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Personal de Lista de Casamento

Preferem ganhar o valor equivalente a “uma massagem a quatro mãos” ou “o passeio de barco“ da lua de mel ou ainda “a diária de um hotel bacana para um fim de semana”. Pedem coisas exóticas, que não ganhariam em uma lista de casamento comum e jamais comprariam em circunstâncias normais.

Beleza. O problema é quando voltam para casa: a dura realidade da vida como ela é já é suficientemente difícil, em uma casa sem o mínimo necessário para funcionar com conforto, é a receita para um desastre matrimonial iminente.

Sites x Lista – parece uma coisa antiga, mas há (muito) valor em uma lista de casamento bem-feita. Sim, eu sei que hoje, pouca gente faz, mas estou falando daquela que descreve todos os itens que os noivos desejam ganhar (ou pensam que desejam) e que as lojas vendem como água, muitas delas sobrevivendo exclusivamente em razão dessas vendas…

Minha amiga, a Personal Organizer, Mary, mora em Teresina e especializou-se em… organizar listas de casamento! E garante que boa parte dos deus rendimentos hoje, advém desse tipo de trabalho. Está achando frescura? Nada disso. Noivas e noivos desavisados (e são quase todos) chegam às lojas cheios de amor para dar – mesmo os que optam pela boa e velha lista. Lá a vendedora lhes apresenta uma lista padrão, com itens classificados por preços, material e por categorias – copos, enfeites, utilitários etc.

Com pouca prática e preguiça para detalhes os pombinhos acabam dando um ok geral e partem para assuntos mais divertidos, como a degustação de doces, bebidas ou escolha da banda para a festa. E ganham muitas tranqueiras que não lhes servirão e só ocupam espaço em casa.

Vantagens da lista com assessoria – funciona assim: Mary ajuda a montar a lista, e se quiserem, os noivos podem contar com a sua organização de tudo na casa. Depois de uma entrevista bem detalhada com ambos, que inclui algumas informações básicas, ela  elabora a  lista, que deve ser o mais assertiva possível. Vejam só:

Onde vão morar –  casa ou apartamento? No caso de casa, podem incluir: floreiras, material de jardinagem,  móveis e objetos para ambientes externos…

Vão Morar apenas os dois? – ou tem filhos, enteados e família? – influi em escolha de mais lugares americanos, aumentar o número de copos e jogos de mesa, dobrar ou não o faqueiro…

Tem pet?  – caso sim, há uma infinidade de utilidades voltadas aos pets que, além  de úteis são super  decorativas ….

Gostam de receber amigos? – é o mesmo caso de família grande: caso sim, mais copos e toda sorte de utensílios devem ser previstos e adquiridos através da lista pois, depois de casados, é o tipo da coisa que vamos protelando por pesar no orçamento …

Percebem a vantagem – e comodidade – de um planejamento feito por uma profissional? Quando me casei, tive que confiar na experiência de minha mãe, pois não existiam esses serviços. Hoje… bom, se não conhecesse o talento da Mary, acho que recomendaria a Poderosa Mami, que, aos 92 ainda bate um bolão quando se trata de bom senso!

Para quem precisa ou quer conhecer o trabalho da belíssima profissional que mencionei, o Instagram dela é @marygriggioficial




Nem sempre é chique presentear

Explico: quando era criança, as pessoas ganhavam presentes de aniversário e no Natal. E, eventualmente, quando íamos visitar alguém, levávamos “lembranças” e/ou  “mimos”  como chocolates, flores ou um bolo feito em casa.

Nos casamentos, distribuía-se na saída amêndoas confeitadas (costume europeu incorporado aqui) e/ou bem-casados. As famílias mais abastadas distribuíam pequenos objetos de prata com o monograma dos noivos gravado (vacas gordas e lembremos que os casamentos eram menores).

O tempo passou e as lembrancinhas de prata acabaram se transformando pela indústria do casamento e pelo setor de eventos, em quinquilharias mais acessíveis.

Beleza. Nem todos podem pagar e alguns itens são até que criativos e bonitinhos (embora sejam exceção e normalmente as pessoas jogam fora ou passam pra frente a lembrancinha)…

Alguém tem que ganhar mais – a lembrancinha em si, podia até render, mas não tanto quanto queriam os empreendedores, mais ávidos. Então inventaram que era “Chique presentear.” Algum consultor desavisado (talvez até bem-intencionado) resolveu criar os “presentes para padrinhos de casamento”. Oiii?!  Então vamos entender…

Presentes para padrinhos – padrinhos de casamento é que presenteiam os noivos. Não tem essa de distribuir bandejas de prata ou outros eventuais mimos para os padrinhos. Pura ostentação. Eu hein…

Lembrancinhas para amigas – as senhoras fazem almoços e distribuem na saída um cupcake. Mas não é um simples bolinho: é quase uma joia, cujo valor, somado em uma mesa de 10 amigas, por exemplo compraria facilmente a tal joia.  Acho mais emocionante rifar na hora e doar – para quem precisa.

Anfitrião não presenteia – a exceção são lembrancinhas de festas infantis! E não é obrigação, tá? No mais, abrir a casa, dedicar tempo, escolher e privilegiar alguns amigos com seus preparativos e acolhimento – tudo isso é um grande presente!

Ora, as pessoas parecem esquecer que o intuito do presente não é mostrar status, poder ou riqueza – e sim demonstrar afeto, atenção ao que a pessoa gosta, vontade de agradar.

E isso, não tem preço. Não se distribui igualmente na saída ou na entrada de eventos fortuitos. São sensações construídas com cada pequeno gesto, com olhares, com mínimas atenções muito específicas dirigidas conforme a necessidade e preferência de cada um.

Feito por mim – não se acanhe de dar um presente feito por você mesma. Pode ser um cachecol, um bolo, uma pulseira… A energia e o valor de algo feito pela pessoa que presenteia é uma das coisas que fazem o presente ser mais apreciado ainda. E se não for, é porque a pessoa não entende nada de nada – e não te merece. Simples assim também!

É urgente resgatar a empatia – palavra banalizada, mas preciosa, que merece mais atenção – o afeto, o prazer de entregar algo pessoalmente olhando nos olhos com o coração palpitando para perceber a emoção do outro.  Sim, presentear é bom, mas para que seja chique, é preciso ir além da compra…




Novas Tendências para os Casamentos

O setor de eventos, rápido como sempre em se atualizar, trata de ajustar alguns aspectos que, antes pareciam “imexíveis” – mas que se ajustaram bem a realidade.

Convites – se na pré pandemia – imperava a ostentação de convites impressos em papéis nobres e caríssimos com letras gravadas em dourado, hoje, o que se vê, são convites menores. Bem menores.

A palavra de ordem é economia e sustentabilidade. De modo que, finalmente foram descobertos e aceitos os papeis reciclados como papel semente e outros.

A mesma economia se faz ao entregar o convite sem envelope – que é sempre o primeiro que vai para o lixo. Envolto apenas em uma cinta de papel, muita gente dispensa o trabalho do caligrafo.

Convite híbrido – dos convites virtuais também chegaram para ficar. Seu efeito e eficiência nada deixa a desejar em beleza e podem ser trabalhados com cores e movimento por profissionais, de modo a expressar a história e estilo dos noivos com precisão.

Sem falar que possuem recursos que os impressos não oferecem. E ainda oferece a alternativa de imprimir poucos para padrinhos etc. Se a pessoa quiser …

Número de convidados –  o Brasil foi um dos últimos países a insistir em festas de casamentos com 500, 700 e 1000 pessoas. Eventos exaustivos, onde imperava a ostentação e nos quais, raramente os convidados se divertiam.

Sem falar no valor da conta; o equivalente a um apartamento de 2 quartos em qualquer área nobre de nossas capitais.

Pois hoje, esse número – não importa qual a referência, se 1000 ou 100 convidados – caiu em torno de 30%. Não apenas porque o bolso encolheu e sofreu os reflexos dessa crise, mas também porque, finalmente caiu a ficha de que é possível fazer mais com menos e, de quebra, divertir-se muito mais!

Convidados “eleitos” – antes os eventos e casamentos tinham convidados, hoje, essas mesmas pessoas se consideram privilegiados, eleitos pelo anfitrião/ã. Eles não apenas comparecem, como valorizam muito mais cada festa, reunião, pagode na casa do gato – o que for…

A prova disso é que a famosa “quebra” de 30% com as quais os cerimonialistas contavam, desapareceu. Hoje, se chegar a 10% é muito…

Confirmação ativa – o famoso RSVP era feito preponderantemente por telefone ou e-mail. Hoje o Whatsapp veio para ficar. Além de ser muito mais responsivo e ágil, as pessoas interagem mais o que se reflete em economia no Bufê etc.

Custo casório – estamos falando em economia daqui e dali, mas casar ainda é um luxo. O mais barato, aquele com a festa básica sem pirotecnias nem banda sertaneja, ainda fica em torno de R$1.500,00 a 5.000,00 por pessoa.

Não é para todos: a conta ainda é alta porque alguns custos fixos como espaço, bufê etc. não mudaram, até aumentaram. Daí a necessidade de os noivos não inventarem – e manter os pés e os sonhos firmes na terra.




Casar, beber e comer

Uma mesa com candelabros de cinco braços em prata e muitos vasos baixos de rosas brancas está colocada a frente de uma janela. Através dela se vê a luz de por do sol que acentua a beleza da pradaria de das taças de cristal colocadas nos lugares dessa mesa formal de casamento. A imagem é de requinte e aconchego enfatizada pelo luz quente de final de tarde.

A boa notícia é que hoje os cardápios ficaram mais democráticos: se antes havia “modas” como a da kiwi, do tomate seco, Kani e outras iguarias que subitamente tornaram-se “essenciais” em um cardápio considerado elegante, hoje pode-se tudo – inclusive (e ainda bem) ingredientes tipicamente brasileiros.

Em tempo: o fato de haver ilhas e lounges não dispensa as mesas completamente. Lembre-se de atender aos convidados mais velhos que não se ajeitam nesse tipo de arranjo.

 Bebida na medida justa – se antes uma garrafa de espumante dava para 4 e até 6 pessoas, hoje a conta que os organizadores de eventos fazem é de 1 para1!! Incrível, não? Mas é assim: as festas duram mais, até de manhã. E, para segurar toda essa animação, haja bebida e energético…

Beleza. Mas é preciso ter um timing perfeito para servir e “segurar” um pouco o serviço do alcoólicos de tempos em tempos. Intercalando com muitos sucos águas e refrigerantes que devem ser reforçados  antes de depois de servida a comida.

 Decoração ou  cenografia ? –  é importante essa pergunta. Hoje costuma-se fazer o que os cenógrafos chamam de “ambientação.”  E, com a tecnologia a nosso serviço o céu é o limite: temos a projeção mapeada que cria cenários e efeitos incríveis nos mais árido espaços.

No entanto é bom lembrar que o bolso tem limite. Para se ter uma ideia, o custo da cenografia hoje, em boa parte dos casamentos chega ser equivalente ao dobro do que se gasta com o bufê.

Para entender o que isso significa: até algum tempo atrás a comida equivalia a metade do orçamento da festa. Será que o mesmo efeito não pode ser conseguido com uma iluminação inteligente e boa disposição dos arranjos florais e móveis? Quase sempre sim – e gastando um décimo do valor…

Hoje a tecnologia é uma grande aliada – e ela é levada as últimas consequências , tendo se tornado quase que a vedete dos casamentos. Nada contra isso porém é preciso entender que nem é preciso tudo isso para que sua festa seja um sucesso. As pessoa estão lá para interagir e comemorar e não necessariamente para ver um espetáculo de som e luz.

Sem falar que o preço de tanta pirotecnia pode aumentar e comprometer  muito seu orçamento. Se lembrar que o que vale mesmo é a vige de alegria e emoção, verá que dá pra desencanar e dispensar muita coisa.

 




Você se casaria com um vestido de noiva preto?

JOSÉ COELHO/LUSA

Na região do Porto ainda é mantida a tradição das noivas vestidas com lindos modelos em preto. Neste, um estilista local criou um vestido de noiva inspirado no traje de Viana do Castelo, com 70 mil cristais Swarowski e 50 metros de seda. O traje  levou 900 horas para ser confeccionado que está avaliado em 38 mil euros (aproximadamente R$120.000,00).

Moça de cabelos presos vestida com um vestido de mangas longas preto e véu curto branco segura ramo de flores. O cabelo castanho claro está preso e ela usa muitos colares dourados que praticamente cobrem todo o seu colo

As noivas do Minho (nome da região) vestem-se de preto, mas não deixam por menos e capricham muito nos acessórios: dourados e numerosos para iluminar a fisionomia em um dia tão especial.

Não faltam adereços e itens carregados de simbologia e, diferentemente do costume vigente no resto do mundo, as madrinhas podem sim, usar a mesma cor e até vestidos semelhantes.

E aí se inspirou? Confesso que antes de me casar, eu sonhava com um vestido lilás, cor de lavanda. Mas na hora de escolher, acabei optando por um creme. Hoje talvez ousasse mais: afinal a combinação do preto branco e dourado é linda – além de muito elegante…