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Como encarar o Silêncio nas conversas

Para muitos, é até considerado sinal de falta de assunto, especialmente em situações sociais ou profissionais, onde se espera uma comunicação contínua e fluida.

Mas as pausas nas conversas são importantes e saber lidar com elas é uma habilidade que pode tornar as interações mais autênticas, além de evitar constrangimento e manter o equilíbrio nas conversas. Aliás, quem disse que é você a pessoa escolhida para falar sem parar e entreter a todos?

Muita calma: momentos de pausa podem ocorrer por vários motivos: alguém pode estar refletindo sobre o que foi dito, pensando na próxima resposta, ou simplesmente desfrutando de uma companhia tranquila.

Aceite o silêncio como parte natural da conversa – a necessidade de preencher cada segundo de uma interação com palavras quase sempre  pode gera falas apressadas ou desnecessárias. Ao  permitir o silêncio todas as partes podem refletir  sobre o que foi discutido e elaborar melhor as respostas. Ao aceitar o silêncio, você demonstra paciência e maturidade.

Use o silêncio como uma ferramenta de reflexão – quando uma pausa ocorre, aproveite o momento para entender entender melhor o ponto de vista do outro e processar informações. Em vez de ver o silêncio como uma lacuna a ser preenchida, encare-o como um espaço para pensar, organizar ideias e construir uma resposta mais rica e significativa.

Esteja atento à linguagem corporal – o silêncio pode ser acompanhado por expressões faciais e gestos que comunicam muito mais do que as palavras. Preste atenção à linguagem corporal do seu interlocutor durante uma pausa. Um sorriso, um olhar de entendimento ou um gesto de empatia podem ajudar a quebrar o gelo e restabelecer o diálogo de forma natural.

Seja assertivo ao retomar a conversa – para retomar depois de  uma pausa muito está prolongada retome o diálogo de maneira natural, com perguntas abertas ou comentários que estimulem a continuação da conversa. “O que você acha disso?” ou “O que poderíamos concluir sobre esse assunto?” são formas gentis de incentivar o interlocutor a falar, sem pressioná-lo.

Evite falar apenas para preencher o espaço – um erro comum é falar qualquer coisa só para preencher o vazio. Isso pode levar a conversas superficiais ou a comentários irrelevantes, que não acrescentam nada. Permita que o silêncio seja produtivo, e só fale quando tiver algo significativo a contribuir. A qualidade da conversa é mais importante do que a quantidade de palavras ditas.

Em vez de temer as pausas, devemos aprender a acolhê-las como parte natural da comunicação. Saber lidar com os silêncios demonstra maturidade, empatia e respeito pelo ritmo do outro, promovendo interações mais equilibradas e agradáveis. Repito: ninguém  é responsável  por sustentar uma conversa sozinho. Isso é  papel de palestrante. Em uma reunião social ou profissional, ouvir é essencial para poder devolver ao grupo algo de valor. E mais importante: ao falar pouco suas falas serão mais notadas e valorizadas.




Jovens e tipos de conversas

Mas, algumas delas, podem causar certa confusão. Eu mesma, com 36 anos, não conhecia nenhuma. Vou compartilhar esse novo jeito de escrever para ver se conseguimos finalmente entender essa nova geração. As que a maioria conhece, não vou colocar, tá?

BTF: Abreviação da expressão “boto fé”. É usada para concordar com algo que foi dito ou para demonstrar a confiança em algo ou alguém.
“- Acho que o Fe vai chegar na Lu hoje.

– BTF! “

DMR: Abreviação para a gíria “demorou”. É um modo de confirmar algo.
“- Vou passar na sua casa hoje.

– DMR”.

MDM: Abreviação de “melhor do mundo”.

MVD: Essa gíria pode ter dois significados: “malvado” ou minha vida”.

PCR: Abreviação para a palavra “parceiro”, geralmente usada para falar com amigos.

PDC: Abreviação para “pode crer”. Pode ser usado para confirmar que entendeu ou concorda com algo que foi dito.

“Pdc, acho que você está certo”.

PFT: abreviação para “perfeito” ou “perfeita”.

PLMNS: Abreviação para “pelo menos”.

“A festa foi cara, mas plmns estava muito boa”.

PLV: Significa “palavra”, no sentido de “te dou a minha palavra”. É uma forma de dizer que a pessoa pode confiar no que diz.

“PLV, cara, a Julia terminou com o Leandro ontem”.

PPRT: Abreviação para “papo reto”. Usada para dizer que vai falar a verdade, sem enrolação.

“Vou mandar um pprt pra você”.

PSE: Sigla para “pois é”. Serve para concordar com algo que foi dito.

“- Começaram as vendas do show.

– PSE, eu vi”.

Por favor, digam para mim, que não sou a única que fica sem graça conversando com o sobrinho, afilhado, filho ou o jovem que for, online e ficou perdida com essas abreviações? Me contem…




Natal sem estresse

Muita gente sofre à toa nessa época e, convenhamos, ninguém quer atritos nessas reuniões. Há quem ame Natal, mas também os que são anti sociais, os que preferem se recolher, os que não tem família na cidade, os que tem péssimas memórias dessa época…

Ufa! Me solidarizo com todos, mas, como a maioria acaba indo a uma ou outra festa, espero que as dicas abaixo sirvam para que esses encontros de fim de ano sejam mais amenos.

A etiqueta em festas de família é a praticamente a mesma de festas na casa de amigos?

Sim, com cuidados redobrados pois, com família, tendemos a nos distrair e escorregamos. Conhecemos seus podres, vamos fazer “uma graça” que de repente não é graça. Família se ofende toa portanto é bom se ligar.

O que é proibido?  Provocar o cunhado/a ou amig/a,  reclamar do presente;beber demais… Em tempo: Aguente a sogra/sogro ou aquela tia mais lerdinha, que está exigindo mais atenção.E, principalmente, não fale de política, não entre em discussões fúteis e inúteis.

Obrigatório presente para todos os familiares? Leve presentes para o dono da casa e para as crianças da família.  Em família, siga a praxe da família –  cada caso é um caso.

Em família deve-se dividir o valor da ceia? Depende também. Em família, dá para dividir o valor ou combinar (cada um leva um prato e quem leva o que). Agora é mais fácil pedir para cada um levar um prato, deixar quentinhas preparadas para depois os familiares (se quiserem) levar de volta alguma coisa, porque sempre sobra… Ainda: uma sobremesa gostosa é sempre bem vinda e nunca é demais! Já, dividir o valor da ceia gera controvérsias, vai ter quem reclame, questione porque comprou isso que é mais caro etc. Prefira a ceia colaborativa

Como fugir de conversas desagradáveis? Fazendo o olhar de paisagem ou indo para outro canto. Mude de assunto fale: “ai não quero falar sobre isso, mas me conte sobre…” e segue nessa toada.

Dica de ouro de como passar pelo período de forma leve: o ideal é se convencer que não precisa seguir um roteiro pré-determinado, não somos obrigados a nada. Mas você tem que avisar as pessoas se você vai ou que você não vai.

Combinar antes é importantíssimo e se você não gosta dessas comemorações, você pode muito bem ficar em casa (sempre avisando antes e sem contagiar o outro).

Ok, você prefere não ir, mas tem muita gente que ama esse período por isso respeite.

E administre na hora qualquer estresse (natural nessas circunstâncias) com leveza.

É bom  lembrar que passa e que no fundo você está numa festa, está comemorando, não gastando em médico.  E que amanhã é outro dia.