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Da Caça à Pratos Elaborados

No início da civilização, a caça era fundamental para a sobrevivência. Animais selvagens como veados e javalis eram o prato principal de muitas refeições, especialmente em sociedades nômades e nas primeiras comunidades agrárias.

Na Idade Média, a caça continuava sendo importante, especialmente entre os nobres, que a viam não apenas como fonte de alimento, mas também como um esporte que demonstrava status. Nos banquetes da realeza, faisões e cervos eram servidos com orgulho e já começava a surgir um toque de sofisticação, com especiarias e molhos.

Renascimento – especialmente na França e na Itália, a culinária começou a se tornar uma verdadeira arte. A caça ainda estava presente, mas as carnes começaram a ser preparadas de forma muito mais refinada. Técnicas como marinar e rechear ganhavam destaque, e a urbanização trouxe consigo um aumento na criação de animais domesticados. Isso fez com que a dependência da caça diminuísse gradualmente.

Símbolo de poder – durante o reinado de Luís XIV, na França, a comida e tudo o que o envolvia, era um evento, já que a refeição tornou-se símbolo de poder e sofisticação. Foi nessa época que a caça começou a perder espaço para pratos elaborados por chefs que serviam à nobreza. Regras de etiqueta foram formalizadas e as refeições preparadas com mais cuidado se tornaram a norma nos jantares da alta sociedade.

Revolução Industrial –  o acesso a alimentos domesticados aumentou, especialmente nas áreas urbanas e cidades. A caça, que antes era uma prática vital, passou a ser vista mais como um hobby. Agora, carne de animais como bovinos, suínos e aves de criação se tornou o centro das refeições da classe média.

Hoje, a caça é uma atividade bastante controlada, e o consumo de carne de caça é restrito. Em muitas culturas, a caça ainda é mais uma tradição ou um esporte, mas nas grandes cidades, praticamente toda a carne consumida vem de animais domesticados.

A transição da caça como fonte principal de alimento para pratos mais sofisticados preparados nas cozinhas foi um processo que durou séculos. E hoje a sofisticação na gastronomia e o desenvolvimento da agricultura mudaram completamente a forma como nos alimentamos.

Essas mudanças refletem não só a evolução da cozinha, mas também a forma como passamos a ver a gastronomia – antes uma uma necessidade vital e hoje em um patamar de arte, indo além dos sabores,  com acessórios, decoração  e etiqueta específica da chamada mesaposta.




SALADA COLESLAW ORGÂNICA

 

Ingredientes:

• 1 colher de sopa de mostarda Dijon
• 1 colher de sopa de vinagre de maçã orgânico
• 1 colher de sopa de suco de limão orgânico
• 1 colher de sopa de açúcar orgânico
• 1 colher de chá de sal pimenta do reino a gosto
• ½ xícara de maionese
• ¼ de xícara de creme azedo
• ½ repolho liso orgânico cortado finamente (chifonade)
• 2 cenouras orgânicas cortadas raladas
• 1 colher de chá de sementes de kümmel

Modo de preparo:

Em uma tigela coloque a mostarda, o vinagre, o suco de limão, o açúcar, o sal, a pimenta, a maionese e o creme azedo. Misture bem até formar um vinagrete cremoso e homogêneo. Adicione os repolhos e a cenoura e misture bem até que todos os legumes estejam bem cobertos pelo vinagrete. Cubra com filme plástico e refrigere por 2 horas ou até servir. Para servir polvilhe as sementes de kümmel.
Essa receita é uma parceria da Raízs (plataforma pioneira em conectar o consumidor interessado em alimentos orgânicos ao pequeno produtor de todo o Brasil), com as chefs Izabela Dolabela e Carla Pernambuco.
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Você sabe ler um cardápio?

 

Psicologia do cardápio existe e é baseada em muitas e detalhadas pesquisas de mercado. Há muitas maneiras de persuadir os clientes a pedir refeições de alto lucro…

Uma pesquisa da Universidade de Bournemouth mostra que a maioria dos menus tem muito mais pratos do que as pessoas gostariam. E, claro, o marketing e pequenos truques acabam influenciando quando não, nos confundindo, entre o que parece ser o ideal naquele momento e o que queremos de fato…

Em uma pesquisa do Nescafé: perguntados sobre como gostam de tomar seu café, a maioria dos americanos diz: “um escuro, rico e saudável, torrado”. Mas na verdade, preferem café fraco e leitoso.

Charles Spence, psicólogo de Oxford tem um artigo sobre o efeito que o nome de um prato tem sobre os clientes. “Dê a ele uma etiqueta étnica, com um nome italiano, e as pessoas classificarão a comida como mais autêntica”. 

Isso vem sendo usado com um certo exagero e, claro, causando uma certa rejeição pois são clichês que acabam por cansar o cliente. Alguns restaurantes mais alinhados com a nova e mais minimalista gastronomia, deixam que os ingredientes dos pratos falem por si e, dessa forma preferem valorizar os mesmos em seus cardápios.

Outro truque, é, sem o exagero de nomes em italiano (ou outra língua evocativa) usar uma palavra apenas em outra língua no cardápio para que os clientes digam ‘o que é isso?’ Como no caso dos suppli– bolinhos de arroz – para começar uma conversa entre o cliente e garçom.

Som e atmosfera – influem e muito! Música clássica aumenta as vendas de vinhos caros e os gastos gerais em restaurantes mais sofisticados.

Aromas – música lenta e cheiro de lavanda fazem com que as pessoas passem mais tempo em restaurantes e a música pop tocada mais alta aumenta o consumo de refrigerantes.

Finalmente, fique esperto com os valores: ao colocar itens de alto lucro ao lado de outros extremamente caros, eles parecem baratos em comparação. É a forma que alguns donos de restaurantes encontraram para que você acabe por escolher um item nem tão barato assim, mas que, a seu ver, comparando com o outro muito mais caro, parece uma boa pedida…

O mesmo acontece o vinho. Nós vamos invariavelmente ir para o segundo mais barato. Que nem sempre é uma pechincha…

Ok, tudo isso são peculiaridades de um mercado altamente competitivo e estou começando a te irritar com tanto spoiler – desse jeito vou acabar por estragar seu prazer em comer fora…

Parei. Só que, de verdade, acho que sempre é bom termos mais informação, afinal, sabendo desse bastidor culinário fica mais fácil compreender nossos desejos e preferências de fato…

 

 




Smorgasbord: o precursor dos bufês …

Era apenas uma reunião de amigos ou parentes, antes de iniciar um jantar numa casa Sueca, mas isso se tornou a solução de muitos problemas no mundo gastronômico.

O ápice da gula americana – o bufê à vontade – originou-se de fato como um evento muito mais classista e muito mais europeu. Enquanto enormes quantidades de comida eram comuns durante as festas medievais, os suecos foram os primeiros a formalizar e dar nome a uma refeição tão interminável.

No século XVI, tornou-se uma prática sueca comum, antes de uma festa mais substancial, para acolher os hóspedes que chegavam com um brännvinsbord, ou seja, uma “mesa de espíritos“. Embora consistia em comidas como pão, manteiga, queijo, carnes curadas e defumados peixe; a estrela do brännvinsbord era a tradicional vodka temperada – conhecida como Brännvin, que mais tarde seria juntado na mesa por cerveja, schnapps ou aquavit.

No início do século XVIII, os suecos transformaram o brännvinsbord antes do jantar, na refeição em si. Chamando-o de “smörgåsbord“, costumava ser usado para alimentar convidados famintos vindos de longas distâncias. Os cardápio geralmente continham uma mistura de pratos frios e quentes, especializados em iguarias suecas: peixe salgado, ovos, frutas e legumes.




Cardápio ou Menú – Qual a diferença?

O cardápio  é o que nos oferecem no restaurante com a lista de tudo o que é possível de ser servido  e de onde escolhemos alguns ítens.
Já o Menú é o que é apresentado nas refeições sociais ou comerciais mais formais com a lista do que  será servido de fato: aquele em que explica a ocasião que esta sendo celebrada e coloca – se por ordem de entrada o que será servido.
 Embora muita gente ache que é a mesma coisa, há uma diferença entre menu e cardápio. E a forma como são usados pode parecer um detalhe mas faz diferença no curso de uma refeição – seja ela de negócios ou não, informal ou oficial.

O cardápio –  é o que nos oferecem no restaurante com a lista de tudo o que é possível de ser servido  e de onde escolhemos alguns ítens.

Muitos restaurantes hoje apresentam cardápios em tablets – a ideia é facilitar a escolha do cliente e seja na versão impressa ou eletrônica o importante é saber que podemos contar com o maitre ou garçom para tirar eventuais dúvidas.

Mas tirar a dúvida é uma coisa, já, pedir que eles desfiem toda lista de alternativas de pratos com os respectivos acompanhamentos é de uma falta de sensibilidsde atroz! Ninguem merece isso e acredite: não ajuda em nada a agilizar o serviço a seu favor.

Cliente inconveniente: é aquele que não entende que nem sempre é possível fazer muitos ajustes aos pratos para adequa-los ao seu paladar. Uma coisa é pedir para substituir os legumes por uma salada . Outra muito diferente é pedir que o molho putanesca (que provavelmente já está pronto) venha sem as azeitonas picadas…

Simplifique: aprenda a consultar o cardápio assim que o tiver em mãos –  e decida logo o que vai pedir  ou quais dúvidas vai dirimir ) e só então chame o maitre. Esse expediente economiza o tempo de todos. E aí, escolhas feitas, todos podem relaxar e conversar até chegarem os pratos.

O Menú – é o que é apresentado nas refeições sociais ou comerciais mais formais com a lista do que  será servido de fato: aquele em que explica a ocasião que esta sendo celebrada e coloca – se por ordem de entrada tudo o que será servido, inclusive os vinhos.

Pode ser em papel cartão mais grosso ou cartolina, em geral é impresso e colocado em cada lugar de modo que cada convidado possa consultar  ou mesmo intercalado a cada dois ou três lugares. Quando é individual, frequentemente é em tamanho menor e tem apenas uma face que pode ser disposta sobre o guardanapo ou sobre a mesa.

Já, quando há mais espaço, em mesas mais formais e maiores, ele pode ser duplo e colocado em pé de modo a se integrar a decoração. Muitas vezes, em jantares com convidados estrangeiros encontramos um menú bilingue – e não é frescura mas uma grande gentileza para com os convidados de outra nacionalidade que não falam nossa língua…

Quase a la carte – o Menú serve justamente para preparar os convidados para o que será servido e, muitas vezes vem com uma ou mais opções para cada uma das etapas da refeição – da entrada a sobremesa.

Nesse caso, o garçom de cada mesa anotará quais as escolhas de cada um antes de chegar com os pratos já servidos. No caso de o serviço ser a francesa, a comida chegará em travessas para que cada um se sirva do que preferir. E, mais uma vez o Menú ajuda pois basta esperar o momento em que será servida a nossa escolha.

Ok, todo esse papo pode parecer o detalhe do detalhe mas, pessoalmente, de-tes-to passar quase uma hora comendo pães e pastas do couvert porque a galera  não se organiza para pedir logo o cardapio ao garçom e fazer o pedido sem demora…