da noite e, muito devagarinho, começará a colar no nosso dia a dia até ser perfeitamente compreendida e incorporada em nosso local de trabalho.
E vamos combinar: a nova moda masculina é muito atraente e confortável : são conjuntos estampados com paletós mais moles, tecidos funcionais e versáteis, pochetes a tiracolo ( bonitas e re inventadas) pra facilitar o deslocamento desse novo homem viajante…
Mas calma. Se você quiser aderir imediatamente, aconselho que vá aos poucos e, pra não criar muuuuita marola entre colegas invejosos e chefes mais sisudos, comece por acessórios por exemplo.
Cor como ponto de partida – em vez de aparecer de bermuda estampada e paletó, comece por colorir detalhes como meias, cadarços de sapatos ou sapatênis ( ou os próprios calçados) e ir introduzindo aos poucos essa nova liberdade na consciência e campo de visão da galera.
Daí para um paletó estampado (de leve e em tons mais fechados) ou uma calça mais colorida em sarja fica mais fácil. Até mesmo que ainda trabalha de gravata pode começar a usar modelos mais divertidos e com estampas pequenas mas de personalidade…
Assim, quando o calor chegar no alto verão, ninguém vai achar estranho se você aparecer com uma bermuda de alfaiataria azul clarinha estampada com peixes e um paletó molinho desconstruído. Ou será que vai!?
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