É muito necessário que as empresas sejam capazes de reafirmar os benefícios da inclusão, além de concentrar esforços para ampliar as oportunidades aos profissionais com deficiência.
O direito ao trabalho é para todas as pessoas
Para que esse cenário siga nos trilhos certos, líderes e profissionais da área de gestão com pessoas devem ser sistematicamente treinados, capacitados para selecionar e recrutar os profissionais com deficiência e, além disso, entender que engajamento e responsabilidades têm que ser compartilhados. E claro, é obrigatório ampliar a visão para os cargos mais estratégicos.
Vamos relembrar os quatros grandes ataques que a lei sofreu:
- Absurdo que não tem preço: em 2019, um projeto elaborado pelo Ministério da Economia liberava empresas da contratação de trabalhadores com deficiência mediante pagamento de uma contribuição à União;
- Incapaz de classificar tamanho desrespeito: em 2020, uma medida provisória misturava cotas de profissionais com deficiência e jovens sob a proteção do Estado;
- A quem querem enganar: Em 2021, para não perder a prática, o senador Vanderlam Cardoso (PSD/GO), dono de uma das maiores empresas de Goiânia do ramo de produtos alimentícios e de higiene, a Cicopal, propôs a contratação dos pais de crianças e adolescentes com deficiência, caso não tivesse profissionais com deficiência habilitadas para a vaga ofertada;
- Mais que erro, equívoco grave: E para finalizar, também em 2021, o deputado federal Lucas Gonzalez (NOVO-MG) chamou de “equívoco legal” a determinação de que um profissional com deficiência só possa ser demitido quando outro profissional também com deficiência já tiver sido contratado para a mesma função. E logo apresentou um projeto de lei que permitiria às empresas demitir o funcionário sem incluir um substituto com deficiência na mesma função, e ainda estabelecia noventa dias para essa substituição.
Para honra e glória nenhuma proposta foi aprovada. Estamos alertas, cheios de esperança, e seguimos com força para soprar, com muita resistência, as velinhas desse novo ciclo da lei de cotas. Viva!
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