Acredito de verdade que a alma de um povo está refletida em grande parte na sua culinária e também na forma como produzem arte, artesanato, objetos funcionais artísticos (hoje chamados de “design”) e também na forma como se relacionam com os outros.
No quesito relacionamento, nós brasileiros, andamos bem. Mas somos muito mais eficientes que achamos, quando penso no nosso riquíssimo e variado artesanato! Do barro e argila, passando pela palha e capim dourado, chegando a fitas, rendas delicadíssimas e metais reciclados super criativos – tudo que produzimos tem alma de criança e toques de alegria que aquecem a alma.
Daí que quando viajo em palestras sempre faço questão de reservar um tempo para nossos mercados locais e centros de artesanato. É novidade e beleza na certa!
Recentemente estive em Maceió e me encantei com essa carteira em palha. E lembrei que, algum tempo atrás presenteei uma parecida a uma amiga da Itália. Que frequentemente me pede que leve ou mande outra por uma irmã que mora aqui.
Ora, nós, quando viajamos pagamos sem pechinchar o preço pedido por uma série de produtos locais que podem variar da bebida, doces, ou mesmo acessórios como esse. Aqui, onde são em geral super acessíveis e produzidos por uma população especialmente carente, acho um imenso desrespeito tentar abaixar um preço que, sabemos, já é bastante bom.
Temos que valorizar esses artesãos – verdadeiros artistas quase nunca reconhecidos, nunca vistos em galerias ou mídias e redes sociais e sempre trabalhando no seu limite de economia e forças.
Chega disso gente. E, claro, é importante usar (ou expor em casa ou presentear) o que fazem e não comprar para depois deixar esquecida em um canto como ” lembrança de”…
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