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Fico: A Disneylandia dos Alimentos – coisa muito séria!

De olho no “motor” da economia italiana – os produtos alimentícios – o empresário Oscar Farinetti acreditou e investiu pesado nisso.

Há alguns anos, vendeu uma cadeia de supermercados que herdou do pai, e fundou em 2004 a Eataly, empresa que exporta produtos agroalimentares para lojas e restaurantes de todo o mundo que, em pouco tempo tornou-se uma rede com pontos em várias metrópoles entre elas Nova York e São Paulo.

Farinetti virou um herói vivo para os italianos – ainda mais depois que inaugurou “Fabbrica Italiana Contadina” (Fábrica Italiana Camponesa), mais conhecido como Fico Eataly World, na Bolonha.

É um parque que ocupa uma área de 10 hectares – 8 cobertos por 44 mil placas solares e 2 estão ao ar livre com plantações e criação de gado, ovelhas e outros animais.

A visita ao parque – maior shopping center agroalimentar do planeta –  reúne restaurantes, workshops e exibições didáticas para todas as idades. Pode ser feita a pé (acho que uma hora vamos nos cansar), em triciclos equipados com cestas de compras (ok) ou com o trenzinho que atravessa toda a área (minha melhor escolha). Tanto que os franceses estão chamando de Disneylandia Gastronômica! Que honra, não é?

Aí  penso: será que não seria possível fazer um desses por aqui, no Brasil? Olha a nossa riquíssima e variada culinária, nossos ingredientes exóticos, poderosos e exuberantes. Nossos frutos, raízes e especiarias e peixes – sejam de regiões amazônicas, o cerrado ou os pampas, isso só citando alguns. Bom, espaço também não nos falta, sem falar nos cenários… e o clima? Mão de obra tenho certeza que não iria faltar também.

Mas falta aqui um Oscar Farinetti, alguém que consiga reerguer nosso enfraquecido espírito de equipe e Pátria. Somos tão grandes, tão ricos e tão encolhidos, que sequer acreditamos mais que seja possível uma chance assim.

Mas voltando a falar de coisa boa: quem for a Bolonha, na Itália, não deixa de ir visitar a Fico Eataly World, é diversão garantida para todas as idades e temperamentos! Com certeza vão amar…

 




Como conhecer um bom restaurante

CM 2016 Italia Bruschetta Pizzeria

Era uma Pizzaria como as dezenas que tem portinhas que dão para rua espalhadas por toda a Itália. Ficava ao lado do meu hotel e, por isso mesmo não dei muita bola para ela: central, em um lugar em que nada mais havia exceto pequenos hotéis e comércio local, não botei muita fé

CM 2016 Italia Restaurante 3

Mas no último dia, já havia saído as 11 da manhã do quarto e, em pleno verão me vi confinada ao lobby acanhado do hotel tendo que fazer hora até as 5 da tarde, quando meu caro passaria para me levar ao aeroporto.

Sair na rua naquele calor escaldante nem pensar. Fiz tudo o que precisava fazer em tablets: escrevi, digitei para amigos, escolhi fotos e, as duas da tarde me dei conta que estava faminta e , para não andar demais naquele calor entrei na Bruschetta – nos pizzaria de plantão.

De cara fui surpreendida pelos afrescos das paredes – prova de que os italianos levam a sério ambientação – mesmo em uma modesta pizzaria.

CM 2016 Itália-Restaurante

Pedi meus preferidos: suco de tomate, beringela a parmigiana e uma salada.Se fosse crítica de culinária diria que o suco estava perfeitamente equilibrado entre o tempero e a fruta, a beringela estava perfeitamente crocante com o queijo grana gratinado sobre o molho de tomate e a salada era uma poesia de folhas verdes  e outras em tons violeta.

Mas como era simplesmente eu, faminta e grata pelo capricho dos do chef que veio pessoalmente me servir, digo apenas que poucas vezes comi tão bem – e  olha que na Itália isso é todo dia …

Por isso recomendo aqui a Bruschetta a quem vai a Roma:  fica atrás da muralha antiga  que rodeia o parque do Pincio. Mais precisamente atrás do Hotel Vitória – esse sim em frente ao muro…