Na busca pelo imediato a indústria da moda debate sobre mudança ou não do seu calendário de desfiles em todo mundo.
O que antes eram peças de desejo criado para agradar a indústria e depois chegar as lojas foi alterado. Marcas como Burberry e Vetements saíram na frente e informam que ao final de cada desfile de pret. a port. de suas coleções as peças já estarão nas lojas em quantidade para atender o publico.
Alegria de uns e tristeza de outros, o novo formato certamente é controverso e na disputa quem pode sair perdendo é o consumidor. Afinal, quem pagará a conta do tempo e criatividade de marcas que tem foco na singularidade?
Desfiles glamorosos, designers renomados e alta de qualidade podem deixar de existir, pela rapidez em atender a demanda em vez de criar desejos de consumo.
Pois é: imediatismo, egoísmo e um consumismo fora da medida podem desviar o significado da moda direcionando o foco somente para o que as pessoas querem, na hora que elas querem e como elas querem – em vez de se tratar a moda como expressão de arte.
Assim podemos perder na inovação, no capricho e principalmente na criatividade de alguém que fará da moda um produto imediato – e não peças estimulam nossos desejos e que duram a vida toda.
Givenchy, Dior, Versace e muitas marcas de luxo podem ter que reinventar seus padrões, levando-nos a refletir se queremos qualidade ou quantidade, quando o assunto for alta costura.
Caso um novo calendário de moda seja imposto – não por quem cria e sim somente por quem consome – poderemos estimular o consumismo, desacelerar o belo e reinventar surpresas que nao sejam tão glamorosas quantos os desfiles de “pret a porter” de hoje.
E você o que escolheria?
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