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Tavernas e estalagens: as ancestrais dos restaurante

Antes de se popularizarem como os conhecemos hoje, os restaurantes não eram lugares para comer fora e sim, estabelecimentos onde os viajantes poderiam dar água e alimento aos cavalos e, eventualmente passar a noite antes de seguir viagem. Eram as estalagens, rústicas e cm um canto reservado para as refeições – quase sempre comunitárias.

Esses estabelecimentos eram muito diferentes dos restaurantes modernos e certamente menos confortáveis, mas ainda assim, um ponto de encontro importante onde muitas informações podiam ser trocadas.

As mesas eram grandes e comunitárias, muitas vezes feitas de madeira robusta. O ambiente era simples e a iluminação vinha de velas ou lâmpadas a óleo, criava uma atmosfera meio intimista, mas bem longe do conforto que temos hoje. As tavernas eram conhecidas por serem lugares barulhentos, cheios de conversas animadas e, claro, com muita bebida rolando.

O cardápio tinha poucas opções: os pratos eram simples como ensopados, pães, carnes assadas e vegetais da estação. Nas tavernas, o foco não era exatamente a comida — as bebidas, principalmente a cerveja e o vinho, eram a estrela do show.

Já nas estalagens, que também ofereciam hospedagem, o cardápio podia ser um pouco mais variado, mas a comida ainda era rústica, feita com os ingredientes que estavam à mão, principalmente nas regiões rurais. E tanto tavernas quanto estalagens tinham uma clientela bem variada.

Viajantes e comerciantes: eram o destino preferido de quem estava viajando, seja para descansar ou se alimentar. Comerciantes, mensageiros e peregrinos faziam parte do público regular.

Habitantes locais e trabalhadores: tavernas eram super populares entre a população local e os trabalhadores. Era o lugar onde as pessoas se reuniam para uma refeição rápida e uma bebida, sem grandes cerimônias. A versão antiga dos pubs ingleses ou dos botequins por aqui…

Nobreza em viagem: Embora mais raramente, até os nobres frequentavam as estalagens (escolhiam as de maior prestígio) quando estavam na estrada. Nelas, podiam esperar um pouco mais de conforto e refeições mais refinadas.

As tavernas e estalagens reinaram por séculos, com registros desses estabelecimentos que remontam à Grécia e Roma antigas. Na Europa medieval, eles continuaram a ser os principais pontos de alimentação fora de casa até o século XVIII. Foi só com o surgimento dos primeiros restaurantes, especialmente em cidades como Paris, que o conceito de comer fora começou a ficar mais sofisticado, e as tavernas acabaram perdendo seu papel central.




Abobrinha Fit

Aqui em casa o chef é o Fernando. Que, sem querer “inventou” essa espécie de suflê de abobrinha. Amei porque sustenta e não é muito calórico – sem falar que a Valentina também gostou, então sempre que dá, faço aqui.

Ingredientes

2 abobrinhas italianas raladas no ralador menor;

Meia xícara de farinha de rosca bem fininha (da sua preferência);

Pimenta do reino e sal a gosto;

1 ovo inteiro para dar liga;

1 ou 2 colheres de sopa de queijo ralado.

Modo de Fazer:

Misture a mão (ou com a mão) a abobrinha ralada, a farinha e o ovo até virar uma massa.

Tempere com sal e pimenta a gosto e coloque em um refratário untado com azeite.

Polvilhe com queijo ralado e leve ao forno por cerca de 15 a 20 minutos até dourar e firmar a massa.

Você pode servir em um refratário médio ou apresentar em cumbucas pequenas e individuais com uma “entrada “…




Salada de Arroz Thai

Além de servir como prato único, ela também atende aos vegetarianos e fica melhor ainda quando saboreamos no dia seguinte, ou seja: podemos fazer de véspera e deixar pronto para o fim de semana ou qualquer reunião.

Ingredientes:

1 xícara de arroz branco ou 7 grãos;

Meia xícara de chá de alho poró fatiafo bem fino;

1 xícara de cenoura ralada fina;

Meia cebola roxa picada;

Uva passa a gosto (ou doce de cajú picado pequeno a gosto);

Pimenta do reino e sal a gusto;

Azeite;

Creme de limão cravo ou reduçao de vinagre balsâmico a gosto;

Opcional – salsinha picada e 1 tomate picado para dar mais cor e sabor.

Modo de fazer:

Cozinhe o arroz e deixe esfriar.

Misture todos os ingredientes – e o azeite por último, leve a geladeira e saboreie gelado ou na temperatura ambiente.




Restaurantes: não pague mico e descomplique

Diagrama de linguagem de sinais para restaurantes em desenho de vários pratos brancos sobre fundo marrom com os talheres colocados em várias posições: cruzados com as pontas se tocando em V cruzados formando um T, paralelos na horizontal, paralelos na vertical com cabos voltados para o cliente e cruzados com as pontas quase se tocando.

Pra que tanta!? Xô regrinhas inúteis!

Antes de mais nada, ela complica em vez de simplificar. Depois, porque em todas as buscas que fizemos – Mário, meu sócio, que não deixa passar nada – em sites internacionais de comportamento e etiqueta e mesa, não há nada nem remotamente parecido.

Vamos combinar, pode até ser criativo, mas na prática é uma grande bobagem…

Você acha que algum garçom, em meio ao serviço vai perceber a sutil diferença entre um talher apoiado no prato de “pausa” e outro cruzado quase igual – mas que significa “não gostei do serviço?”

Ora, nesse diagrama, só vale a do “estou satisfeito” – e por motivo prático: o garçom retira os pratos por trás da cadeira e, com os talher paralelos, com cabo voltado para o cliente é mais fácil para ele firmar a mão e não derrubar os mesmos.

Acredite: de nada adianta tanta regrinha! Se o serviço é ruim não será melhorado em curso, durante a refeição.

Ao cliente, cabe reclamar com a gerencia e não iniciar um bate boca por sinais de talheres.

O segundo prato só chegará quando estiver pronto – de nada adianta sinalizar que está esperando.

Se achar excelente, basta dizer isso ao vivo quando receber a conta – e gratificar o funcionário à altura.

Portanto, esqueçam essa tabelinha pseudo esperta, Lembre que, salvo impedimento de fala ou audição, nada substitui o olho no olho e uma troca de palavras gentis para se comunicar.

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Como fazer o pedido sem levar susto com o prato


Jamie-Oliver_Chef-claudiamatarazzo

Hoje já existe até aplicativos para ajudar na questão da pronúncia. Beleza! Mas, é bom também saber como e com que degustar essas iguarias. Afinal, cada prato tem uma origem diferente e um jeito muito próprio de se saborear. Até mesmo Jamie Oliver, o chef que simplifica, concordaria que, além de apreciar um bom prato, saber o que estamos pedindo é fundamental.

Aqui vão alguns dos exemplos mais comuns de pratos internacionais – com dicas de como pedir e saborear. Bom Apetite!

Bruschetta_2_claudiamatarazzoBruschetta (brusque ta) – pão italiano em fatias torrado, com azeite de oliva, alho, orégano, tomate e em alguns casos, queijo. No Brasil, as bruschettas vem altas e com presunto, beringela, pesto… Verdadeiros sanduíches abertos que podem ser uma armadilha – uma vez que a tendência é comer com a mão.

Não faça isso: garfo e faca ajudam. Além de mais elegante, sua bruschetta renderá muito mais do que se quebrar e soltar os ingredientes na hora em que você morder.

2 Xícaras de café, saindo fumaça ao lado de um croissant, espécie pão folhado e enrolado, servido rechedado ou não.Croissant (croassã) – pãozinho de massa folhada, especialidade francesa e deliciosamente calórica: a base de muita manteiga, é super macio e combina tanto com recheios doces quanto salgados. E também é uma delicia puro.

vagem japonesa, chamada edamame, muito usado em aperitivos.Edamame (eda mame) – grãos de soja servidos dentro da própria vagem. Em geral vem como aperitivo em restaurantes japoneses e é preciso saber “chupar” a vagem dando uma ligeira mordida para liberar os grãos. A vagem não deve ser comida, pois é fibrosa. Deixa-se as já mordidas em um pratinho separado para isso.

Babaghanoush_claudiamatarazzoBabaghanouche (babarranúsh) – prato da culinária árabe que consiste em uma pasta de beringela com molho a base de óleo de gergelim. Muito saborosa, pode ser saboreada como entrada, com pães e torradas ou acompanhando folhas e quibe.

KRT FOOD STORY SLUGGED: DINNERTONIGHT KRT PHOTOGRAPH BY BOB FILA/CHICAGO TRIBUNE (May 17) A little bit of time invested on chopping vegetables yields dividends as these shrimp fajitas cook and assemble very quickly. (nk) 2004

KRT FOOD STORY SLUGGED: DINNERTONIGHT KRT PHOTOGRAPH BY BOB FILA/CHICAGO TRIBUNE (May 17)

Fajitas (farritas) – original da culinária mexicana, é uma tortilha de farinha recheada de carne, frango ou camarão, também acompanha alguns vegetais e temperos típicos. Come-se com as mãos, mas não se acanhe de usar garfo e faca, pois para comer com as mãos devemos comer assim que chegam – senão o recheio acaba amolecendo a massa – complicando a vida de quem quer parecer minimamente elegante.

Gnhocci-italiana_claudiamatarazzoGnocchi (nhóque) – massa feita de batata e farinha de trigo, na maioria das vezes acompanhada com molho bolonhesa. Mas há variações de molhos: ao sugo, ao molho branco, na manteiga… É uma ótima pedida para quem não sabe enrolar o espaguete e quer sossego saboreando um bom prato de massa.

Tournedos_claudiamatarazzoTournedos (turnedôs) – carne bovina bem alta e redonda. É um crime pedir bem passada. Se gostar assim, peça outro tipo de carne, como o Paillard.

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Paillard (paiár) – carne bovina trabalhada de modo a ficar bem fininha e baixa quase acompanhando o desenho do prato. Nesse caso, está a milanesa e não tão fina quanto geralmente vem. Pode ser pedida ao ponto, pois vem sempre bem passada por ser fina.

paella_valenciana_claudiamatarazzoPaella (paeja) – espécie de risoto de origem espanhola que mistura ao arroz vários frutos do mar e, em alguns casos também, frango. Deve ser compartilhada e é um prato único e consistente.

Ratatouille (ratatuii) – seleção de legumes picados com polpa e caldo de tomate. Pode vir com mais caldo – como uma sopa de inverno ou bem apurado como acompanhamento de carne. É ótimo para quem não quer engordar e gosta de variar sabores.