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Menos Wi-fi e mais olho no olho

imagem em detalhe de um teclado de notebook, on a tecla "Enter" tem um símbolo do coração, na cor vermelha. Simbolizando que a pessoa está se relacionamento pela internet.

Vivemos tempos de gente conectada a internet 24 horas por dia e as relações humanas passaram de conversas ao telefone para Whatsapp.

Já reparou como seu filho tem amigos que não se desgrudam via smartphone, mas que, quando se encontram cara a cara ficam desconfortáveis? Ou então como ficamos felizes quando um mega profissional nos adiciona em sua rede LinkedIn, e aí quando os conhecemos pessoalmente eles não parecem tão especiais assim?

Maquiagem Virtual – a capilarização das redes na internet faz com que sejamos mais ousados e aí temos a impressão que conhecemos todo mundo e evitamos frustrações que certamente aconteceriam numa conversa cara a cara.

O “www” foi incrível para a humanidade! Ele nos conectou e nos colocou numa mesma sala, porém o modo como nos comportamos diante a tecnologia é que fez a diferença. E antes que você me diga que é a internet a culpada, sorry, aqui ela não é a vilã, quem tem culpa no cartório é você.

Estamos mais egocêntricos, tímidos e despreparados para algumas situações, que antes eram resolvidas numa boa conversa.

Gerações como a minha e a sua têm dificuldade de se expressar, são mal compreendidas e muitas vezes são mal interpretadas, porque preferem ambientes controlados, onde beijo, abraço e aperto de mão são traduzidos por imagens. Mas não substituem as sensações.

Muitos de nossos processos sociais, linguísticos e emocionais são aprendidos ao se escutar a voz da nossa mãe. Imagine das outras pessoas? Assim podemos utilizar a internet como conexão e conversa, já que tem diversos aplicativos que podem encurtar distancias para uma conversa por vídeo ou voz.

Então pergunto: será que estamos utilizando a tecnologia de forma errada? Somos mais conectados, mas interagimos pouco com o colega de trabalho, à professora do filho, e pior, com as pessoas que realmente amamos sem utilizar um smartphone, tablet ou um notebook.

Em tempos onde a wi-fi reina, deita e rola, a dica é o equilíbrio entre virtual e o real. Deu saudades? Liga. Precisa resolver um problema com colega de trabalho? Marque um café. Quer encurtar distancias? Use a boa e velha maneira de se relacionar com as pessoas, fale com elas olhando nos olhos.

Afinal, o impacto de qualquer experiência “ao vivo” ainda é muito maior e mais gratificante.




O novo Virtual – reinventando o remoto

Mas precisamos reaprender a “entrar” em ambientes virtuais, assim como permanecer e nos apresentar. Sim, postura e atenção especial – para o seu próprio benefício, claro!!

A Advogada Sirlene Nogueira trabalha com cursos e reuniões virtuais há muitos anos e, hoje monitora cursos e aulas a distância, afirma que detalhes podem sim, fazer muita diferença tanto em reuniões profissionais quanto em salas de aula.

Início de qualquer reunião: o recomendado e infalível – e inclusive em reuniões virtuais – é “chegar” 10 minutos antes. Por que? Apenas dessa forma você terá tempo de checar luz, enquadramento, link correto, sinal de rede…

Tudo isso demora e, se todos chegam em cima da hora ou atrasados, o clima de confusão e amadorismo impera! Mas não precisa continuar assim, certo?

Aulas EAD/Remota – o recomendado, segundo a professora Sirlene, é que os alunos de forma geral deixem os seus áudios desligados pois, se esquecem e “conversam” com outras pessoas, atrapalhando quem dá aula.

A câmera ou o vídeo deve permanecer ligado para que seja possível aferir a presença de cada um. Já o áudio não necessariamente.

A maior parte das aulas e até mesmo reuniões tem um Host (que conduz) e Co-Host – que monitora e faz a ponte com o Host, orienta quem fala e baliza todo o movimento do ambiente.

Apesar de estar longe é preciso ter em mente que estamos visíveis – e muito mais expostos! Reuniões podem ser gravadas, aulas podem ser revisitadas, enfim: a forma como você aparece é importante sim e é interessante ter uma postura e visual como se estivéssemos em um ambiente de reunião profissional e presencial.

Precedência – é mega importante ainda respeitar conceitos como respeito a quem está com a palavra ou mesmo a hierarquia de cargos – independente de estar num ambiente virtual.

Finalmente, se estamos utilizando uma ferramenta de comunicação visual, convém que os cuidados sejam de ambos os lados – pois todos estão na condição participantes.

Impossibilitados de esclarecer no próximo encontro ao vivo qualquer mal entendido, é essencial que eles não aconteçam. E, se uma imagem diz mais que mil palavras, imaginem a importância das imagens em movimento – gravadas para sempre na nuvem…




Porque caprichar nos E-mails

 

 

 

 

 

 

 

 

De todas as novas formas de comunicação essa é a mais formal dentro do mundo virtual.

É preciso ter em mente que o email substitui e funciona como um documento.

Os profissionais exigem mais cuidados pois, são arquivados, podem vir a fazer parte de processos etc.

Algumas áreas são mais formais como a jurídica ou a médica mas não se engane: trabalho é trabalho e a linguagem correta e clara é fundamental para a construção de  sua imagem profissional.

Começo meio e fim – e-mail ideal é aquele claro, fácil de ler e amigável. É importante uma saudação amigável que pode variar do “Olá Fulano” para conhecidos mais próximos ou mais jovens, passando pelo “Caro Fulano até chegar no mais formal “prezado senhor Fulano”.

Curtos e arejados – o assunto tem que ser dividido por partes de forma objetiva: pode negritar para deixar mais claro o que quer reforçar, mas nunca tudo em caixa alta.

Parágrafos de no máximo 5 ou 6 linhas, fonte de tipos médios pois ninguém tem paciência para ler letra miúda ou textos longos.

Emails profissionais –linguagem correta: sem gíria, palavrões (mesmo os considerados inofensivos como “merda” ou “que saco”). E  com poucas abreviações, tá? Tudo bem usar um abs ou vc mas nada de blz ou outras que nem todo mundo compreende…

E por favor, sem kkk ou ahahah e nem mesmo emoticons por favor!

 De mulher para mulher –  entre duas mulheres, profissionalmente até dá para mandar um beijo mas, entre homens e mulheres o mais indicado é terminar com um abraço ou mesmo com outras expressões mais neutras como  “Cordialmente”, “Aguardo” ou “Aguardo sua avaliação” ou ainda “estou a disposição para esclarecimentos” e até o formal porém corretíssimo “Atenciosamente”.

Palavra de Homem – entre homens a despedida com  abraços é mais comum. Assim como alguns reforçam e colocam “Forte abraço” ou “um abraço fraterno” – aí depende da proximidade do interlocutor.

Ufa! Espero ter mostrado a grande variedade de formas e formatos da comunicação virtual – que, justamente  por ser mais leve deve continuar precisa e elegante.

 




Como usar emojis no trabalho: ou não usar?

 

Recentemente foi realizado um experimento onde os participantes foram solicitados a ler e-mails relacionados ao trabalho, mas de remetente desconhecido. Era necessário avaliar a competência e a cordialidade desta pessoa.

Todos receberam mensagens similares, algumas com estes emojis de “carinhas”, enquanto outros não. Os resultados demonstraram que a presença do emoji não afetou a percepção de cordialidade do autor do e-mail, mas a competência foi questionada.

A pesquisa foi publicada por seus autores no jornal local “Social Psychological and Personality Science” revelou ainda que os participantes foram convidados a responder estes e-mails.

E as respostas foram mais detalhadas e com mais conteúdo relacionado ao trabalho — e também mais formais —, quando eram endereçadas aos autores que não utilizavam o emoji em seus textos.

Acredite,  um sorriso virtual ainda é um sorriso, mas, segundo os autores da pesquisa não são corretos em comunicados relacionados a trabalho.

E vamos combinar: em emails profissionais – que são considerados documentos – não pega bem carinhas com lágrimas, corações e outros adereços , certo?