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Chá a Brasileira

Com isso a comunidade de meseiras passou a montar também mesas de chá e, claro, como não podia deixar de ser, adaptaram algumas coisas do seu ritual. Dou a maior força em ajustes – afinal não somos ingleses e podemos muito bem “abrasileirar” o serviço de Chá.

Mas adaptar o serviço e alguns ingredientes é uma coisa – já o comportamento e o ritual a mesa devem ser respeitados.

Xicara – elas devem ser delicadas e não canecas imensas. E idealmente enchemos apenas três quartos dela para facilitar o manuseio uma vez que é sorvida quente.

Ao beber, o olhar deve estar focado para baixo, na bebida e não sobre a borda da xícara, em outra pessoa. Finalmente, parece óbvio, mas muita gente toma chá com a colher dentro da xícara. Isso é coisa de quem usa caneca e não tem pires para apoiar a colher. Em um serviço de chá minimamente correto, isso não rola.

Sem dedinho – há quem, até hoje use o dedinho esticado ao tomar café ou chá. Ao contrário do que se imagina, não é elegante.

Prato Cheio – sabemos que prato cheio demais é feio. Como nós usamos pratinhos de sobremesa e com vários elementos para saborear, acontece de encher demais, pois o prato é menor. Use apenas dois terços do prato e repita quantas vezes quiser.

A Brasileira – vamos pensar em um Chá das cinco, que na Inglaterra começa as 16h. Digo isso porque é muita pretensão querer reproduzir no Brasil, país tropical e muito jovem em tradições, um ritual igual ao inglês – além de não ter sentido seria como falsear a identidade…

De modo que, mantemos a bebida (e seus vários sabores) e a ordem de entrada dos petiscos – mini sanduiches, bolinhos e broas com creme e geleias e os docinhos no final. Mas é possível agregar itens de nossa paixão nacional.

Não tem a receita dos scones e creme azedo? Que tal um pão de queijo com nosso requeijão? E um Biju de tapioca com geleia? E com quais chás combinar o nosso Bolo de rolo?

Podemos, em estados muito quentes ou mesmo agora, com esse calor que está fazendo, servir Chá gelado em copos altos com os mesmos acompanhamentos em uma bonita mesa.

O ritual permanece, mas não há nada demais em agregar com nossas receitas locais – melhor do que errar as originais, pagar mico e ainda parecer que estamos forçando uma barra não acham?




Chá: no copo ou na xícara – sempre uma boa ideia

 

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Em parte graças a qualidade da bebida – que hoje é industrializada com muito mais cuidado e requinte e também porque as pessoas finalmente se convenceram das qualidade terapêuticas dos chás.

Dependendo do sabor e da planta, ele pode servir para: refrescar (hortelã), digerir (erva doce), estimular (preto), relaxar (camomila) – só para citar alguns.

Veja algumas dicas para que, ao servir ou tomar chá você aproveite muito mais a suavidade de cada um, desfrutando plenamente suas qualidades e não caindo em algumas armadilhas comuns.

Chá também tem ponto! – para não amargar ou mesmo anular seu perfume, é preciso mergulhar o sachê por não mais de 2 minutos na água fervendo e retirá-lo em seguida. Desta forma o sabor se desprende, mas não chega a ficar forte demais. Aliás, o segredo de qualquer chá realmente gostoso é a suavidade. Até mesmo para os mais fortes, sutileza é a palavra de ordem .

O chá deve ser tomado de preferência puro: açúcar altera o sabor e adoçantes tendem a amargar a bebida que, por ser suave e natural, não resiste a esse tipo de química. Além do mais, se estiver feito “ no ponto” não haverá necessidade de um ou outro. O sabor em si, será mais do que suficiente. Também não é o caso de acrescentar leite (nem um pouquinho) pelos mesmos motivos.

Xícara ou caneca? Se quiser ser elegante, definitivamente, xícaras. Os modelos podem variar conforme o estado de espírito e a quantidade de chá que se deseja tomar. Há as menores e mais delicadas para chás mais fortes e as maiores indicadas para os mais suaves que podem ser tomados em quantidade.

As canecas são usadas para grandes porções de chá quando queremos desfruta-lo sozinhos ou em companhia de alguém mais íntimo com as pernas para cima assistindo algum filme.

Chás gelados  – o mais indicado são copos altos que comportem – apenas quando muito necessário – pedras de gelo (uma ou duas).

Uma dica: o chá quente, requer apenas um sachê como medida. Já quem quer se refrescar com chás geladinhos deve usar dois para cada copo. E fazê-lo na hora, não deixando o chá pronto em jarras de véspera na geladeira. Faça, deixe esfriar fora e depois no refrigerador e, ao colocar no copo, não acrescente mais do que duas pedras de gelo em cada xícara para não diluir demais o sabor

Finalmente, não hesite em experimentar sabores diferentes. Hoje há as mais variadas misturas de ervas no mercado; com coco, amêndoas, cerejas, papoulas… Por que não? Você vai se surpreender como uma bebida que, até pouco tempo atrás era considerada apenas para acalmar os aflitos ou reconfortar doentes, pode ser um estimulante divertido e requintado em sua mesa.

 

a foto mostra quatro delicadas xícaras de chá, empilhadas. a primeira, verde agua com desenhos de flores em azul e verde. a segunda e terceira são brancas com flores pequenas e delicadas rosas e a ultima verde agua. Ao fundo, vemos um bule de chá em porcelana verde com detalhes em dourado e pequenas flores rosas. Na imagem também, um vasinho de flor verde com rosas cor de rosa.

 

 




ONDE COLOCAR O SAQUINHO USADO DO CHÁ?

 É o caso do apoio para saquinho de chá (cada vez mais raros).  Não dá para apoiar no pires, pois quando levantamos a xícara para beber ele “vaza” … A boa notícia é que a Porcelana Schmidt lançou esse acessório lindinho para acompanhar minhas linhas de chá assinadas!



Café chá ou os dois? Entenda melhor suas escolhas…

Segundo pesquisadores do estudo, publicado na revista  Scientific Reports, a escolha da bebida está ligada à forma como percebemos a amargura e a nossa predisposição genética para perceber a amargura de substâncias particulares nos empurram ou para o café ou para o chá.

Esse estudo usou dois conjunto de dados: O primeiro foi um grande estudo duplo que mostrou que, pelo menos nos ancestrais europeus, variantes genéticas particulares estão ligadas à força da percepção de diferentes sabores. Uma variante específica foi associada a avaliações um pouco mais altas de amargura por cafeína, outra maior por quinino e um terceiro maior amargura por uma droga conhecida como propiltiouracil (usada para tratar o hipertiroidismo).

O segundo dado usado foi a pesquisa da UK Biobank, onde milhares de participantes (entre 37 a 73 anos) foram entrevistados sobre quantas xícaras dessas duas bebidas consumiam por dia. Também foram coletados dados genéticos.

As pessoas no estudo que tinham uma maior predisposição genética para perceber a amargura da cafeína bebiam mais café.

Os padrões reversos foram vistos quando a equipe analisou as variantes genéticas e quanto os participantes do chá bebiam. Os pesquisadores disseram que as descobertas para o chá são mais difíceis de explicar, mas podem ser em parte pesadas para os bebedores de café que tendem a ser bebedores de chá muito leve.

Embora o estudo tenha limitações, incluindo o fato de depender do auto-relato do consumo de chá e café, a equipe diz que isso pode ajudar a esclarecer qual xícara preferimos. Particularmente acredito que é possível tomar e apreciar os dois, uma vez que cada um tem um ritual próprio e pode se adequar a momentos completamente diferentes mas, sempre associados a prazer: a pausa para o café da tarde o despertar para um novo dia com uma xícara de café, uma xícara de chá bem aromático para esquentar no inverno ou mesmo antes de dormir relaxando no sofá…

E você, qual dos dois prefere?




Chá – como fazer para segurar o pires e outras dicas